Todos os capítulos do A gêmea errada do Alfa.: Capítulo 31 - Capítulo 40
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Capítulo 31. Segredos descobertos.
Sim, eu virei professor de Tamara. Procurei todas as formas possíveis para ficar ao lado dela durante o dia e protegê-la de qualquer perigo que a rondasse. A única solução que encontrei foi me tornar professor dela. Os lobos têm instintos muito fortes; eles podem detectar outro lobo a metros de distância. Também conhecemos cada parte do corpo humano, sabemos onde fica cada órgão e todas as suas funções. Então, foi bastante fácil conseguir a vaga de professor na faculdade que Tamara iria cursar medicina. Um dia, enquanto meu pai era alfa, ele estava em uma caçada por um lobo fugitivo que estava aterrorizando quase todas as alcateias do nosso território. Ele rastreou esse lobo até uma vila perto do território humano e o encontrou no momento em que estava prestes a quebrar o pescoço de um humano com seus dentes. Foi nesse exato momento que meu pai chegou e salvou a vida do humano. O rapaz ficou muito feliz e se sentiu em dívida com meu pai. Foi com essa dívida que consegui entrar na facu
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Capítulo 32. Descobrindo as mentiras.
Eu não acreditava no que meus olhos estavam me mostrando. Ainda pensei, por um breve momento, que poderia ser algum tipo de ilusão de ótica, mas vi que aquilo que estava em frente aos meus olhos era a mais pura verdade. Demorei um pouco no carro de Ian; ele tinha trazido um lanche para comermos juntos antes de voltar para o hospital. No momento em que me despedi dele e entrei no prédio, vi Jonathan entrando no elevador. Na minha inocência, jurei que ele iria para meu apartamento, mas percebi que o elevador parou no andar abaixo do meu. — Com licença. — Chamei a atenção do porteiro. — O rapaz que entrou agora no elevador, ele é morador daqui? — Sim, mocinha, já tem uns dois meses que ele arrendou o apartamento três B. Ódio era a palavra certa para o que eu estava sentindo naquele momento. Eu não acreditava que Jonathan tinha me enrolado até aquele momento. Eu jurava que ele morava longe do meu apartamento, ou até mesmo longe do meu prédio, mas o que descobri é que o mentiroso morava
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Capítulo 33. Outra de TAMARA.
Nunca imaginei que veria o lado explosivo de Tamara; por pouco ela não arrancou minha cabeça. Até de perseguidor ela me chamou, então não havia mais como eu esconder a verdade dela. A única solução que me restou foi contar o motivo de eu estar ao lado dela durante o dia: expliquei que havia um alfa atrás dela por confundi-la com outra pessoa. Se bem que a forma como perguntei se ela estava envolvida com a morte de alguém foi a pior maneira que eu poderia questionar, pois Tamara entendeu que eu estava falando de Talita. Ela se alarmou e me julgou por não acreditar em sua palavra. Ficamos esses dois meses juntos, e pelo que ela falou, que me conhecia bem e sabia quando eu estava mentindo ou escondendo algo dela, era pura lorota, pois na primeira oportunidade ela jogou na minha cara todos os meus erros. Será que é preciso eu dar minha vida pela dela para que ela acredite que foi a única mulher que eu já amei em toda a minha vida? Será que é preciso eu me entregar em sacrifício pela felic
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Capítulo 34. Ligando para meu irmão.
Deixei o apartamento de Jonathan muito pensativa. Em que mundo uma pessoa é julgada de assassina sem sair de casa? Eu poderia ser morta a qualquer momento e nem ao menos saberia o motivo da minha morte. O mundo é cruel demais, e as pessoas que não sabem viver nele são presas fáceis para predadores maiores. Jonathan me prometeu que não deixaria nada de ruim acontecer comigo; todavia, eu jamais permitiria que alguém colocasse sua vida em perigo por minha causa. Já basta o que aconteceu com Talita, e por mais que esse perigo que eu esteja correndo seja por um erro dela, ainda assim eu jamais conseguiria sentir raiva ou qualquer sentimento contrário ao amor que sinto por ela. Talita já pagou por seus erros no momento em que morreu por minha culpa, pois naquela noite quem deveria ter morrido era eu, apenas eu e mais ninguém. Sei que posso estar sendo vista como vítima, ou que outras pessoas possam achar que estou me vitimizando, mas no meu coração, até uns meses atrás, eu era apenas uma p
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Capítulo 35. Para toda ação uma conseguencia.
Nunca tinha percebido que o prédio em que eu morava era enorme, pois parecia que do meu apartamento até o de Jonathan eram quase mil quilômetros, e não que ele estivesse abaixo do meu. No momento em que o elevador parou no andar de Jonathan, respirei fundo e comecei a caminhar rapidamente até seu apartamento. Não deu tempo de bater à porta, pois logo ela se abriu. Jonathan saiu e me olhou, procurando resposta apenas no olhar, mas ele não teria nenhuma resposta para suas perguntas silenciosas, pois primeiro ele teria que responder as minhas. — Você está bem? Senti o cheiro de medo em você antes mesmo do elevador chegar ao meu andar. — Caminhei até ele e, no impulso dos sentimentos que estavam emaranhados, uma bagunça sem fim, acertei-lhe um tapa. — Tamara, o que houve? — Jonathan nem mesmo fez cara de dor. Eu até duvido que meu tapa o fez sentir cócegas. — Seu desgraçado, você não podia fazer isso comigo. — Comecei a socar o peito dele com toda a força que existia em mim; eu queria
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Capítulo 36. Distância machuca.
Nos dias em que eu não dava aula na faculdade, era o dia em que eu ia até a minha alcateia ver como estava o andamento dos planos para proteger Tamara. Era uma viagem curta e cansativa, pois eu tinha que estar em frente ao prédio onde estava morando para ter um momento a sós com a minha deusa. Com a volta de sua loba, Tamara mudou muito; ela conseguia enfrentar qualquer um que aparecesse à sua frente, mas parecia que seu temperamento forte era reservado apenas para uma pessoa (eu). — Está com essa cara de frustrado por quê? — Estava no meu escritório na casa da alcateia quando ouvi a voz de Túlio. Levantei minha cabeça e vi ele entrando. — Como foi por lá? — Mudei de assunto. — Não vou contar até você me dizer o porquê dessa cara de quem comeu e não gostou. — Isso aqui é por culpa de um bocudo que não devia falar as coisas que não convêm. — Poxa! Mano, passamos esses dias todos sem nos ver, e na primeira oportunidade você j**a na minha cara que sou bocudo. — O miserável perguntou,
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Capítulo 37. Lutando mesmo sem forças.
Senti o veneno correndo por minhas veias. O lobo que Rocco matou, arrancou seu pescoço e estava, de alguma forma, cheio de um veneno que é fatal para os lobos. Meu lobo estava começando a ficar tonto. Rocco não queria desistir; nós poderíamos morrer jogados no chão daquela estrada. Entretanto, Rocco não daria gosto para aqueles lobos verem o nosso fim. Meu pai já tinha me ensinado uma forma de controlar e atrasar o veneno em nosso corpo; tudo dependia da respiração, e assim conseguiríamos controlar qualquer reação que o veneno poderia ter em meu corpo. — Você tem pouco tempo de vida. — O lobinho à frente se aproximou de Rocco. — Se você entregar a lojinha assassina sem luta, podemos pensar em te dar o antídoto. — Rocco, mate esse lobo. — Ordenei ao meu lobo. — Ele conseguiu me tirar do sério. — Tínhamos que avançar no líder, pois, sem líder, os lobos não passavam de canídeos indefesos. Rocco esperou o lobo se aproximar mais alguns passos e se jogou para cima dele. O lobo foi be
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Capítulo 38. Ele não apareceu.
Os últimos dias eu tenho me questionado se me tornei uma péssima pessoa, pois, durante o dia, eu me dedicava aos estudos; porém, no momento em que estava perto do anoitecer, eu só desejava ir para casa e aproveitar os únicos minutos que tinha ao lado de Jonathan. Dhara até tenta me lembrar que esse desejo de estar ao lado dele pode ser consequência da marca, e é nisso que tento acreditar: que toda a necessidade que sinto é culpa apenas da marca. Após me despedir de Ian e ver seu carro se distanciando, virei em direção ao meu prédio procurando por Jonathan, mas não havia nenhum sinal dele por perto. Caminhei pela portaria, olhando em cada canto, e mais uma vez Jonathan não estava por lá. Fui até meu apartamento e fiquei a noite toda esperando por Jonathan, mas ele não apareceu. Meu corpo estava em chamas por falta do contato com o corpo de Jonathan. — Dhara, eu acho que isso está muito estranho; ele nunca deixaria de vir me ver. — No momento em que conectei com minha loba, e antes d
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Capítulo 39. Me acostumando com sua ausência.
Duas semanas sem ter nenhum contato com Jonathan, duas semanas em que não consegui focar em nada. Ian marcava encontros e eu inventava algo. A primeira vez foi que eu tinha que estudar para um trabalho de grupo, a segunda foi dor de cabeça, e assim foi indo até que eu não consegui mais me esconder dele. — Estou sentindo você distante, como se estivesse fugindo de mim. — Estávamos abraçados em frente ao meu prédio. — Já tem duas semanas que sinto que você está comigo e, em simultâneo, não está. — É impressão sua. — Não, não era. — Acho que só estou me acostumando com o ritmo da faculdade. — Você sabe que, se estiver pesado demais para você, pode deixar de trabalhar e eu posso pagar sua faculdade. — Ian, já conversamos sobre isso. — Afastei-me dele. — E, por favor, não repita mais essas palavras. — Tamara, eu faço isso pelo seu bem. Eu vejo que você não tem família, vive aqui sozinha, e até mesmo aquele seu primo que vivia colado a você sumiu. Então, você poderia deixar de ser orgul
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Capítulo 40. Ela não estava ao meu lado.
Minha cabeça estava uma confusão sem fim, meus olhos estavam pesados. Sabia o nome de cada um que estava ao meu lado antes mesmo de abrir os olhos. Ouvia o fungado de minha mãe e sua voz pedindo para eu abrir meus olhos, e eu até estava tentando abri-los, porém não estava conseguindo. Tentava me comunicar com meu lobo; todavia, ele não respondia. Eu o sentia, sabia que ele estava fraco, então permiti que ele descansasse. — Descanse, Rocco. — Conectei-me mentalmente com ele. — Nossa deusa precisa de nós dois, então descanse e, no momento em que abrir os olhos, vamos até ela. Dormimos um pouco mais e, quando abri os olhos, vi uma sala conhecida. Observei os cantos daquela sala e só após ficar mais consciente percebi que aquela sala era meu quarto. Olhei para a mesinha que ficava ao lado da minha cama e vi a foto da minha deusa. Lembrei do dia antes da tragédia que levou a vida de Talita; eu tinha ido até a casa de Túlio, na intenção de ver Tamara, e foi nesse mesmo dia que roubei aquel
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