Assim que percebi a mensagem de Emily, o mundo ao meu redor pareceu congelar. Meu coração, antes acelerado, parecia agora preso em um aperto sufocante. Não conseguia pensar com clareza; uma fúria misturada com pânico me dominava. Bernardo havia ultrapassado todos os limites. Mesmo depois de nosso confronto, ele ousou ir atrás da minha filha. Peguei a chave do carro com mãos trêmulas e quando saí da sala, meu irmão, César, me bloqueou.— Que diabos está acontecendo? — Ele perguntou, sua voz firme, os olhos me analisando com preocupação.— Bernardo... — Senti a bile subir à garganta. — Ele está com a Emily... com a minha filha. Eu preciso sair agora! — Falei, quase gritando, o desespero rasgando minhas palavras.— Eu vou com você — César respondeu, já correndo atrás de mim até o carro.No caminho, o silêncio no carro era ensurdecedor. Minhas mãos apertavam o volante, os nós dos dedos brancos de tensão, enquanto o celular de César tocava sem parar. Ele tentava contato com Karen e Marla.
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