Hotel Califórnia A Camareira do CEO Conexão Entre Pai e Filha Quando finalmente recebi alta, Clara, Bernardo e Dona Cléo estavam lá, prontos para me ajudar com tudo. Com Aurora nos braços, me senti cercada de amor e cuidado. Eles fizeram questão de organizar tudo, desde os documentos até a bagagem que acumulamos nos últimos dias.Enquanto deixávamos o hospital, Clara chamou um Uber, garantindo que tudo estivesse sob controle. Bernardo, sempre prestativo, segurava a porta do carro enquanto eu me acomodava com Aurora em meus braços, certificando-se de que estávamos confortáveis. Dona Cléo, com sua calma habitual, entrou ao meu lado, enquanto Clara se sentava na frente, conversando com o motorista e garantindo que o trajeto fosse o mais tranquilo possível.O carro seguiu pelas ruas da cidade, e, por mais que o trajeto fosse breve, cada minuto parecia uma eternidade. Eu olhava para Aurora, que dormia tranquilamente em meus braços, e sentia um misto de alívio e emoção ao saber que estáv

Hotel Califórnia A Camareira do CEO A volta que o Mundo Dá A cena diante de mim parecia surreal. Endreric estava sentado na poltrona do quarto de aurora segurando ela em seus braços e conversando, olhando para Aurora com tanta ternura que fez meu coração apertar. Aquele era o homem que, até pouco tempo atrás, eu jamais imaginaria como pai, muito menos como alguém capaz de demonstrar tanto afeto. Saí da porta, tentando me recompor. Respirei fundo, sentindo uma mistura de emoções que não conseguia definir. Quando Endreric saiu do quarto, seus passos eram tão silenciosos que quase não percebi sua presença ao meu lado.— Endreric, eu... — comecei, mas ele já estava à minha frente, calando-me com o dedo indicador gentilmente pousado sobre meus lábios.Seus olhos estavam fixos nos meus, e havia algo neles que eu nunca tinha visto antes.— Beatrice, quero te pedir desculpas se já te fiz mal. Sei que já te disse isso antes, mas desta vez, quero ser realmente sincero.Seu tom era diferente,

Hotel Califórnia A Camareira do CEO Briga dos Irmãos Clarck Em uma fração de segundo, senti um vulto rápido passando perto de mim. O som de um impacto seco preencheu o ambiente, e quando olhei, lá estava Endreric, caído no chão, com o canto da boca sujo de sangue. Meu coração quase parou ao ver Eros ainda com o punho fechado, o olhar carregado de raiva. Ele tinha acabado de dar um soco em seu próprio irmão, deixando-o desmoronar diante de mim, foi tudo muito rápido.Corri para ajudar Endreric, meu coração acelerado. — Meu Deus, Endreric, você está bem? — falei, enquanto tentava ajudá-lo a se levantar.— Eu vou ficar bem, não se preocupe. — Ele respondeu limpando a boca.— Afinal, você é mesmo uma qualquer, não é, Beatrice? A voz de Eros soou fria e cortante. — Esperou eu sair do caminho para finalmente ficar com meu irmão? Era isso que você queria o tempo todo?As palavras dele foram como uma bofetada. Surpresa e incrédula, olhei para Eros, tentando processar a acusação. Eu estav

Hotel Califórnia A Camareira do CEO Catástrofe Saí da casa de Beatrice atordoado, o peito apertado como se um punho invisível o comprimisse com força. Meu corpo ainda doía do confronto com Endreric, mas a dor física era ínfima comparada à tormenta que rugia dentro de mim. Entrei no carro, as mãos tremendo ao segurar o volante, e dei a partida. Sem pensar, pisei no acelerador com força, o motor rugindo em sintonia com o tumulto em minha alma.Enquanto dirigia pelas ruas escuras da Califórnia, as memórias dos momentos felizes que tive com Beatrice invadiam minha mente como flashes dolorosos. O sorriso dela, o jeito como seus olhos brilhavam quando me via, o som de sua risada que sempre parecia iluminar até os dias mais sombrios. Como chegamos a isso? Como permiti que tudo se destruísse tão rapidamente?Eu sabia que tinha minha parcela de culpa. Fui fraco, cedi às manipulações de Suellen, e agora pagava o preço. De alguma forma, ela conseguiu armar para que Beatrice nos encontrasse ju

Hotel Califórnia A Camareira do CEO Boas Notícias No dia seguinte, enquanto amamentava Aurora, ouvi batidas suaves na porta. Antes que eu pudesse responder, a porta se abriu lentamente, revelando Bernardo com uma bandeja nas mãos.— Posso entrar? — ele perguntou, com um tom suave que imediatamente trouxe uma sensação de calma ao ambiente.Assenti, sentindo uma pontada de alívio ao ter a companhia dele aqui em casa.Ele entrou com a bandeja, sobre a qual repousavam um copo de suco de acerola e um pedaço de bolo de banana. Ao ver o que ele havia trazido, não pude evitar que um sorriso brotasse em meu rosto.— Bolo de banana? — murmurei, enquanto uma onda de nostalgia me envolvia, aquecendo meu coração. — Meu favorito.— E o meu também — respondeu Bernardo, com um brilho nos olhos. — Lembra das tardes de sábado? Quando mamãe juntava todos nós para o lanche? Papai, você, eu e ela... e todo sábado era a mesma coisa: bolo de banana com suco de laranja ou acerola.As palavras de Bernardo

Hotel Califórnia A Camareira do CEO O Reencontro de Mãe e FilhaEu estava diante do espelho, ajustando os últimos detalhes do meu vestido simples de algodão. Era uma peça discreta, mas me sentia linda e pronta para o que viria. Hoje, finalmente, eu veria minha mãe depois de tanto tempo. O turbilhão de emoções que passava pela minha cabeça era quase impossível de controlar. Enquanto tentava conter minha ansiedade, olhei para Aurora, que estava deslumbrante em seu vestido rosa florido. Clara tinha caprichado. Ela escolheu até sapatinhos de crochê que imitavam pequenos All Star, e uma tiara com um lacinho sofisticado adornava a cabeça da minha pequena. Eu não poderia estar mais agradecida.— Oi, meu amorzinho — falei, pegando Aurora nos braços e a aninhando contra o peito. — Como você está linda. Tia Clara fez um ótimo trabalho com você, hein?Clara, do outro lado do quarto, deu um sorrisinho orgulhoso, satisfeita com o elogio.— E você também está linda, minha amiga, e lembre-se, voc

Hotel Califórnia A Camareira do CEO No Hospital A notícia do acidente de Eros atingiu-me como um soco no estômago. Senti o mundo desmoronar ao meu redor e uma onda de culpa me envolveu. Se eu não tivesse o deixado vir até minha casa naquela noite, talvez isso não tivesse acontecido. A ideia de não poder fazer nada me consumia por dentro.— Preciso ir até o hospital. — minha voz saiu mais firme do que eu me sentia. O desespero me impulsionava a buscar qualquer fio de esperança.Bernardo me olhou com uma expressão cética, suas sobrancelhas se unindo em preocupação.— Por que você quer ir até lá, Beatrice? — ele perguntou. — Ele está desacordado, você não vai poder fazer nada.Senti um nó na garganta e uma dor profunda no peito. Meu desejo de estar ao lado dele era mais forte que qualquer argumento racional.— Eu sei, Bernardo. — minha voz tremia, mas eu tentei me manter firme. — Mas talvez, se eu estiver lá, se eu falar com ele, talvez haja alguma esperança.Bernardo parecia prestes

Hotel Califórnia A Camareira do CEO A Mãe dos Clark'sEu precisava ir para casa. Minha pequena Aurora precisava de mim, precisava do meu leite, do meu carinho. Mas o que me prendia ali, naquela sala fria de hospital, era o corpo imóvel de Eros. Ele continuava desacordado, e a angústia em meu peito parecia aumentar a cada segundo. Só de pensar na possibilidade de ele não acordar mais, meu coração apertava de uma forma que eu nunca havia sentido antes.De repente, a porta se abriu abruptamente, me arrancando dos meus pensamentos sombrios. Meu corpo inteiro pulou de susto, e, antes que eu pudesse reagir, vi Carmem, a mãe de Eros, entrar como uma tempestade, seus olhos disparando raios em minha direção.— Mas o que essa mulherzinha está fazendo aqui?! — ela gritou, sua voz carregada de desprezo.Fiquei paralisada, ainda tentando processar o que estava acontecendo, quando Endreric e Bernardo entraram logo atrás dela, tentando conter sua fúria. Dona Carmem estava fora de si, avançando em

Hotel CalifórniaA Camareira do CEO Planos Futuros Cheguei em casa naquela noite com o coração pesado, os ecos das palavras de dona Carmem ainda ressoando em minha mente. A cada passo que eu dava, sentia o peso daquela discussão, e tudo o que dona Carmem me disse parecia afundar ainda mais em minha alma. Assim que entrei pela porta, vi minha mãe esperando, um semblante de preocupação em seu rosto. Endreric e Bernardo estavam logo atrás de mim, suas expressões sérias refletiam a tensão de horas atrás.— Beatrice, o que aconteceu? Como foi a visita no hospital? — minha mãe perguntou assim que nos viu.Suspirei profundamente, tentando organizar meus pensamentos antes de responder. — Eros está estável, mas ainda não acordou. Os médicos dizem que ele está reagindo, mas não sabem quando vai despertar.Minha mãe assentiu, absorvendo a notícia. Olhei para Endreric, buscando apoio antes de continuar.— Tive uma discussão pesada com dona Carmem... A mãe de Endreric e Eros — confessei, minha

Hotel Califórnia A Camareira do CEO Noite das Mulheres Já era fim da tarde quando finalizei os últimos detalhes na casa, preparando tudo para a noite das meninas. A ideia de ter uma noite assim, descontraída, entre amigas, era como um sopro de alívio em meio a tudo que estava acontecendo. O plano era simples: uma noite para matar a saudade dos velhos tempos, só que agora com uma nova integrante no grupo, Elza.Vesti um macaquito bege simples, confortável o suficiente para cuidar de Aurora e ainda assim sentir-me bem. A pequena estava com os olhos pesados, pronta para dormir após mamar. Assim que ela adormecesse, eu estaria livre para me entregar à noite com as minhas amigas.Ouvi a campainha e sorri ao abrir a porta para Clara. Ela estava radiante, segurando uma garrafa de vinho em uma mão e alguns petiscos na outra. Seu sorriso largo e contagiante me fez lembrar das inúmeras noites que passamos juntas antes de tudo isso—antes de Aurora, antes de Eros, antes da vida ter se tornado