Estamos nos encarando a pelo menos meia hora, quase sentindo as palavras reprimidas de cada um.Posso dizer que estou um pouco agitada, nervosa com a situação. Por outro lado, o olhando agora, cara a cara, vejo que meu sentimento se misturou, a pouco pensei em gritar, desabafar, talvez chorar, expor para ele tudo que me fez sofrer. Contudo, uma calma, serenidade tremenda se faz presente em meu peito, amadureci, eu acho.Nossos olhares não se desgrudam. Eu amava esse olhar, agora nem sei mais o que é sintir amor, a não ser, o que eu sinto pela minha filha, o que eu achava estar começando a sentir por Joaquim.-Eu te procurei.-Não quis que ninguém me encontrasse. Sussurro mantendo-me firme. -Fiz de tudo para que isso fosse bem sucedido.-E conseguiu.Fecha a cara arredio, exaltando a testa completamente enrrugada. Abre a porta, deixando um espaço enorme entre o vão da porta e seu corpo. Penso três vezes. Entro ecoando o batuque dos saltos ao seu chão amadeirado, brilhando, recém enceir
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