LAURAÀs vezes, sair de casa era inevitável. Precisava sair às ruas, buscar emprego, comprar comida e pagar as contas. Mas a cada passo que dava pela cidade, sentia-me observada. Eu tentava dizer para mim mesma que era coisa da minha cabeça e que já estava ficando louca, mas sentia e podia jurar isso.Ainda me perguntava quem era Enzo e como ele sabia tanto sobre mim. Ele chamar-me pelo meu verdadeiro nome e saber onde morava, além de deixar-me apavorada, provou que não estávamos tão escondidos em Boston como pensávamos. Eu temia por minha vida e muito mais pela do Caio. Tinha medo de que o monstro fizesse algo com ele para me atingir. O meu coração se acalmava somente quando ele voltava para casa pela manhã. Esperava-o acordada diariamente andando de um lado para o outro no apartamento, com o coração apertado de preocupação. O meu sono só vinha quando o via passar inteiro pela porta.Estava sentada no balcão de uma cafeteria, folheando o jornal do dia em busca de alguma vaga de empreg
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