Todas aquelas pessoas tinham desaparecido, só estávamos eu e Deusa da Lua frente a frente. Encarando-a com sua pele cor normal, sem ser dourada, fiquei com menos medo, na verdade não me sentia assustada, só confusa. Ela bem que podia ter aparecido para mim desse jeito antes, evitaria muito dos meus surtos na aldeia.– Do que você está falando? Não me considero uma prostituta nem nada disso. O que é isso tudo? Essas visões?– Você sempre se prendeu ao seu mundinho, acreditando e aceitando tudo o que as pessoas falavam de você, se as palavras deles lhe afetam é porque você crê nelas. Nunca se importou em olhar ao redor daqueles que não lhe diziam nada, que apenas mantinham distância enquanto a encaravam, você simplesmente julgou uma tribo inteira pelas atitudes de poucos, os odiando. Escravas sofrendo esperando alguém para salvá-las, esperando por você. Você só agia quando aquilo lhe afetava. Egoísta, Karolina, você é egoísta.– Eu não sou egoísta, era uma escrava. Não podia fazer nada.
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