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Todos os capítulos do FUGIR DO PAI DO MEU FILHO : Capítulo 11 - Capítulo 20
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Clara Isabel regressa a casa e conta à ama a decisão que a fábrica tomou a seu respeito. Felizmente, a rapariga disse-lhe que, desde que lhe pagasse para comprar as suas coisas pessoais, as acompanharia de bom grado para onde quer que fossem, pois não tinha ninguém no mundo de quem cuidar.No dia seguinte, as duas raparigas começaram a fazer as malas de manhã bem cedo e partiram para a estação de comboios, onde apanharão um comboio para Comayagua, onde dormirão e, no dia seguinte, apanharão outro comboio para Siguatepeque, que é onde a empresa central deve estar.- O que vais fazer se um dia conheceres o pai do teu bebé? -perguntou a ama, enquanto carregavam duas malas e se dirigiam para um hotel onde passariam a noite e partiriam de novo no dia seguinte.- Não vou fazer nada porque tenho cem por cento de certeza que nunca mais o vou ver. -respondeu a rapariga, com muita firmeza.- Onde é que vamos viver lá? - Vou procurar um apartamento o mais próximo possível da empresa, para não
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- Senhor! Senhor, estou a falar consigo!- Desculpe, o que estava a dizer?- É o dono da empresa? -pergunta a rapariga, para ter a certeza do que ouviu o segurança dizer, já que ela o tratou por "patrão".- Sim! Porque é que pergunta? Não se preocupe, não lhe vou cobrar nada por trazer o bebé.- Aah, então tu é que és o irresponsável por teres obrigado a minha amiga a fazer horas extraordinárias e por isso é que ela não veio hoje cedo para o apartamento! - exclama a rapariga com raiva, e não quer saber se o homem se irrita com ela por ser tão direta.-Do que é que estás a falar? Quem é a tua amiga? -perguntou o homem, franzindo o sobrolho.- A mãe do rapaz trabalha como empregada de limpeza na sua empresa, senhor. Há dois dias, deitou-se tarde porque disse que o patrão lhe deu ordens, através de outra pessoa, para fazer horas extraordinárias, mandando-a limpar um armazém, o que não faz parte das suas funções.- Porque é que o pai não toma conta da criança enquanto a mãe está a trabalh
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Clara Isabel está de rastos com esta má notícia, mas também está preocupada porque amanhã tem de ir trabalhar e terá de deixar o seu bebé no hospital. Agora tem de trabalhar mais do que nunca e, se possível, fazer outros trabalhos, desde que lhe paguem as horas extra, pois vai precisar de mais dinheiro para os medicamentos e também para pagar a estadia.E, apesar de odiar o marido, sente que não deve ser egoísta com a criança e deixar que o pai a ajude, fazendo o que puder para que ele fique bom depressa. Ela não se importa que o homem a odeie e a trate como merda outra vez, desde que veja o seu pequeno Toni, saudável e com muitos anos de vida.- Como está o meu pedacinho de céu? -perguntou a ama ao entrar no quarto.- Não são boas notícias, mas o pai dele prometeu-lhe que fará tudo o que for preciso para o salvar.- Então, se esse homem for o teu marido?- Sim, mas isso não interessa. O que eu quero é ver o meu filho feliz e, se possível, até vendo a minha alma ao diabo para o fazer
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Dentro do quarto, José Luís não sabe o que fazer para que ela não pense que ele o está a observar há algum tempo, mas ao mesmo tempo tem medo que ela largue o bebé e ele caia no chão. Ela aproxima-se deles e quando a criança sente a sua presença, abre os olhos e vira-se para a ver.O jovem José Luís ficou chocado ao ver aqueles olhos lindos, parecia que aquela criança era ele em criança, era idêntica a ele e no dia em que a sua mulher se atrevesse a negá-lo de novo, ele mostrar-lhe-ia uma das suas fotografias em que ele tem a mesma idade e ninguém se atreveria a dizer que eles não são pai e filho.O rapaz sorriu ao vê-lo e estendeu-lhe uma mãozinha, o pai pegou nela e quis encher de beijos aquela pele macia e deliciosamente perfumada. Baixou-se e levantou-o de cima das pernas da mãe, sem perder de vista o peito nu e apetitoso da mulher.Abanou a cabeça e depois voltou ao seu papel de pai, vendo que o líquido amarelo-esbranquiçado que saía do mamilo da mulher não parava, ajustou-lhe o
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José Luis enviou uma mensagem de texto ao seu amigo, dizendo-lhe que tomasse conta da empresa durante o dia, porque não podia ir, pois tinha assuntos muito importantes a tratar.- Tudo bem, irmão, posso ajudar-te em alguma coisa? -perguntou o jovem Alberto.- Não é nada que te deva preocupar. -Ele sabe que o amigo se preocupa muito com ele e é óbvio que lhe ia perguntar se tinha algum problema.- Vai-te lixar e não me lixes, depois põe-me à frente da merda da tua empresa. -respondeu o amigo, com relutância.- Não me insultes, seu sacana, sou mais velho do que tu, por isso respeita-me.- Ha, ha, ha, ha, ha, mais velho por três dias, não te esqueças, seu palerma.- Irmão... - O que é que tu queres?- Agora sou papá. -Confessou.- E eu sou mãe, ha ha ha ha ha, vai-te foder animal.- Vês, é por isso que não te quero dizer o motivo da minha ausência, porque não vais acreditar em mim.- Vamos deixar-nos de palhaçadas. Diz-me se há mais alguma coisa em
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- Será que este idiota é o pai do filho da minha amiga e brincou com os dois? -Ela não consegue acreditar que o homem que ama com toda a vida é capaz de se casar e deixar outra grávida.- Boa tarde! Só vim deixar este pormenor para o filho da minha amiga.- Claro que não sou eu que o vou impedir. -O rapaz falava de forma estranha, sem saber porque é que a sua rapariga tinha mudado tão subitamente.- O bebé é lindo, espero que se recupere depressa.Desculpem, mas tenho de me ir embora porque vejo que o meu amigo não está cá. -disse a rapariga, sentindo um nó na garganta e por isso querendo fugir o mais depressa possível, antes que as lágrimas lhe brotem nos olhos.- Yeni, podemos falar?- Não! - Por favor, vamos falar, as coisas não acabaram bem entre nós e eu gostaria de te explicar o que aconteceu e talvez decidas dar-me outra oportunidade.- Já te disse que não quero falar contigo, traíste-me com a tua secretária e não te vou perdoar por
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Na sexta-feira, após o exame médico, o médico disse aos pais que o bebé já pode ser levado para casa, porque, de acordo com os testes, tudo está a correr bem. Pediu-lhes também que o levassem para casa de dois em dois meses para um exame de rotina até a criança ter seis anos.- Bem, meu menino, está na altura de ir para casa com o papá. -disse o jovem José Luís e pegou no pequeno Toni ao colo. Mas ele chorava porque não gostava de estar com aquele homem barbudo, mas o que ele não sabe é que o seu papá se descuidou do seu físico porque esteve quase uma semana inteira a acompanhar a mãe nos seus cuidados.- Anda cá meu amor! Vamos para casa, para a mamã e para a tia Yeni. O bebé parou de chorar quando sentiu o calor da mãe e deitou-se no seu ombro.- O bebé vai para minha casa! -exclamou o pai, num tom de comando.- O bebé é meu, por isso vai comigo. - Não sejas idiota e não venhas agora fazer de pai abnegado, a criança só me reconhece como figura materna, por isso sou eu que decido ond
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- Estás doido! Nunca mais na minha vida serei tua mulher.- Não, não te vou levar para lá para vivermos juntos como um casal, só lá estarás porque és a mãe do meu filho, nada mais!- Não vou ficar num lugar onde não valho nada como mulher.- Então vou ficar aqui, e lembro-te que tenho de me alimentar, e o teu dever é preparar comida para o pai do teu filho.- Ash! És nojento. Agora sai do meu quarto porque preciso de me vestir.- Vai fazê-lo na casa de banho se não quiseres fazê-lo à minha frente, não saio daqui enquanto o miúdo não voltar a dormir.- Que raio! -exclamou a rapariga em voz baixa enquanto se levantava.- Estavas a dizer alguma coisa?- Sim, que és um grande cabrão. -repetiu a rapariga e em segundos tinha o homem agressivo à sua frente.- Não... me... chames... assim... outra vez... ouviste? disse o homem mau, enquanto a agarrava pelo pescoço e a apertava com muita força, soltou-a até ver que a cara da rapariga estava a mudar de cor, já não era rosa como quando se levant
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Tal como José Luís disse à menina, recolheu todas as coisas do seu bebé e levou-o para casa, deixando a Clara Isabel apenas a sua morada escrita num papel para que ela pudesse encontrar o seu próprio meio de transporte para chegar ao local que seria o seu calvário durante muito tempo.A ama, que já está instalada, ficou muito preocupada quando viu que aquele homem, que foi rude e impiedoso com a sua amiga, chegou à enorme casa, mas Clara Isabel não estava com eles.- Onde é que está a mãe da criança? -perguntou a rapariga, com grande preocupação.- Vou pedir-te que tomes conta do meu filho e que não me perguntes nada nem ninguém. - Estão a perceber?- Sim, senhor! Diz a rapariga, sabendo que as suas suspeitas são válidas, que este casamento está agora a ter sérios problemas.Por vezes começa a pensar que foi um erro grave ter vindo procurar Clara Isabel na empresa onde trabalha, mas também considera que Deus a mandou ali naquele momento para que este homem se encarregasse das despesas
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20
Clara Isabel continua a trabalhar como empregada de limpeza na mesma empresa em que o marido é o proprietário. Todos os dias tem de apanhar um táxi para lá chegar, porque José Luís lhe disse que nem sequer atende o pessoal de limpeza no seu carro.Dentro da empresa, não se vêem durante todo o dia de trabalho, ele no seu escritório e ela nas suas tarefas de limpeza por todo o andar, exceto no escritório dele.Clara Isabel é muito bonita, com a sua baixa estatura, cabelos pretos, olhos cor de mel e um belo sorriso, o que foi suficiente para que um rapaz que trabalha no primeiro andar da empresa ficasse de olho nela.O rapaz, que também é muito bonito, já a pediu em casamento nos poucos dias que trabalham na mesma empresa, mas a rapariga sabe que se aceitar uma oportunidade com este rapaz, José Luís pode ficar furioso e não a deixará em paz quando souber.- És muito bonita e eu gosto de ti. -disse-lhe o rapaz numa ocasião.- Obrigada, és muito amável! -respondeu a rapariga, sem saber que
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