PENÉLOPE VERONESIA brisa da primavera acariciava meu rosto, trazendo consigo o aroma sutil das flores de cerejeira que preenchiam o ar ao nosso redor. As árvores ao longo das ruas estavam em plena floração, criando um cenário quase surreal, como se cada pétala caindo ao chão fosse uma pequena promessa de renovação, uma chance de recomeçar. O Japão, com sua quietude e beleza, parecia o lugar perfeito para se perder, para esquecer o passado, ou pelo menos, para aprender a viver com ele.Marcus e eu estávamos sentados em uma mesa de madeira em uma praça pública. O lugar era simples, mas havia algo de encantador na forma como o sol de fim de tarde lançava um brilho dourado sobre tudo. Em nossas mãos, bolos tradicionais japoneses, pequenos e delicados, cada mordida um lembrete de que a vida ainda podia ser doce, apesar de tudo.— É difícil acreditar que já se passou tanto tempo, não é? — Marcus comentou, quebrando o silêncio confortável que compartilhávamos.Eu assenti, observando as péta
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