Hotel Califórnia A Camareira do CEO Quando Batem a portaElza me olhou com um ar de compreensão antes de falar, como se escolhesse cuidadosamente as palavras.— Talvez ele tenha pego seu endereço na minha escrivaninha — disse, meio hesitante. — Eu esqueci de guardar. Pode ter sido assim que ele descobriu onde você estava.Suspirei, tentando não deixar a culpa crescer ainda mais dentro de mim. Eu sabia que Eros era obstinado, que ele faria o que fosse necessário para me encontrar, mas isso não mudava o que eu sentia.— Tudo bem, Elza — respondi, tentando soar tranquila. — Agora já passou.Mas Elza parecia determinada a falar sobre Eros, talvez para que eu entendesse melhor a situação.— Bea, ele estava devastado — continuou, sua voz baixa e um pouco hesitante. — Eros estava desorganizado, deixou de se barbear, sempre bebendo ou dormindo. Nem Suellen ele queria ver. Ficava sempre de portas trancadas…Essas palavras começaram a pesar em mim, como se estivessem tentando minar a fortalez

Hotel Califórnia A Camareira do CEO O Confronto com ElzaParis é minha cidade natal, e embora eu sempre tenha apreciado seu charme, minha estadia na Califórnia estava longe de ser um sonho. Eu havia me mudado temporariamente para lá apenas para me aproximar de Eros e executar meu plano. A missão estava clara: falsificar testes de gravidez e exames gestacionais para garantir que ele acreditasse que a gravidez era minha. Agora que Beatrice estava finalmente fora de cena, eu me sentia vitoriosa, mas havia um detalhe que me incomodava: Endreric. O envolvimento dele com Beatrice foi além do planejado, mas, por ora, eu preferia ignorar isso. Depois do momento íntimo que tivemos, eu estava confiante de que Endreric se tornaria uma peça chave em meus planos futuros.Com Beatrice agora fora do caminho, meu plano parecia ter dado certo. Eu me sentia vitoriosa, mas havia uma pequena pedra no sapato: Endreric. Eu havia arquitetado a sedução de Beatrice como um mero truque para afastá-la, mas En

Hotel Califórnia A Camareira do CEO Passeio em Família O dia parecia passar em um piscar de olhos. Depois de sairmos do cartório, Endreric sugeriu que fôssemos almoçar em um lugar especial para celebrar o registro de Aurora. Eu não fazia ideia do que ele tinha em mente, até que ele estacionou em frente a um dos restaurantes mais sofisticados da Califórnia.O ambiente era deslumbrante, com decoração refinada e um ar de exclusividade que me deixava um pouco fora do meu elemento. Enquanto caminhávamos até nossa mesa, eu olhava ao redor, admirada com cada detalhe, mas ao mesmo tempo, sentia-me um tanto deslocada.— Endreric, não é caro demais? — perguntei, minha voz baixa, como se não quisesse atrair atenção. — Eu não estou acostumada com lugares assim.Ele sorriu, segurando minha mão por um breve momento antes de me guiar até nossa mesa.— Beatrice, minha família merece o melhor, — disse ele com convicção, seus olhos cheios de carinho. — E isso inclui você e Aurora. Quero que se acost

Hotel Califórnia A Camareira do CEO Enquanto Eu Dormia Desde o momento em que saí da casa de Beatrice, tudo aconteceu tão rápido que mal tive tempo de processar. O acidente, a experiência de quase morte, o hospital... as brigas. Cada detalhe ainda está fresco na minha mente, como uma ferida que não cicatriza.Embora meu corpo estivesse imobilizado na cama do hospital, minha mente estava desperta. Ouvi tudo. Ouvi quando Beatrice veio me ver pela primeira vez, e ouvi também a voz cortante da minha mãe, acusando-a de ser a culpada pelo meu acidente. A raiva queimava dentro de mim, mas eu estava preso, incapaz de reagir. Queria gritar, dizer que tudo aquilo era uma mentira, mas minha voz estava aprisionada junto com o resto do meu corpo. Tentei mover as mãos, os pés, qualquer coisa... mas nada aconteceu. Eu estava inerte, como se minha própria carne tivesse se transformado em pedra.Cada vez que os médicos vinham me examinar, eu queria gritar que estava ali, que podia ouvi-los, que pre

Hotel Califórnia A Camareira do CEO Algo Não Está Certo Enquanto nós três lanchávamos tranquilamente, Aurora parecia finalmente relaxar, agora aconchegada em seu carrinho, tomando a mamadeira com calma. O ambiente ao nosso redor estava tranquilo, e a conversa fluía naturalmente, até que Elza, com seu jeito direto, soltou uma pergunta que me pegou de surpresa.— Bea, você ainda ama o Eros, não é?Eu congelei, meus olhos se arregalando de leve enquanto tentava processar aquela pergunta inesperada. Clara, sempre a mediadora, percebeu meu desconforto e me encorajou a ser sincera.— Somos só nós, amiga, pode falar. — disse ela, com um tom suave e compreensivo.Suspirei profundamente, sentindo o peso da verdade que eu havia tentado enterrar por tanto tempo. Não tinha como mentir para elas, nem para mim mesma.— Sim, eu ainda amo. — confessei, minha voz quase num sussurro. — Nunca consegui esquecê-lo. E se eu tivesse a chance, faria tudo de novo. Todos os momentos que tivemos juntos ainda