Eu podia sentir meu coração batendo forte dentro do peito, numa combinação de medo e euforia, e enquanto trancava o olhar com Xavier, uma voz no fundo da minha mente me incomodava, preocupada que ele tentaria aproveitar sua vantagem. Um calafrio percorreu minha espinha, e só tarde demais percebi que estávamos moldados um contra o outro, com o comprimento do corpo dele queimando o meu. Os campos estavam vazios, mas se um transeunte nos visse, pensaria que estávamos no meio de um abraço apaixonado, e logo essa notícia se espalharia. Sem aviso, uma imagem de Samuel e sua expressão proibida passou pela minha mente, e enquanto Márcia rosnava dentro de mim com hostilidade, me contorci contra Xavier. — Me solta. — Disse eu, lutando.Os traços dele se apertaram por um momento, como se ele não gostasse do fato de eu estar dando uma ordem. Eu temia que ele não soltasse, mas, para minha surpresa, ele soltou. Ao cambalear para trás, quase perdendo o equilíbrio, ele soltou uma risada genu
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