DianneA sua mão alisou a minha barriga uma última vez. Então, a beijou em despedida e sussurrou algo para ela, inaudível para mim. Os seus olhos transbordavam lágrimas incessantemente.— Vou sentir falta — disse ele antes de retirar a sua mão.Olhou-me por alguns segundos e acariciou o meu rosto suado. Adan entrou na enorme banheira inflável posta no meio do quarto e se sentou atrás de mim, ainda vestindo a calça social e a sua camisa branca.Há dezessete horas eu sentia dor. Já havia gritado, chorado, jurado nunca mais engravidar e até mesmo não deixar que Adan me tocasse outra vez. Mas lá estava ele, dentro da água fria, ajudando-me a dar à luz.— Dez centímetros — avisou o médico após verificar a minha dilatação.Estava cansada e já havia me arrependido de ter tomado a decisão de um parto natural, na casa do lago. Àquela altura, eu queria uma anestesia, mas era tarde demais.— É hora de fazer força, Dianne — falou Karen.Neguei com a cabeça. A dor agora era constante, ela não vinh
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