Quando voltamos a prancha estava no mesmo lugar, jogada na areia. E pelo visto os desconhecidos da praia não notaram nossa ausência, assim como não notavam nossa presença.Eu já havia tocado numa prancha, na loja de surf Huxley, onde o dono era Patrick, meu ex amor, a pessoa com a qual eu achava que iria casar, ter meus filhos Laís e Lucas e viver “feliz para sempre”.Cá estava eu no mar, pela primeira vez com uma prancha de surf que usaria, junto de Pedro, o garoto esquisito e rabugento que conheci na minha festa de aniversário no Baccarath, meses antes, numa confusão de camarotes. E o mais louco de tudo: ele era a pessoa que eu amava. E com a qual queria viver o resto da minha vida.Aquele “menino” de 18 anos havia me feito esquecer Patrick Huxley, o homem pelo qual perdi longos anos achando que deveria fazê-lo notar-me e amar-me, implorando, mendigando um sentimento que jamais existiu dentro dele.E sim, Patrick Huxley tinha razão... Nossa diferença de idade era muita. Mas eu não e
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