HEITOR NARRANDO. Confesso que parecia que eu estava vivendo em uma bolha, o meu corpo estava ali, mas a minha mente não. A minha mente ainda estava no pedido de separação da Mariana, e olha que isso aconteceu a três dias. Ela não sai do quarto, mal esta comendo e não fala comigo. Terminei de amarrar o meu sapato, sai do quarto e parei em frente a porta dela, coloquei o meu ouvido na porta e ouvi o choro dela. Coloquei a mão na maçaneta para abrir a porta, mas estava trancada. — Mariana, sou eu, abre a porta.. — Sai daqui Heitor, eu quero ficar sozinha. — Abre a porta, me deixa conversar com você. — Não temos nada para conversar, vai trabalhar que é o melhor que você faz. — Mari, abre.. — Vai embora... — Ela chorou. Eu sentei na porta e fiquei ali, ouvindo o choro dela, com o coração apertado. Eu sei que errei, sei das minhas falhas, só que é o meu jeito de reagir com as perdas que tenho na vida, da mesma forma que ela precisa me entender, eu também e
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