Tessália saiu do carro,me deixando pra trás, depois de ter dito que gostava dela, depois de ter me feito desejar ter uma familia, era pura ambição de um moleque de favela, sem pai, criado no crime, capaz de tudo pra sobreviver, chega no auge querendo uma menina bacana, patricinha, a vida toda arrumada, fina desde o jeito de falar, agir e pensar.Eu não tinha nada a oferecer a ela, ainda assim queria que ficasse, seria egoísmo meu, dá ibope pra a porcetagem dos meus pensamentos,de forçar que ficasse, pedir qualquer coisa que fosse atrapalhar o futuro dela. Eu jamais poderia dá algo bom.No morro a vida não é fácil, nem dava pra imaginar a Preta subindo e descendo o morro, a barriga encostada no fogão, ou no tanque, eu vi quando ela entrou no condomínio, nunca doeu tanto deixar alguém ir, ela me doía pra porra, mas deixei, era preciso deixar ela ir, ninguém é feliz onde é obrigado ficar.Voltei pra o morro, mas não voltei bom, odiava a minha vida naquele lugar,não que ela fosse ruim, mas e
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