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Todos os capítulos do PRA VOLTAR: Capítulo 21 - Capítulo 30
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CAPÍTULO 6.1
Segunda-feira, 26 de agosto de 2013 O toque do meu celular me desperta. Inicialmente eu pensei que fosse o alarme, mas logo eu vi que era uma chamada. Eu o alcanço na mesinha de cabeceira e atendo imediatamente. O tom da voz do outro lado da linha faz arrepiar todos os cabelos da minha nuca.─ Bia? O que houve?─ Calma, Sam. Agora está tudo bem. Mas eu preciso que você volte pra casa. – Eu pulo literalmente da cama e Jake, ao perceber minha voz alarmada faz o mesmo e a interrogação no seu rosto me incentivou a colocar no viva-voz – Mamãe se sentiu mal ontem à noite e teve que ser hospitalizada – À medida que ela fala, as lágrimas rolam pelo meu rosto e Jake está assustado olhando pra mim.─ Como ela está? Pelo amor de Deus, Bia, me diz que ela está bem.─ Ela está estável. – Ela se apressa em dizer, mas eu percebo uma “mas” vindo por aí – Mas ainda está muito nervosa e eu acredito que só você pode fazê-la se acalmar. Eles foram almoçar na casa dos pais de William ontem e ele
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CAPÍTULO 6.2
Jake sai do quarto e eu acredito que ele esteja no escritório cuidando dos detalhes da minha viagem. Quando a minha mala está pronta eu desço e vejo Kate na cozinha com Jake. Ela se levanta quando me vê e abre os braços para me envolver em um abraço – Eu sinto muito pela sua mãe. Mas ela vai ficar bem.─ Obrigada. Agora eu quero que você cuide do seu irmão na minha ausência – eu sussurro apenas para que ela me ouça.─ Pode deixar. Mas, por favor, volte logo – quando nos afastamos eu vejo que seus olhos estão cheios de lágrimas e os meus também – Bem, eu vou indo porque alguém nessa família tem que trabalhar – ela brinca.─ Jake, você não vai?─ Tá brincando? Eu vou ficar com você até o último minuto. Eu nem sei quando eu vou poder vê-la novamente.─ Bem, então adeus Sam, boa viagem. À noite eu passo aqui pra ver você, Jake.Quando Kate vai embora Jake sinaliza para que eu me sente ao seu lado na bancada de mármore da cozinha – Vamos comer?─ Vamos.Bertha serviu o nosso café e nós com
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CAPÍTULO 6.3
Quando acordo eu vou até o banheiro e lavo meu rosto, em seguida volto para parte principal do avião e a comissária de bordo, muito gentil, me serve o jantar. Eu como e tento me distrair com um livro. Quando finalmente chegamos ao Aeroporto Internacional do Recife já era quase meia-noite. Eu ligo para minha irmã avisando que já havia desembarcado. Como o aeroporto fica relativamente perto da minha casa e pelo adiantado das horas não há muito movimento nas ruas. Assim, cerca de dez minutos após a minha chamada ela chega.Ela me abraça e nós choramos juntas. – Como ela está – Eu pergunto depois de alguns minutos de pranto.─ Ela está melhor. Principalmente depois que eu disse que você estaria de volta. É incrível como ela melhorou depois disso. Eu sinto muito por isso, mas eu achei que você deveria saber. Eles vão tentar convencê-la a não voltar. Mamãe não pode nem cogitar a possibilidade do seu retorno à Nova York.Ela me ajuda a colocar as malas no porta-malas. Em seguida nos acomodam
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CAPÍTULO 6.4
Eu acordo por volta das sete e meia da manhã. Ainda estou muito cansada, pois dormi pouco, mas a vontade de ver os meus pais é maior. Tomo um banho, visto uma calça Jeans escura e uma camiseta branca. Amarro meus cabelos em um rabo de cavalo e vou para a cozinha preparar o café da manhã. Depois de tanto tempo longe da minha terrinha eu não consigo pensar em um café da manhã melhor do que um cuscuz. Bia ainda não apareceu, eu me pergunto se é efeito da cerveja. Rapidamente eu preparo a massa e enquanto ela cozinhava eu procurei na geladeira alguns ingredientes para misturar com os ovos. Eu pico presunto de peru, queijo mozzarella, cebola, tomate, coentro, pimentão e separo. Em seguida eu refolgo a cebola no azeite, depois vou acrescentando um a um dos outros ingredientes. Por último eu acrescento os ovos e mexo.─ Hummm fazia tempo que eu não comia um cuscuz – Bia diz quando entra na cozinha – O cheiro é tentador.─ Você aprende a valorizar as coisas simples quando você é privado delas
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CAPÍTULO 6.5
Depois de alguns minutos eu vou para o meu quarto, pego meu computador que ainda está dentro da minha mala e o coloco em cima da minha escrivaninha. Eu me sento e envio um e-mail para Nicole, solicitando que ela me atualize e encaminhe os documentos que chegaram ontem e hoje pela manhã para que eu os analise. Eu envio também uma mensagem para Jake dizendo que eu estou disponível para falar com ele no Skype se ele puder. Ele responde imediatamente me pedindo mais dez minutos para concluir uma reunião e então também estará livre para falar comigo. Eu espero esse tempo angustiada, tentando encontrar uma maneira menos difícil de dizer a ele o que precisa ser dito. Eu não quero magoá-lo. Quando finalmente o alerta do Skype me notifica de uma chamada de Jake eu atendo.─ Oi─ Oi, meu amor. Está tudo bem? – ele pergunta sem rodeios, provavelmente notando o meu semblante.─ Sim, está tudo bem.─ Como está a sua mãe?─ Ela está bem melhor. Os exames médicos não acusaram nada de grave. O médico
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CAPÍTULO 6.6
Antes de começar a trabalhar efetivamente, eu abro a janela do Skype e Jake está ao telefone. Ele está olhando pra tela e pelo sorriso estampado no seu rosto, eu sei que ele está me vendo. Ele aproxima suas mãos do teclado do computador e digita uma mensagem pra mim, enquanto continua sua conversa ao telefone.─ Quer dizer que quando eu quiser que você faça algo eu só preciso de uma torta?─ Prestígio.─ Terei isso em mente.─ Vou voltar ao trabalho, senão meu chefe vai me demitir.─ Nunca. Eu te amo.─ E eu a você.Eu minimizo a janela do chat e faço um esforço em me concentrar no trabalho. Há muito o que fazer. Eu envio uma série de recomendações para Nicole. E faço alguns relatórios. Passa das quatro horas da tarde quando eu termino o meu trabalho. Eu bisbilhoto a janela de Jake e ele está lendo algum documento. Eu aumento o volume das caixas de som do computador, pois eu quero ouvir se há mais alguém na sala com ele. Aparentemente não há ninguém com ele na sala, pois ele não está
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CAPÍTULO 6.7
Como era de se esperar em uma terça-feira à tarde não havia tanta gente na praia. Eu tiro as sandálias e piso na areia morna. O cheiro de mar, o vento forte bem característico do mês de agosto o som dos pássaros. Eu vejo o quanto senti falta disso e olhe que foram menos de dois meses. Eu me pergunto se eu iria me acostumar a viver em Nova York para sempre. Casar-se com Jake significaria isso: Morar em Nova York definitivamente e vir ao Recife apenas a passeio. Significa que, caso tenhamos filhos, eles serão criados lá, é realmente uma escolha muito séria. Principalmente diante do pouco tempo que nós estamos juntos. O céu está de um azul impecável, a água está calma, a maré está no seu menor nível e a praia tem apenas as piscinas naturais protegidas pelos arrecifes que deram o nome a nossa cidade. Eu quero que Jake veja isso então eu faço uma chamada pelo Skype do meu iphone. Ele atende imediatamente.─ Oi – ele diz.─ Oi, amor. Eu quero mostrar uma coisa.─ Eu espero que não seja você
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CAPÍTULO 6.8
Eu me empolguei e acabei demorando para voltar para casa. Eu só percebi o quão tarde era quando meu pai telefonou. Já era noite e já fazia um bom tempo que eu estava sentada na areia da praia, olhando para o mar e pensando sobre tudo que está acontecendo comigo. O toque do meu telefone me tirou dos meus pensamentos. Era o meu pai. Eu atendo.─ Oi pai.─ Onde você está?Eu olho em volta – eu estou na praia ainda. Acho que me empolguei um pouco.─ Eu vou buscar você. Diga onde você está exatamente. ─ Eu estou em frente ao Parque Dona Lindu, na beira-mar. – eu explico.─ Estarei aí em dez minutos.─ Ok.Dez minutos mais tarde, meu pai para o seu Corolla em frente ao parque e eu entro – obrigada.─ Como você veio parar aqui? Você nem está de tênis e nem com roupa de ginástica,─ Eu só vim caminhando pela praia e depois me sentei na areia e esqueci o tempo.Ele afastou o carro do meio-fio em direção ao trânsito que por sinal estava caótico – muita coisa pra pensar?─ Sim. Muita.
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CAPÍTULO 7.1
Sexta-feira, 30 de agosto de 2013 Ontem e hoje foram os piores dias desde que eu saí de Nova York. Eu simplesmente não consigo falar com Jake o suficiente. Ontem pela manhã ele enviou uma mensagem dizendo que havia chegado a Las Vegas e que teria uma reunião logo em seguida. Eu enviei uma mensagem no fim da tarde, ele respondeu dizendo que ainda estava ocupado. À noite ele enviou outra avisando que estava no hotel e que estava descendo para o jantar beneficente. Depois disso, nenhuma mensagem. Nada. Ele sequer havia visualizado as minhas mensagens. Eu estava em um estado de nervos deplorável, até que Bia me convenceu a sairmos à noite para uma boate recém-inaugurada na mesma avenida que nós moramos com alguns amigos nossos. A boate é relativamente perto. Daria inclusive para irmos andando. Mas por causa dos nossos saltos, papai foi nos levar. Encontramo-nos em frente à boate por volta das onze horas da noite com os nossos amigos. Juliana e o namorado Bruno, Alex, qu
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CAPÍTULO 7.2
Quando chegamos ao piso superior, Kate e Ethan estão no maior beijo. Eu percebo, em uma rápida olhada para Jake, que ele ainda não está confortável com isso. Mas ele está se esforçando. Quando Kate me vê ela se levanta e corre para me abraçar. Eu disse em seu ouvido: – Eu estou feliz por você.─ Eu também estou feliz por mim e por você – Ela diz e eu realmente posso ver a felicidade estampada no seu rosto, muito diferente da tristeza que tinha se instaurado antes da minha viagem. – Eu senti sua falta. Eu espero que você não brigue com ele por ele ter vindo atrás de você. Nós incentivamos, eu e Ethan, porque se ele não fizesse isso, ele iria enlouquecer e nós também. Todos estavam pensando em pedir demissão, inclusive eu, e eu não estou apenas me referindo aos cargos da GE, eu pensei em me demitir como irmã – ela brinca e nós caímos na gargalhada, ainda mais quando olhamos para a cara de Jake e vimos sua pouca receptividade com a piada.─ Eu estou feliz que ele tenha vindo e v
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