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Todos os capítulos do Resistindo a ele: Capítulo 51 - Capítulo 60
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Medo. Quatro letras, mas uma palavra que todo ser humano conhece. É impossível não ter medo de nada. É o medo que nos torna humanos. É ele quem nos une. É ele quem nos faz ver a vida de forma negativa ou positiva. E o pior tipo dos medos é o medo do desconhecido. Aquele que não sabemos de onde vem ou o que pode provocar.E esse medo se agarrou a mim. Alguém queria matar Pierre. Tivemos um dia confuso hoje, onde ele aparentemente sabia sobre o atentado à sua vida. E, no entanto, ele estava mais preocupado comigo, do que com ele próprio. Eu não sabia se deveria jogar um dos seus vasos caros na sua cabeça, ou apenas beijá-lo sem sentido.Esperei que Pierre falasse novamente. — Você tem alguma pista, Gus?— Apenas algumas, mas precisamos ter todo cuidado. Eu cuidarei disso até termos toda certeza.— O que você tem em mente? — Pierre parecia cansado. Meu coração apertou.— Nós manteremos a casa segura. E vamos fazer o controle de danos com a mídia. As pessoas que tentaram mata-lo ficarão e
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Um grito saiu dos meus lábios, enquanto o celular caía da minha mão sobre a cama. Um instante depois, Adrian já entrava no meu quarto.Seus olhos me olharam preocupados.— O que aconteceu?Apontei para o celular sem sequer olhá-lo novamente. Adrian franziu a testa, pegando o aparelho da cama. Ele ficou em silêncio por algum tempo enquanto lia a mensagem.— Porra. — Ele finalmente falou depois de um tempo tenso. Seu rosto suavizou quando ele olhou para o que era provavelmente o meu rosto pálido. — Não se preocupe, Jennifer. Eu vou cuidar disso.— Vai? — Perguntei, esperançosa.— Vou. — Adrian confirmou. — Você quer me ajudar a fazer o almoço?Eu balancei a cabeça. Eu sabia que ele estava tentando me distrair, e eu aceitei porque não queria pensar sobre a mensagem. Me faria enlouquecer.Eu comecei a cortar os legumes que estavam no balcão. Adrian entrou algum tempo depois, e voltou a cozinhar o que quer que estivesse nas panelas. Ficamos em silêncio o tempo todo, perdidos em pensamentos
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Pierre fez seu caminho para mim, cuidadoso, mas nem um pouco vacilante. Eu sabia o que ele faria. O que se passava na sua mente. E vi em câmera lenta o movimento do seu pescoço descendo à minha altura, dos seus lábios se abrindo e da lufada de ar que ele tomou antes de tocar minha boca com a sua.A minha primeira reação foi beijá-lo de volta. Eu queria colocar toda a minha angústia, toda a dor naquele beijo. Mas minhas mãos agiram por vontade própria, e eu o empurrei.— Não. —sussurrei, com meus olhos se movendo do seu rosto para nada específico.— Jennifer... — Pierre começou a dizer, mas eu o interrompi.— Não, Pierre. Pare com isso. — Minha voz se quebrou no final quando eu fui para longe dele. Antes que ele pudesse dizer qualquer coisa, o elevador se abriu e eu saí. Eu sabia que Pierre ia me seguir. Eu ficaria surpresa se ele não fizesse isso. Leon e Dylan estavam na minha porta. Eu sorri para eles quando entrei. Mesmo antes de a porta se fechar atrás de mim, Pierre a pegou.— Jen
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Há momentos em que você quer saber se o que as pessoas dizem é mesmo verdade. Se os que estão perto de você, estão a seu favor ou contra você. Quando você não consegue de fato entender cada um, você precisa fazer uma escolha. Você tem que decidir se quer continuar a viver uma mentira, ou continuar junto, na esperança de ver a verdade um dia.Eu não conseguia entender os sentimentos que passavam por mim quando ouvi Pierre no telefone.— Eu sei, caramba! — Sua voz era dura, fria. — Eu tenho que protegê-la.A outra pessoa estava falando, eu presumi, com o silêncio deste lado. Então, ouvi Pierre dar pancada na mesa.— Foda-se, Yohan. Eu sei o que é melhor para ela. E eu estou fazendo isso para protegê-la.Houve mais um silêncio, então Pierre falou de novo.— Ela é uma porra de uma Harrison, o que você esperava? — Ele rosnou. Meu sangue gelou. Ele estava falando de mim. O que ele estava dizendo? Com quem ele falando? — Eu vou mentir para ela, se isso significar que ela vai ficar comigo. Eu
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Há momentos típicos de filmes de terror que você sabe que não têm nada a ver com a nossa vida real, que nunca vão acontecer. Mas o que se pode fazer quando um momento desses de repente acontece com você? Você não pode fazer nada além de tentar absorver. Isso, é claro, supondo que você pode tomar alguma atitude...Eu não consegui fazer nada enquanto observava a cena na minha frente. O aviso era claro como o dia. Eu iria cair e quebrar. Quem quer que fosse essa pessoa, estava falando sério. E era um filho da puta psicopata para matar um pobre coelho e escrever com o seu sangue.O sangue já tinha secado, mas o cheiro estava horrível. Ao olhar para o Adrian, vi que ele também estava chocado. — Que porra é essa?— Me diz você. — Eu consegui responder.— Não admira que os seguranças ficarem tão assustados. — observou Adrian. — Eu acho que eles chamaram a polícia.Virei-me para Adrian muito rápido, sentindo-me meio tonta. — Merda! O que vou falar para o Frederich?— Eu liguei para ele no cam
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Impulso. Está aí algo que com certeza influencia a decisão de alguém. Eu não me lembrava de ter tomado decisões por impulso na minha vida antes de conhecer o Pierre.Olhei para a foto novamente. Um sentimento horrível de mágoa inundou meu coração enquanto via o casal feliz. Pierre tinha o braço ao redor dela, e o sorriso de amor em seu rosto era óbvio.Eu coloquei de volta a imagem no armário quando ouvi passos na minha direção. Eu não sabia se havia lágrimas nos meus olhos, então os esfreguei rapidamente apenas por precaução. Eu peguei o meu celular e fingi que estava atendendo uma ligação.— Jennifer? — A voz de Adrian veio de trás da porta fechada.— Só um minuto. — eu disse, enxugando os olhos novamente, e abri a porta. — Desculpe pela demora. Meu pai ligou.— Está tudo bem. — Adrian sorriu. — Dylan estava apenas falando sobre como você é impressionante.Forcei um sorriso. — Claro que sou.— Tem certeza que está bem? — Adrian parecia em dúvida, e eu revirei os olhos para ele.Puxa
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Sem fôlego e sem palavras. Foi assim que eu fiquei. Aliás, é assim que o Pierre estava me deixando, desde que nos conhecemos.Mas eu não esperava isso do Pierre. Inferno, eu não esperava nada. Não tão cedo, de qualquer maneira. Este não era o Pierre que eu conhecia. Pierre não costumava fazer gestos extravagantes assim, ou pelo menos não na maior parte do tempo. Ele fazia pequenas coisas, e eu amava essas pequenas coisas.— Você tem um grande admirador. — disse Frederich, divertido.Revirei os olhos. — É o Pierre.— Lawrence? — Por alguma razão aquilo pareceu mais uma afirmação do que uma pergunta.— O primeiro e único. — eu murmurei.— Pelo que sei, você era sua namorada. — Frederich ergueu as sobrancelhas. — Há algo que você não está me dizendo?Eu balancei minha cabeça. — Não há nada entre nós.Frederich não pareceu convencido. Ele me deu um olhar de descrença pura.— Você sabe que eu sou seu pai, certo?Suspirei tristemente.— Não há nada, eu juro. Talvez houvesse antes, mas não m
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Às vezes, só porque você diz uma coisa boa a uma pessoa que te feriu, não significa que você está bem. Só porque eu disse ao Pierre que o amava, não significa que eu o tinha perdoado. Eu estava longe disso, para ser honesta. E no caminho para a casa do Frederich, eu expressei meus pensamentos para ele.— Eu sei, Jennifer. — ele parecia melancólico. — Eu não estava esperando que você perdoasse tudo assim.Eu olhei para o seu rosto, concentrada.— Eu gostei do que você fez, seu gesto e tudo. — eu finalmente disse depois de um tempo. — Mas você me machucou muito, Pierre. E você ainda tem segredos.Eu apostei no que eu disse. Eu precisava jogar. Será se ele me contaria se eu jogasse dessa forma? O carro quase desviou de repente na pista, fazendo-me gritar, antes que Pierre o parasse completamente.— O que você quer dizer com eu tenho segredos? — Sua voz soou cortada, dura e cheia de raiva.— Todo mundo tem segredos. E, às vezes, as pessoas desabafam. — Eu encolhi os ombros. — Só que você
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Quando eu pensava em morte, ou mesmo no céu, eu pensava que uma luz em um túnel comprido nos aguardava após a passagem dessa vida para a próxima. O que não esperava, era sentir uma dor excruciante, um medo pulsante, e, finalmente, uma estranha sensação de desamparo. Eu sentia como se um milhão de martelos estivessem atingindo o meu corpo inteiro.Eu estava esperando o coro de aleluia ou algo assim. Mas eu só vi escuridão, regada por uma luz fraca.Talvez minha mente estivesse vagamente consciente dos sinais sonoros, os gritos e as pessoas chamando meu nome. Eu podia ver uma mancha que parecia alguém me pedindo para manter os olhos abertos.Só que por mais que eu me esforçasse para fazer isso, eu não conseguia. Meus olhos pareciam ter uma tonelada sobre eles. Então caíram por vontade própria e um suspiro escapou dos meus lábios quando o meu corpo finalmente se desligou por completo.***Eu queria ar. A escuridão me rodeava. Era como se eu estivesse submersa, e não conseguisse respirar.
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Às vezes, você quer bater em uma pessoa bem na cabeça. De preferência com um martelo ou algo semelhantemente pesado para que essa pessoa pare de ser tão estúpida. Outras vezes, você quer pegar a pessoa pelos ombros, sacudi-la e perguntar "O que você está pensando da vida?". E, às vezes, você quer apenas beijá-la até que ela perceba o quanto está sendo idiota.Apertei os olhos com força e em seguida olhei para a figura de Pierre andando em direção à porta. Antes que ele pudesse sair, no entanto, eu o parei.— Se você sair, eu vou te assombrar para sempre, Lawrence.Ele se virou, surpreso. — Me assombrar?— Estou muito perto de arrancar esses malditos fios no meu corpo.Seu rosto imediatamente se transformou.— Não! Jennifer, não faça isso.— Volte aqui e coloque sua bunda nessa cadeira. — Eu soei mandona, mas não me importei.— Tudo bem. — ele parecia que estava tentando acalmar um animal encurralado. — Eu vou sentar. Só não faça nada estúpido.Apertei os olhos para ele. Ele se sentou
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