Querido Shakespeare, com licença. O capítulo anterior não passou de um sonho de uma noite de verão. A verdade é que, naquela tarde, nós encerramos após nos satisfazer com nossas bocas. Simplesmente.Bem, eu avisei que sonhava excessivamente, motivo pelo qual até fui levada a um especialista quando criança.Meu sorvete preferido gostou da sensação gélida em seu corpo, mas nós decidimos parar por ali. Eu ainda não estava pronta!Adorava o modo como Kevin me fazia levitar sem sair do lugar usando apenas a língua, e embora quisesse ir além, não podia fazê-lo ali, na casa de meus chefes. A consciência pesaria como se eu estivesse carregando uma caixa d’água na cabeça, a água que apagaria nosso fogo. Ele, cavalheiro que era, respeitava minha decisão sem lutar contra ela, dizendo apenas “no seu tempo, Martinha!”, com uma voz que me fazia querer que esse tempo fosse agora.Minha mãe sonhava que eu me casasse virgem, como ela própria se casara, diferente de minha irmã, mas eu não sabia sequer
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