Foi como lançar duas bombas em um mar calmo; o grupo que estava silencioso explodiu em atividade.【Meu Deus, tão nítidas? De onde são?】【Isso é uma invasão de privacidade? Parece que foram tiradas bem de perto. 109, de onde você tirou essas fotos?】【Tem mais? Simplesmente não consigo me satisfazer com essas.】Para evitar suspeitas, Beatriz inventou uma desculpa. 【Eu paguei caro por essas fotos de alguém, não sei quem é. Se estiverem interessados, podem comprar de mim.】Imediatamente, pessoas começaram a mandar mensagens privadas para ela.Beatriz foi astuta ao definir as transferências, exigindo que escrevessem ‘doação’, e não ‘compra e venda’. Caso contrário, estaria cometendo um crime. Mas, isso também significava violar os direitos de imagem de Daniel, embora ela duvidasse que ele a processaria.Karina não conseguiu se conter.【Mil reais, eu compro.】【Desculpe, mas para você, será dez mil reais.】【Você é tão gananciosa assim? Mais do que eu!】Karina ficou furiosa.【Quem quiser, que

Beatriz sentiu um vazio na cabeça, mas logo se deu conta: — Tem como não avisar ele? Ele não sabe de nada, melhor meus pais virem me buscar, pode ser?— Mas eu já liguei para ele, está a caminho, deve chegar logo.O casamento de Beatriz com Daniel poderia ser um segredo para o público, mas não para o sistema interno da delegacia, onde o campo do cônjuge claramente exibia — Daniel Dias.Ao ouvir isso, Beatriz quis sumir dali.— Onde está a Beatriz? — Foi então que ela ouviu uma voz familiar do lado de fora, carregada de irritação.— Daniel, por aqui. — O policial chamou.Beatriz ficou surpresa, será que eles se conheciam? Daniel entrou com um semblante fechado, o olhar intenso pousando sobre Beatriz.— Daniel, olha só, são suas fotos incríveis. — O policial, rindo, balançou as fotos na frente de Daniel. Beatriz quis arrancá-las de suas mãos.Quanto mais Daniel olhava, mais fechado ficava seu semblante. Ele tentou pegá-las, mas o policial se esquivou.— Vou guardar como um tesouro, é rar

Beatriz não sabia se estava assustando a si mesma ou o quê. Mas ao pensar na identidade passada dele, ela não ousava apostar. E se ele realmente fosse tão implacável?— Então, considerando que eu sou ré primária e estou com uma atitude de arrependimento, você poderia me dar uma chance de me redimir?— De que maneira você se desculparia?— Todo o dinheiro... Eu vou te dar, eu ganhei um total de sessenta mil.— E mais?— Eu vou escrever uma carta de arrependimento, prometendo nunca mais repetir o erro.— E mais?— E mais... — Beatriz hesitou, o que mais ela poderia oferecer como compensação? — Você poderia dar uma sugestão?— Você não terá sua mesada este mês, além disso, os dois conjuntos de roupas para mim e minha irmã, você não pagará.As roupas podem ser dadas de graça, mas perder a mesada, não seria demais?— Mesada... Tem como não cortar?— Então vá até o departamento jurídico do Grupo Dias, e veja se te colocam lá dentro.O departamento jurídico do Grupo Dias, onde nunca perderam

Beatriz não sabia, e tinha medo de responder.— Deixe de lado as distrações, olhe para frente.Beatriz respirou fundo, ajustou sua mentalidade e começou a se acostumar com o recuo. Desta vez, não errou o alvo, acertando na borda. Sua palma estava toda suada, quase não conseguia segurar a arma.— Eu estou aqui, por que tão nervosa? — A voz de Daniel veio com um sorriso implícito, ela não conseguia distinguir se ele estava fazendo isso de propósito, seus lábios quase tocando o ouvido dela, o calor da respiração varrendo sua orelha constantemente.— Não, não estou.— Então por que suas orelhas estão vermelhas?Assim que ele terminou de falar, ela respirou fundo, e Daniel mordeu-a suavemente, causando uma dor leve. Mas rapidamente, ele aliviou a força, sua língua parecendo aliviar a dor.Esse gesto provocante foi rápido, e Manuel, ao lado, estava tão imerso na emoção de acertar o alvo que não percebeu o que acontecia aqui.Beatriz ficou rígida, não sabendo se estava sendo ensinada ou provo

Mas seu olhar era tão profundo e sério que ela achou difícil resistir.— É... é mesmo?— Minha irmã foi sequestrada.— Não me surpreende. — Beatriz resmungou interiormente, por que ela estava tão nervosa? A pessoa amada por ele, claro, era a sua família.— Uau, Benício está mandando bem, dez pontos!Foi então que os homens começaram a se animar, e Beatriz também se interessou, indo rapidamente dar uma olhada.— Que incrível... — Beatriz olhou para ele com admiração: — Vou vir jogar mais vezes, vocês vão ter que me ensinar direitinho.Nesse momento, tiros consecutivos foram ouvidos do alvo ao lado.— Daniel está atirando? Ele não disse que ia aposentar a arma depois de se aposentar? — Manuel olhou surpreso, correndo para ver.— Daniel ainda tem a mesma habilidade, dez pontos seguidos!— Você também é incrível. — Beatriz apressou-se em elogiar.Manuel não entendeu o que estava acontecendo, mas Benício e outro entenderam muito bem, essa é a diferença entre ter uma esposa e não ter.— Ele

Daniel ficou ligeiramente surpreso.Ele pensou que as palavras de Manuel tinham sido muito cruéis e sangrentas, fazendo-a sentir-se mal fisicamente. Mas, ao contrário, ela estava irritada.Irritada por ele não se cuidar?— Você também é como um anjo da guarda para mim, já me ajudou muitas vezes. Não é normal eu me preocupar com você? Ainda bem que você se aposentou. Se continuasse nessa profissão, eu não teria me casado com você. Não sou um ser frio, mesmo sendo apenas um casamento de fachada, eu me preocuparia contigo. Você deve valorizar sua vida, aprender a se amar antes de amar aos outros! Não coloque a sua vida em risco, assegure sua própria segurança antes de tentar salvar os outros.— Eu entendi, — disse Daniel sinceramente, parecendo absorver verdadeiramente as palavras dela.— Eu... também acho que, estando vivo, posso levar mais criminosos à justiça, não é mesmo?— Sim, eu vou cuidar bem da minha vida, mesmo aposentado, continuarei a trazer os culpados à justiça.O dever e a

— Sem noção, não vê que os pombinhos estão tendo um momento?— Mas é tão raro vermos...— Eles não querem te ver agora, sai de perto. Daniel também tem seus momentos, hein? Incrível. Vocês se lembram, quando Daniel estava apaixonado?— Lembro! Foi aquela vez do sequestro, levou um tiro no peito, quase morreu. Ele estava inconsciente e ferido, mas murmurando o nome de alguém. Era Beatriz?— Não sei, ele falava tão baixo, era difícil entender, só um nome.— Se não fosse por Beatriz...— Finjamos que nada aconteceu, vamos embora....Beatriz entrou no carro, hesitante e disse: — É raro vocês se encontrarem, vocês podem ficar mais um pouco, eu posso dirigir ou pegar um táxi para casa, tenho que passar no estúdio e resolver algumas coisas.— Tudo bem, pode levar meu carro. Depois, eu me viro para voltar.— Não beba demais, — Beatriz não pôde deixar de avisar, ao que Daniel levantou uma sobrancelha, com um olhar intrigante.Ela se sentiu um pouco envergonhada: — Eu vou indo.Ela parou o carr

Com toda a coragem que pôde reunir, Beatriz finalmente quebrou a rigidez de seu corpo. Ela correu sem olhar para trás.— O que houve? Sou assim tão assustador? — O homem falou, sorrindo, com um olhar significativo em seus olhos.Beatriz continuou correndo sem olhar para trás, sem ousar perder nem um segundo, com medo de ser alcançada pelo homem.Ela ultrapassou os limites de seu corpo, correndo até sentir que seu coração saltaria pela boca.À medida que mais pessoas apareciam ao redor, ela começou a se sentir um pouco mais segura. Ela olhou para trás, mas ele não a havia seguido.Ainda assim, ela estava extremamente assustada, escondendo-se no banheiro de um shopping, tremendo enquanto pegava o celular para ligar para Daniel.Ela deveria chamar a polícia. Mas seu instinto fez com que ela contatasse Daniel primeiro.A ligação foi rapidamente atendida.— O que aconteceu?A voz de Daniel era calma e firme, fazendo com que Beatriz se sentisse imediatamente emocionada, sua voz embargada.—

— Você estará segura, vou ficar com você por um tempo.Beatriz assentiu, ainda meio atordoada.Mais tarde, o celular de Daniel tocou novamente, desta vez era a seguradora. Beatriz havia deixado o carro dele na rua, e agora a seguradora o havia recolhido.Daniel a levou para casa. Beatriz se trancou no quarto, sentindo-se mais segura assim. Ele foi para o escritório verificar as câmeras de segurança da rua.Beatriz havia estacionado o carro na rua para fazer uma ligação, quando de repente outro veículo mudou de faixa e veio em sua direção. Um motorista profissional jamais cometeria tal erro básico.Era claramente intencional. Esse deputado era suspeito.Talvez, ele estivesse tentando mandar uma mensagem, pensando que Daniel estaria no carro.Poderia ser uma provocação. O visitante tinha más intenções.Era evidente que, sabendo que não podíamos apresentar provas, ele agia com arrogância.Se ele não estivesse se encontrando com um velho amigo, se ele tivesse chamado um táxi para Beatriz..

— Eu estou bem, já melhorou muito. Você poderia por favor não ir ficar aqui e me fazer companhia um pouco mais? — Talvez porque ela acabou de acordar de uma doença, sua voz estava cheia de exaustão.Daniel queria repreendê-la por ter tentado pôr fim à sua própria vida, mas ao vê-la nesse estado, ele suportou. — Eu estarei aqui, não irei a lugar nenhum.Daniel ficou com ela, mas ainda estava preocupado com o estado de saúde dela. Ele apertou o botão de chamada e o médico veio para examiná-la. A febre já tinha passado e por enquanto, ela estava bem.Por precaução, seria melhor observá-la por mais um dia, mas ela também poderia voltar para casa imediatamente.Beatriz escolheu voltar para casa. Ela não queria ficar em um ambiente desconhecido.— Daniel, podemos ir para casa? Eu não quero ficar aqui.— Claro, então vamos para casa.Ela trocou de roupa, mas não tinha força para andar. Ela estava pensando em pedir a Daniel para conseguir uma cadeira de rodas para ela, mas então.... Daniel a l