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Todos os capítulos do Segredos De Família: Capítulo 151 - Capítulo 160
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Verdades Cruéis - Parte III
Senti os dedos macios de mamãe tocando minha cabeça e então entendi uma coisa que me recusei a entender por muitos anos. Ela era minha mãe. Marisa Legard era a minha mãe de verdade e eu nunca aceitei isso bem, mas ela era. Ergui o olhar e não tive vergonha de que ela me visse chorando. Não fiz menção de limpar as lágrimas, eu só me levantei e a abracei, chorando ainda mais por saber que fui cruel muitas e muitas vezes. Culpá-la por me comprar, eu não faria jamais. Quem tinha um compromisso comigo era Coral, ela foi quem fodeu e me gerou, ela quem deu a luz a uma garotinha e então decidiu que seria uma boa ideia fazer negócio usando um bebê. Vagabunda. Suja. Nojenta. A vadia estava viva quando eu me permiti remoer por anos uma suposta morte. Sofri por meses e meses achando que era injusto eu ter perdido minha mãe tão cedo e agora, a verdade é que ela estava viva tendo uma vida boa e longe de mim. Longe do seu "fruto de uma traição". — Quanto você pagou? — sussurrei a per
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Verdades Cruéis - Parte IV
"Ela acordou." Foi o que eu ouvi ao longe como se uma voz distante anunciasse o fato.Forcei meus olhos a se abrirem, tendo dificuldade em separar as pálpebras. O quarto escuro com paredes pintadas em tons de marrom e cinza ajudaram a deixar minha visão menos turva.Girei a cabeça para o lado e mais uma vez quem estava comigo era Scott, e Jason se aproximou com passos incertos até me alcançar na cama macia.— Chloe, está me ouvindo?Encarei Scott que tinha o olhar preocupado sobre mim mas não me dei ao trabalho de responder.Sim, eu o ouvia sim, com total clareza, só que a minha mente ainda estava em colapso e também havia vozes. Vozes de Coral, vozes de papai, de Marisa, de Joe e até mesmo vozes de Madson.— Responda, princesa das trevas — Jason insistiu e meu coração aqueceu ao ouvir o apelido bobo.— M-mamãe — balbuciei procurando por ela no cômodo.Como em um passe de mágica, a mulher se fez presente ao lado dos dois, e estava tão preocupada quanto seu filho mais velho.— Estou
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CAPÍTULO 54 - Sacrifícios Necessários
A água quente caía por meu corpo, da cabeça até os pés, lavando terra, pequenas folhas e sangue. Sangue meu, sangue de Joe, sangue sujo que era prova de um crime que havia cometido há pouco tempo.Scott continuou esfregando minhas costas com a esponja macia, enquanto eu passava o sabonete pelo pescoço, deixando que a espuma tirasse todo o cheiro ruim e o vermelho carmim que grudou em minha pele.Ia me sentindo limpa, leve talvez, mas aliviada por saber que Joe Foster já não respirava mais, isso com certeza.— Não podemos deixar que punam o Buck. Ele é só um garoto confuso. Já está passando por muita coisa ruim, nós não podemos permitir que as coisas só piorem.O homem levou a esponja até o jato de água que caía e a lavou, tirando a sujeira que ficou nela.Seu suspiro foi um tanto alarmante. Não era possível que ia se dar por vencido.Buck era só um jovem agindo para tentar salvar sua vida e sua futura família. Ele errou, claro que sim, mas não podia receber uma punição pesada.Ele se
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Sacrifícios Necessários - Parte II
Bati na porta três vezes e imitando os meus irmãos que nunca esperavam eu permitir a entrada deles, invadi o imenso escritório onde Kiara se enfiava.Quando escancarei a porta e avaliei o espaço, encontrei Buck sem camisa caído de joelhos no chão, com suas mãos e pés amarrados por correntes de aço, e até mesmo seu pescoço tinha os elos pesados os envolvendo.Sem pensar duas vezes, apressei meus passos para me jogar contra ele, mas a figura de Kiara surgiu do lado oposto e sua feição foi divisora de águas.Eu não devia me aproximar dele, de jeito nenhum.Parei no meio do escritório gigantesco, que tinha o teto há uns seis metros de nós, e a decoração toda em vermelho, preto e dourado. Kiara levou os olhos até o neto que resmungou alguma coisa e eu acompanhei seu gesto, voltando a encarar meu irmão.Buck fez a pior cara de choro que poderia, causando uma dor no meu coração que há pouco tinha sido acalmado por Scott. Não adiantava. Se tudo não ficasse em ordem eu nunca encontraria paz
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Sacrifícios Necessários - Parte III
— Chloe, não! Eu quero a liberdade para quem quer ser livre! Não vai se entregar quando o que você sempre quis foi viver uma vida normal, como eu. Eu não permito que faça isso! — bramou se movendo com intensidade, fazendo as correntes chacoalhar e ecoar os sons por todo o cômodo.Nossa líder continuou com seus olhos atentos me avaliando com cautela. Buscava verdade em minhas palavras. Queria saber se eu estava mesmo disposta a isso.Poderia argumentar e questionar o que eu tinha a perder, e a verdade seria que, eu não tinha absolutamente nada a perder. Não mesmo.Kiara tinha razão ao dizer que eu era poderosa, me sentia assim e queria nunca mais parar de sentir isso. Minha vida nunca, jamais seria normal, e eu aceitei essa merda. Aceitei no momento em que tirei de uma vez por todas a vida de Joe Foster.Aceitei quando soube que Coral estava viva e tinha feito a mesma coisa que Joe, me visto como um simples objeto.— Meu preço para ser uma aprendiz sua e me entregar por inteira à Fa
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CAPÍTULO 55 - Basta Aceitar
Chutei mais uma pedrinha enquanto encarava a floresta extensa à minha frente. A noite estava caindo e por mais que eu quisesse não pensar, ainda me lembrava de muita coisa das últimas noites.Joe foi cruel comigo. Muito cruel ao dizer o que disse e ao fazer o que fez.Podia me sentir vingada, mas a marca da dor sempre estaria em mim. Não tinha como tirar algo tão sujo. Eu me lembraria até os últimos dias da minha vida.E foi o conselho que recebi de Kiara, que eu guardasse esse sentimento em alguma caixinha no fundo da minha mente, porque era ele que me faria ser mais forte. Ele é quem me faria perceber que venci, que apesar de todo o mal que aquele desgraçado me fez, eu ainda estava firme e de pé.Ri pensando que por um momento ou dois eu realmente pensei em tirar minha própria vida, mas o que Joe teria me causado se eu fizesse isso? Ele teria alcançado seus objetivos, não?Porque aquele moço com carinha de puritano, na verdade se infiltrou em mim e em minhas veias para instalar
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Basta Aceitar - Parte II
— Chega, os dois! Parem com essa merda agora!Abri os braços com o intuito de separá-los antes que um alcançasse o outro.Que raiva de Corey! Porra. Que raiva. — Você deve estar bem maluco, não? Quer mesmo seguir esse caminho e insistir na Chloe quando a sua noiva está lá dentro, Corey? Você é idiota ou o quê?Scott parou de tentar avançar, balançando a cabeça como se não entendesse qual era o maldito problema de Corey.É, nem eu entendia muito bem.— Sua preocupação é com a Lily? Por que então não vai lá e se casa você com ela? — Tentou limpar o sangue, mas ele ainda continuou saindo.— Porque não fui eu quem a pediu em casamento e que jurou amor como um otário apaixonado. A mulher que eu amo está bem aqui na minha frente, e foi a ela que eu jurei amor. Não sou podre como você que não consegue nem ser fiel às próprias palavras.Corey deixou os ombros caírem ao ouvir a afirmação em voz alta.Como se percebesse a merda que havia acabado de fazer, me olhou com pesar e ficou em silêncio
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Basta Aceitar - Parte III
— Eu não sou possessivo, não vejo a Chloe como algo que me pertence, ela sabe bem quais atitudes tomar e o que é certo a se fazer do ponto de vista dela, mas eu te aviso, Corey, se voltar a se aproximar dela dessa forma e ignorar todo o restante, vou quebrar a sua cara com gosto! Não quero você perto dela agindo assim, e se insistir, não vai querer que eu cruze o seu caminho mais uma vez.Scott me defendendo? Scott marcando território? É, esse lado do Lobinho eu ainda não tinha visto.Não que tenha adorado, mas foi um tanto empolgante. Claro que na situação atual, tendo que dizer isso tudo para o seu irmão, não foi a melhor cena do mundo.Ouvimos passos se aproximando e quando olhei para o lado vi Lily e Marisa com feições de confusão. A loira não esperou muito para correr até seu noivo quando viu o sangue saindo de seu nariz e pingando na camiseta.— Meu Deus! O que aconteceu, amor? — Segurou o rosto de Corey com as duas mãos nas olhou para nós buscando entender a situação.Marisa
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CAPÍTULO 56 - Meu E Só Meu
→ Alguns anos antes. — Isso aqui está uma verdadeira merda — resmunguei, puxando o drink pelo canudo grosso a fim de me embebedar mais para ver se alguma animação surgia.Mia riu ao meu lado, jogando a cabeça para trás como se eu tivesse falado a coisa mais engraçada do mundo.Já estava bêbada. Completamente bêbada.Não aguentava tomar duas garrafas de cerveja que já perdia as estribeiras, imagine então beber copos de drinks que não sabíamos o que tinha dentro. A quantidade de álcool em cada copinho descartável devia ser equivalente a quatro garrafas de cerveja, e Mia já tinha bebido uns três copos cheios.Passei os olhos pelo ambiente não achando graça alguma na balada. Estávamos ali apenas porque era aniversário de uma amiga insuportável de Mia e ela não queria ir sozinha, então me obrigou a acompanhá-la.Acontece que além de eu saber que não era bem vinda, não gostava da garota, e não estava nem um pouco no clima para dançar, beber e sair em busca de alguém.Scott Legard dominav
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Meu E Só Meu - Parte II
— Eu não quero mais nada, Scarlett. É sério. Não tem nada de errado com você, só não quero mais fazer isso.Hum. Recusando ela? Bom. Muito bom.— É porque eu disse que queria ser a única, não é? Isso foi da boca para fora, não precisa me assumir de verdade, só me fode, pode ser? Quer transar aqui, ou no meu quarto, ou na piscina? Você decide. Por mim tanto faz.Achei ridículo ela se humilhar, mas o que eu poderia dizer? Também me humilhei. E era compreensivo, estávamos falando de Scott e de como era delicioso foder com ele. É claro que eu entendia a mulher.O silêncio permaneceu por um tempo, não escutei nada, não ouvi nenhuma palavra de recusa saindo da boca dele mas também não escutei sons de um beijo ou coisa assim.Então sendo uma bela cara de pau, tentei juntar coragem para sair de trás da parede e invadir de vez o outro cômodo. Não ia brigar por ele, mas entregar Scott de bandeja para a mulher, isso eu também não queria fazer.Podia ser só sexo para ele, claro que podia, mas
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