POV: AARONPensei que enfrentaria dificuldades ao lidar com a transformação da loba cega, mas para minha surpresa, seu lado lupino estava tão exausto e inclinado a ceder espaço para a essência humana que não hesitou na conexão. De maneira simples, conduzi a mente de Callie dentro de suas percepções limitadas, utilizando o tato como seu guia e sua memória como a chave para levá-la a recuperar sua forma física humana.Lágrimas se misturavam às gotas da chuva, que começaram a acariciar sua pele agora exposta. Fiquei maravilhado com tamanha beleza; jamais imaginaria que aquela loba cega, maltratada e magra, pudesse ser uma mulher tão deslumbrante.Embora ela precisasse ganhar um pouco de peso, fiquei encantado enquanto a observava, percorrendo suavemente seu corpo e admirando cada curva delicada e perfeitamente delineada. Seus quadris ligeiramente arredondados e sua cintura fina criavam uma silhueta elegante e atraente. Notei algumas cicatrizes marcadas em sua pele, o que me instigou aind

— Aaa lobinha, esqueceu que percorri a língua em seu corpo nua agora a pouco? — Sorri de lado avaliando suas reações tímida, completamente com a face vermelha — E gostei do que vi.Acanhada, ela ficou ruborizada mexendo nas pontas roxas de seus cabelos.— Rei Lycan, não deveria ter feito aquilo... Sua companheira e a alcateia não aprovariam! — Mordendo os lábios, Callie apertava as mãos nervosa. — Posso me virar sozinha com o banho.Passando por mim tateando em volta, segurei seu pulso levando suas aos meus lábios, beijando as pontas de seus dedos que acariciava sutilmente a minha boca.— Ainda não tenho uma companheira definitiva... — Rosnei mordiscando sua pele, seu cheiro era inebriante, meu lobo se eriçava aos seus menores movimentos. — Do que receia, loba?Engolindo em seco, ela estremeceu sutilmente, passando as mãos por seus cabelos de forma nervosa, suspirou dizendo:— Não quero me apegar a nada nesta vida, não desejo seguir assim. — Falou por fim me surpreendendo com suas pa

— Callie. — Rosnei, pegando o sabonete e a virando de costas rapidamente para mim, me dando uma bela e tortuosa visão de sua bunda redonda. — Se continuar a me tocar assim vou sucumbir aos meus impulsos.— Eu o estou o machucando? — Callie tentou se virar, mas a mantive no lugar.— Não, pelo contrário... — Cerrei os dentes quando seu quadril veio mais para trás encostando em meu íntimo e sua cabeça tombou encostando em meu ombro. — O que está fazendo?— A minha loba quer estar com você. — Comentou ela pura com a pele ruborizada. — Alfa, pode me dar o sabonete?— Eu vou lavá-la. — Empurrei seus cabelos para frente, passando o sabonete por suas costas, descendo para os quadris, onde seu corpo vibrou com o toque e meu lobo rugiu excitado.Segui o caminho contornando suas pernas massageando, subi até a bunda tentado em morder e deixar minha marca, apenas beijei o local ansiando sentir. Parei as suas costas puxando sua cabeça para trás encostando em meu peito, desci as mãos por seus ombros

POV: CALLIEA explosão de sensações em minha pele humana era prazerosa e gentil, seus toques se demoravam a cada parte pulsando nos lugares onde seus dedos pressionavam. Seu beijo, apesar de feroz e dominador, causava-me anseios. Toquei meus lábios inchados sentindo as sensações, suspirei e lágrimas vieram átona.— Eu te machuquei? — Perguntou ele com um timbre carregado que mesmo intenso, continha um tom de preocupação mesclado.— Seus toques são gentis... — Confessei em um misto confuso de sentimentos. — Por favor, rei Lycan... Este tipo de dor eu não suportaria...— Dor ao tocá-la? — Aaron parecia tão confuso com as minhas palavras quanto eu.Neguei com a cabeça tentando conter os soluços com receio de ser punida como era em nossa alcateia, quanto mais eu chorava e implorava, mais me machucavam.— De ter motivos para viver e depois tirarem isto de mim de novo! — Falei por entre as presas em um misto de fúria e tristeza.Virei o rosto sentindo o peso de seu corpo, suas mãos entrelaç

POV: AARONA loba estava ofegante confusa sobre suas reações, por mais que minha mente logica dizia para me afastar, meu lobo rugia insistindo em mantê-la por perto. A intensidade de suas emoções percorria por meu corpo como ondas de choques.Agarrei seu pescoço com leve pressões puxando para mais perto, farejei absorvendo seu doce aroma inebriante, mordi marcando suavemente sua pele pálida. O cheio de Callie mudou para receio e medo, sua expressão assustada me fez afastar:— Não a tomarei a força, lobinha, a farei implorar por mim! — Rosnei me afastando antes que não pudesse conter mais meus impulsos. — Descanse, retornaremos ao amanhecer.Falei indo para porta.— Você não irá descansar também? — Perguntou ela tímida. — Não irei incomoda-lo, meu rei... Posso dormir em outro ambiente lhe dando privacidade.— O que quero agora você não pode me dar... — Rosnei nervoso, um sorriso travesso brincou por meus lábios, tombei a cabeça em sua direção medindo-a de cima a baixo. — Ainda não.Sai

Tirei as mãos de seu corpo suado que tremia compulsivamente, soquei as laterais do corpo contra o colchão enfurecido, puxando Callie para os meus braços acalmando-a enquanto ela se debatia bruscamente.— Shiu, Lobinha, você está segura aqui comigo! — Simplesmente disse, com o meu lobo rugindo em acolhimento e necessidade de tomar todas as suas dores para nós.Aos poucos senti seu corpo se render ao abraço aliviando, seu cheiro retomando ao sereno e brando, a respiração equilibrada. Callie afundou mais o rosto contra o meu peito descarregando ondas de choques por todo o meu ser, rosnei por entre as presas sabendo exatamente o que faria assim que retornássemos a alcateia:— Eu vou esfolar aqueles lobos vivos!POV: CALLIEO Alfa tardava em retornar, enquanto meu corpo pagava o alto preço da transformação. Exausta, deitei-me na ponta para não incomodar o rei. Vaguei por minha mente, deleitando-me nos poucos prazeres que tive na vida, como os seus toques quentes e delicados, em pontos que

Assim o fiz, espirrando algumas vezes devido ao pó. Cheirei o entorno, tentando notar se ele havia se ferido, mas o lobo próximo parecia imbatível, sem nenhum arranhão.— Você está bem? — Perguntei, ainda confusa com o odor misto de ferrugem que nauseava meu estômago.— Você subestima demais minha força... — Rosnou impaciente Aaron, mudando seu aroma para humano.— Aqueles lobos... o cheiro... — Ponderei por um momento, receosa sobre o que falaria.— O que tem? — Vibrou o Alfa, se aproximando e me fazendo recuar sutilmente. — Se quisesse te ferir, já teria feito, não acha?— Perdão, meu rei... — Mordi os lábios, enrolando os fios em meus dedos.— É irritante o quanto se desculpa! — Agarrando-me com força, choquei contra seu corpo, presa em seu domínio. — O que tem o cheiro daqueles lobos?— Os senti na Alcateia Alvorada Selvagem... — Estremeci quando seu dedo subiu por minha espinha, amparando minha nuca.— Então consegue identificar pelo cheiro mesmo a distância quem estava naquela a

POV: AARON— Claro, meu rei... — Callie respondeu, ainda com medo.Era a primeira vez que havia perdido a razão da mente, agindo pelo impulso forte instintivo. Para nós, lobos, os desejos eram algo mais intenso, sentíamos o cheiro dos feromônios sendo atraídos de forma intensa!Precisava de extremo controle e força para ignorar a necessidade básica do corpo, mas algo nela parecia entorpecer minha mente, silenciando a lógica e a razão, aflorando as malícias, tornando mais excessivo e difícil de conter o anseio por tomá-la.Meu lobo estava tornando a tarefa mais árdua, rugindo em minha mente, inquieto, dominando predatório, pronto para reivindicá-la para si. Ao avaliá-la, como um Alfa supremo, Callie não era uma loba à altura para ser minha companheira. Seria uma fraqueza ter uma loba cega ao meu lado como Luna.Por que meu íntimo cogitava essa possibilidade? Rosnei irritado. Precisávamos retornar à alcateia. Estava enfurecido pelo ataque e por suas lembranças. Precisava extravasar e sa

Fomos direto para as celas onde os lobos machos foram separados das fêmeas, todos segundo as minhas ordens, deveriam ficar na forma humana sendo a mais fraca, os que desacatassem eram eliminados sem piedade. Fiquei em frente a cela com 3 lobisomens, mantinha números menores em grupos, a fim de evitar uma rebelião difícil de conter pelos guardas.— Todos se transformem! — Rugi alto em uma ordem incontestável aumentando a pressão contida de meu poder, se não o controlasse, poderia sufocar qualquer criatura apenas com a liberação da força. Tremendo, os prisioneiros se entreolharam confusos.— Meu rei, não evitamos isto? — Indagou o beta receoso às minhas costas, o encarei de solado o fazendo desviar o olhar mantendo-se em silêncio.Voltei a encarar os reféns que um por um foram transformando-se em suas formas lupinas, avaliei cela por cela até encontrar os três agressores da lembrança da Callie.— Vocês três, deem um passo à frente. — Ordenei, os lobos pareciam confusos e assustados. — A

Puxei o último lobo, que não tinha forças para gritar ou implorar, lágrimas inundavam seus pelos. Empalei-o diretamente, olhando para cada lobo sem vida com completo satisfação. O beta olhava assustado, seus olhos se fixaram na loba cega, franzindo o cenho. Ele se aproximou com cautela para falar:— Meu Alfa, perdoe-me pela forma direta... Tudo isso se trata da loba cega?Agarrando-o e socando-o contra as estacas, rugi intensamente em sua face, fazendo o sangue escorrer de seu nariz e olhos.— Trata-se de todos saberem que não são capazes contra o meu poder. Meus inimigos vão sucumbir, escolha bem o seu lado, beta! — Joguei-o com força contra os portões da cidade. — Callie!— Si... sim... meu rei... — Ela gaguejava, tremula.— Veja o que se faz com os inimigos! — Ordenei, olhando-a de cima. Confusa, ela voltou o focinho em minha direção.— Como? — Falou, surpresa.— Mude para forma humana e tateie os corpos sem vida daqueles que a tanto feriram! — Rosnei, impaciente, vendo sua relutân