Clara sentou-se, me encarando com um sorriso:- Então me beije até cansar, Pedro Moratti.Não pensei duas vezes: ajoelhei-me na frente dela e tomei novamente seus lábios, num beijo voraz, enlouquecido, como nunca provei antes. Era como se necessitasse da língua dela junto da minha para sobreviver, como se o ar que ela soltava pelo nariz de forma ofegante fosse a única maneira de meus pulmões não pararem de funcionar. Eu sentia aquela garota em cada centímetro do meu corpo, a cada gota do meu sangue, em cada batida do meu coração, de uma forma que me assustava terrivelmente.Quando a soltei, Clara começou a rir, pondo a mão na frente do rosto:- Eu... Não acredito que fizemos isto!Deitei-me no colchão inflável, com a cabeça no travesseiro que havia ali, certamente de Flora, e puxei Clara, fazendo-a deitar também. Nos viramos de frente um para o outro e ela perguntou:- Isto... Não faz mais parte do nosso namoro falso, não é mesmo?Toquei seus lábios dela com meu dedo indicador, pressi
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