— Vicent — Ellie disse ao vê-lo se aproximar, o mesmo passou por ela entrando no carro. Ellie entrou também estranhando a atitude do amigo. — Vicent, o que aconteceu?— Ela sabe sobre ontem. Sobre o que aconteceu ontem - Ellie arregalou os olhos. — Deixei claro que nunca ficamos, mas eu acho que isso não entrou na cabeça dela.— Droga! - Ellie passou a mão no rosto. — Vicent, ela vai me matar. Eu...— Calma! Ela não está totalmente sóbria e tem apenas suposições - Reclamou. Ele começou a ligar o carro e Ellie o olhou, incrédula. — A Sadie tem várias coisas na cabeça. Tá vendo? Eu não queria envolve-la de novo em nada, nada que me diz respeito. Eu não quero magoá-la, ela é especial, sempre foi uma garota certa. Eu decidi sair de sua vida porque não era a pessoa que ela merecia, e agora, basta eu voltar a falar duas ou três palavras e a gente acaba transando de novo e estamos aqui, em frente a casa dela sabendo que ela deve está chorando. - Ellie não disse nada — Ela também devia ter me

As primeiras lágrimas começaram a cair.Não podia acreditar que estava realmente debaixo do mesmo teto que o homem que a fez sofrer tanto durante cinco anos. Ela ofegou quase perdendo a consciência completamente. Dois minutos atrás estava sorrindo e feliz ao lado de dois homens maravilhoso, e agora, chorava com medo de outro que estava perto, perto do seu corpo. Ele não podia mais a tocar.— Ellie - A voz de Vicent foi ouvida. Ellie levantou a cabeça em direção à porta. Rylian e Vicent estavam na sala, junto a Taylor que não falou mais nada. — Não se preocupe.Rylian encarava o homem a sua frente com todo desprezo possível. Sim, seus lábios estavam sangrando porque o soco que recebeu ao abrir a porta foi forte. Vicent estava ao seu lado, ambos de frente para Taylor que não passou da porta.— O que você quer aqui? - Rylian perguntou, terminando de limpar sua boca.— Eu vim pegar minha mulher. - Colocou as mãos na cintura como se fosse obvio a sua presença — Mas alguma coisa me interess

Como Rylian havia dito, ir se encontrar com os pais não era uma tarefa fácil, nem mesmo para os filhos perfeitos voltarem a sua origem e sentar numa mesa ao redor de sua família era complicado, imagina para uma garota que fugiu com um homem que não era confiável, brigou com os pais e todos os seus amigos para seguir um homem para longe, deixou todos de lado quando na verdade queriam apenas seu bem. Encarar essa parte da sua vida seria difícil, mas o que tinha que fazer.Saiu do quarto trajando um dos poucos vestidos que conseguiu trazer na sua mala, longo de alças grosas que se prendiam nos ombros pequenos lhe dando uma liberdade de mostrar um pouco de sua pele, nada chamativo para os seios medianos. Prendeu o cabelo num rabo de cavalo assim como sua mãe fazia antes de partir.Na sala, Rylian e Vicent estavam a sua espera e levantaram assim que ela apareceu. Embora tenha dito que não queria muita gente lhe dando apoio, teve que se calar quando Rylian simplesmente riu de sua expressão

— O Taylor também veio para a cidade, e atrás da Ellie.— O que? - Os dois olharam para a filha.— Noite passada, nós tivemos a visita de esse ser humano horrível que acabou brigando comigo e o Rylian quando tentamos defender a Ellie. E ele disse que estava de volta e que queria o que era dele, a mulher dele, palavras daquele idiota enquanto gritava para todo mundo do meu prédio ouvir. - Contou fazendo os dois se assustarem ainda mais — Eu quero dizer que ela viria até vocês a qualquer momento, estava apenas esperando o coração ter certeza de que vocês a aceitariam de volta, mas ter a visita daquele homem no lugar onde ela achou refugio, não ajudou muito.— Nós precisamos ir à delegacia ainda hoje. Colocar um ponto final nisso. Esse homem está ameaçando a minha filha - Bradou o pai ainda sentindo o coração machucar, o ar faltar, jurava que teria um infarto a qualquer momento.— Isso mesmo. Mas antes de qualquer coisa, precisamos manter a Ellie segura. Acho que talvez se ela ficasse um

Não era mentira quando falou sobre ter os dois consigo numa cama, foi bom ter a atenção de dois homens bonitos. Sentir seus toques e do tanto de prazer que podiam lhe proporcionar, mas apesar de está errada, sabia que estava se metendo no meio de uma paixão mais séria. Sadie e Vicent já foram namorados, chegaram a noivar por anos e no final, ele a deixou.E ainda que tenha ficado para trás, Sadie esperou, esperou e esperou mais para tê-lo de volta, era muito egoísmo sei tomar o amor da vida de sua melhor amiga apenas para saciar seu prazer, seu desejo oculto dentro do peito.Depois de anos morando com Taylor, sendo maltratada, usava para um sex0 onde apenas ele sentia prazer, e ela apenas dor, era difícil não procurar por carinho e amparo de um homem na cama, aí as coisas poiaram quando dobrou.Dois homens.Duas sensações.Quatro mãos.Quatro braços.Dois toques diferentes, mas que a deixavam quente, sentir poderosa e desejada. Será que alguém entenderia a seu egoísmo por querer tudo

Como prometido, Sadie levou sua amiga para o prédio que conhecia muito bem, desde o porteiro até o centro do apartamento a qual visitou por anos. Parou em frente a aquele lugar dando uma breve olhada ao redor não querendo encontrar por Taylor ou qualquer ameaça que fizesse com que Ellie surtasse de vez. Uma coisa seria estranha não a ajudar no momento, nunca foi uma pessoa ruim e era por esses momentos que ainda não entendia porque o universo levou sua melhor amiga, depois seu noivo, depois o amor de seu pai e mais outras coisas que ninguém precisava saber. Segredos dentro de si que nem mesmo sua psicóloga com todo talento não conseguiu fazê-la contar. Certas coisas precisam ser guardadas conosco.Estacionou na garagem ao lado de Ellie que também reparava em cada canto. O medo ainda a cobria e não sabia dizer se estava mesmo disposta a sair na rua outra vez. Suspirou para se acalmar mantendo sua cabeça no lugar, não iria adiantar começar a surtar no momento.— Como você se sente? - Sa

— Hm… - A mãe pensou um pouco depois de ouvir toda a brilhante ideia de sua filha. Todo mundo precisa seguir a vida de alguma forma, e tentar manter as coisas no lugar, mas ao mesmo tempo, recomeçar a vida mesmo ainda tendo aquele tipo de homem ao seu redor, não era uma coisa boa, certo? — Você tem certeza que está segura?— Sadie contou que uma das atendentes do café está grávida, faltam poucos meses para ela sair do trabalho, e estão precisando de alguém para ficar em seu lugar. Não vou ganhar muito, mas pode ser alguma ajuda. Estou morando na casa do Vicent e nunca ajudei em nada, não quero mais ser a garota que é mantida viva pelos outros. - Contou animada. Durante aquela semana, tinha visitado Sadie todos os dias e conversado bastante sobre como as coisas iriam ficar, e uma delas foi a grande chance de emprego.Não era uma das pessoas mais qualificadas, mas ao menos sabia andar em cima de um salto, sorrir e anotar pedidos. Não seria garçonete para sempre, mas precisava de um come

Antes de o sol nascer naquela manhã de segunda, Ellie já estava de pé, acordou ansiosa para o que seria seu primeiro dia de trabalho. Não sabia o que poderia esperar, mas desejava que fosse um dia próspero, que as pessoas gostassem do seu atendimento e o que o novo patrão a respeitasse como tal. Bom, se a tratassem como gente já devia ser alguma coisa. Seu primeiro emprego foi na agência de modelo longe da sua cidade, as pessoas passaram a gostar dela e a convidar para qualquer tipo de trabalho, mas quando se é convidada e muito solicitada por ser bonita e gentil, suas colegas de trabalho que deviam a deixar cheia de orgulho de si mesmas, acabaram desejando ter aquela mesma atenção. Brigas e algumas mentiras foram espalhadas por todo lugar, e a reputação de Taylor todas as vezes que ia a um dos locais que trabalhava não ajudava. Sempre arrumava confusão com todos, até com os clientes homens que estavam presentes. Aos poucos, aquele sonho foi se acabando, se perdendo por entre os dedos

Ellie respirou mais fundo buscando forças para sorrir e então virou para os outros — A Sadie está bem. Ela está na casa de uma amiga e o celular acabou descarregando - Contou mantendo um sorriso no rosto. Vicent revirou os olhos se jogando no sofá — Estamos nos preocupando por nada.— Por nada? Ela some o dia todo não apareceu no trabalho, nem na faculdade. Mas é claro que iriamos nos preocupar. Acabamos de voltar. Posso me preocupar com minha namorada.— Claro que pode. Mas vamos pra casa? Eu passei o dia em pé andando de um lado para outro, eu quero dormir. - Pediu quase num suspiro imediato.— Vamos. Tudo bem. Se ela disse que estava bem. Não vamos nos preocupar com isso agora. - Vicent foi o primeiro a levantar, desceram juntos outra vez e seguiram para o carro. O silêncio foi mantido durante todo o trajeto, mesmo Rylian e Vicent conversando sobre as ruas estarem cheia para o filme novo que estreou naquela semana. Comentavam sobre o fato o tempo todo.No entanto, a única pessoa qu

O galpão no final da estrada de barro parecia silencioso quando Ellie desceu do carro batendo a porta logo em seguida. Olhou ao redor procurando qualquer movimento de pessoas ou do próprio Taylor. Não ia negar que estava com medo e que agora entendia o motivo dos garotos quererem se proteger. Talvez se não soubesse que a polícia chegaria a algum momento, não tivesse a coragem de realmente ir até Taylor e o olhar de novo, ouvir sua voz ou estar em sua presença. Como isso desencadeia tantos momentos ruins, momentos em que ela achou que morreria sozinha em um chão frio e úmido. Respirou fundo colocando as mãos dentro do casaco e andou em direção à entrada daquele galpão. Suas pernas estavam mais trêmulas do que nunca, o coração acelerado como se fosse morrer a qualquer momento, e quem sabe isso podia mesmo acontecer. Taylor era um homem perigoso por diversão, imaginava sentindo raiva? Ele seria capaz de tudo, até mesmo um assassinato.Parou na entrada quando escutou um gemido baixo, conh