Quando Poliana ficou paralisada, o sorriso suave de Marcelo se alargou, iluminando seu rosto. No instante seguinte, Poliana recobrou a consciência e, apressada, abriu a porta do carro. O som da porta ecoou para fora, e Marcelo, já atento, segurou a maçaneta, ajudando ela a abrir. Assim que a porta se abriu, ele viu o rosto dela e, de repente, seu sorriso desapareceu, dando lugar a uma expressão de preocupação. Antes, Poliana estava maquiada, mas depois de tanto chorar, as marcas de lágrimas ficaram visíveis, quatro linhas nítidas desenhadas em seu rosto. Seus olhos, que estavam avermelhados e inchados, já haviam desinchado, mas o olhar, sempre profundo, agora estava ainda mais intenso, mais brilhante e, de alguma forma, mais triste.O casaco dela, grande e bonito, exalava classe, mas a saia estava um desastre: suja com lama da chuva e com alguns respingos de sangue. A parte da saia que se abria ao redor de suas pernas revelou seus joelhos. As meias estavam rasgadas, com fios puxad
Ler mais