LauraO dia mal havia amanhecido e eu já me encontrava totalmente desperta, sem conseguir pregar meus olhos direito desde que me reencontrei com Fábio, há dois dias atrás. Na tela do meu celular, os números zero, três, vinte e cinco brilhavam, informando para mim que ainda demoraria muito para que uma alma viva pudesse ser ouvida naquela casa gigante. E isso era tão frustrante que chegava a me sufocar.Eu queria conversar com alguém sobre todos os sentimentos que estavam entalados em minha garganta, tudo que não poderia deixar sair na presença de Lopes, de Valentim, de Isabel e de Emily. Era tanta coisa, tantos fantasmas que haviam voltado para me assombrar depois de tanto tempo; como se quisessem tirar o que havia sobrado da minha paz, da minha sanidade mental após perder minha mãe, a única que sabia lidar com minhas crises noturnas e as lágrimas que escorriam por meus olhos na calada da noite, sem que ninguém visse.Suspirei, cansada de ficar ali, escora
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