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Todos os capítulos do Redençao : Capítulo 11 - Capítulo 20
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— Não quis mesmo ofendê-lo. Você é autoconfiante demais pra se ofender tão facilmente.— Parece que você tem tudo muito bem esquematizado, mas não posso deixar de te perguntar: o que eu ganharia com isso?— Além do prazer de ver o seu rival na sarjeta? Você terá outros benefícios, é claro.— Que tipo de benefícios?— Eu estive observando o meu irmão recentemente e posso dizer que o interesse que ele tem em você é muito grande. Uma das prioridades dele das quais eu falei, é ver você na pior. Ele é obcecado em tirar tudo de você.Disso eu não duvido. Mas... boa sorte pra ele.— Ele tem alguns negócios... que envolvem bastante você e a sua empresa. Imagino que você iria gostar de saber de qualquer artimanha dele que possa vir a te prejudicar.Sorrio com deboche. Interessante saber o que o idiota do irmão quer me foder, mas achei que ela teria algum argumento melhor do que espionagem e traição.— Eu não tenho medo do seu irmão. Você mesma disse, minha empresa é muito maior que a da sua fa
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De noite, me largo na cama com um grande pacote de comida tailandesa e várias pastas com formulários da Fundação Hoffman sobre as pernas para analisar. Leio quase tudo, faço anotações e guardo logo em seguida, deixando o resto para analisar amanhã. Tive um dia cheio e agora tudo o que eu quero é dormir.Até agora eu já vi os históricos de atletas, artistas e músicos de vários lugares do país. Todos esperando por uma vaga no folhetim de incentivo da Fundação. Estamos sendo bastante procurados sobre o nosso apoio às artes, à musica e ao esporte e toda essa atenção da mídia está fazendo milagres às nossas ações. O técnico de TI da HHE disse que o percentual de acessos do site da empresa duplicou nos últimos dois dias desde que foi aberto o blog exclusivo da Fundação no nosso domínio.Mesmo ainda tendo que fazer várias ligações hoje, – inclusive para Steven McKinley da Universidade de Miami, cuja equipe de hipismo tem um formulário preenchido com os nomes de todos os membros e suas várias
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Digo ao Steven que eu levarei os papéis do contrato pessoalmente ainda essa semana para que ele e os principais membros da equipe dele assinem. Porém, quando ele me pergunta sobre os critérios que eu usei para escolher sua equipe à frente das outras como eu lhe disse ano passado, ainda mais considerando que recebi pedidos de patrocínio de outras equipes de hipismo com mais chances de títulos por causa de seus cavaleiros experientes, eu minto e digo que não estou atrás apenas de títulos e sim de ver resultados sendo alcançados com garra e coragem.Não que isso não seja verdade, mas se eu realmente tivesse que escolher de forma imparcial quem ajudar, a equipe de hipismo da Universidade de Miami não estaria entre os meus primeiros da lista. Mas como eu não escolheria a equipe que ela faz parte, se ano passado foi exatamente por isso que eu quis criar essa Fundação? Como poderia dar as costas à equipe só porque as coisas entre ela e eu não saiu do jeito que eu esperava? É verdade que nos
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ELLEN— Mas por que tem que ser eu? Você não pode mandar a Juliet e a Mel juntas? — pergunto ao Steven.Uma semana após ir à Nova Iorque, aqui está ele me dizendo que eu tenho que voltar lá. De jeito nenhum. Ver o Nicholas uma vez foi o bastante, não preciso vê-lo novamente. Ou melhor, não posso vê-lo novamente. E dessa vez, eu sequer poderia escapar de falar com ele. Eu não posso ir.— Por que a Juliet não é capitã da equipe.— Não, a Melissa é. A Juliet é uma das melhores. Ela pode ir no meu lugar.— Você é a que tem obtido melhores resultados nos últimos meses, não a Juliet. Você venceu os três torneios que participou.— Mas...— Olha, Ellen — ele se inclina para frente na sua cadeira e me olha nos olhos — nós demos muita sorte de o senhor Hoffman ter nos escolhido. A equipe passou por uns momentos ruins ano passado antes de você se juntar a nós e não conseguimos nos recuperar totalmente ainda desses momentos. Não posso me dar ao luxo de perder o patrocínio da Fundação Hoffman, alé
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— E se eu não aceitar em um mês? — pergunto rindo.— Bom, nesse caso... eu então posso te dar mais um mês, e se você não aceitar eu te dou mais um mês e assim por diante até você dizer sim pra mim.Após suas palavras, olho para ele – tomando despreocupadamente sua cerveja e olhando para fora do vidro – por um longo tempo e por um minuto me permito imaginar como seria minha vida se eu lhe desse uma chance de tentar me fazer feliz. Ele é bonito, inteligente e pelo que tenho visto até hoje, gosta de mim. Mas em nenhum momento ele me fez sentir como se o mundo não existisse quando estamos juntos. Muito menos tirou o chão dos meus pés após uma briga.Não acho que seja um defeito dele, mas existe um único homem que me estragou para todos os outros. Talvez se eu nunca tivesse conhecido esse outro homem...— Onde esteve? — Asher toca meu braço, trazendo-me para o agora.— Pensando na sua proposta. — respondo sinceramente.— E? — ele pede com um grande sorriso.— Eu não poderia aceitar.— Oh.
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— Boa tarde. Fiquei me perguntando se você viria mesmo.Engulo em seco ao ouvir sua voz de forma tão sedutora e rouca. Não é difícil de imaginar por que tem tantas mulheres aos seus pés. Sua voz é um verdadeiro pecado oral.— Por que eu não viria?Ele sorri ainda mais, andando na minha direção e jogando a toalha em cima de um dos sofás. Nicholas para a um metro de mim e me olha de cima a baixo com... fome no olhar?— Você deveria dizer. Afinal foi você quem correu no dia da inauguração da Fundação Hoffman.Enrugo a testa por um milésimo de segundo. Como assim? Ele me viu? Achei que estivesse ocupado demais beijando a sua noiva para ver algo além dela.— Por que você fugiu? Não estava lá para apresentar a equipe de hipismo da Universidade de Miami?Por que ele está perguntando isso? Se ele me viu, só pode ter existido um momento. Depois que ele a beijou. Ele sabe que eu vi. Sabe que eu ouvi o pronunciamento. Ele então sabe porque eu corri. Oh. Ele quer jogar.— Acho que nós dois sabemos
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Sorrio e vou até o bar pegar algumas bebidas pra nós. Na volta até onde ela está, um cara me puxa pelo braço e pede pra dançarmos um pouco. Por que não? Entrego a bebida da Melissa e vou com o cara até a pista. Ele é bonito e dança muito bem. Por alguns instantes, esqueço de tudo e me entrego à dança. Com os olhos fechados, jogo as mãos pra cima e deixo que o cara ponha as suas na minha cintura.O corpo dele fica mais próximo do meu, tão próximo que sinto sua respiração no meu pescoço. De repente paro. O cheiro dele é muito parecido com outro que senti hoje e que não sentia há muito tempo. Esse cara tem o mesmo cheiro do Nick. A menos que o dono seja mesmo o Nick. Viro-me devagar e vejo que o homem atrás de mim é mesmo ele.— Nick... — é tudo o que eu consigo dizer com a respiração acelerada.— Está se divertindo? — ele pergunta sério — Quem era aquele cara?Olho pra trás dele e vejo o cara com quem eu achei que estava dançando, com um olhar de medo e decepção no rosto.— O que você f
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ADAEla me olha como se eu fosse uma pessoa de outro planeta. Deve estar pensando que tipo de mulher idiota eu sou para aceitar me casar com um homem que claramente ama outra mulher. Mas, ora, foda-se isso. Eu amo o Nick e aceitarei qualquer coisa que ele queira me dar. Inclusive esse tipo de humilhação porque, convenhamos, não é difícil imaginar o quê eles faziam dentro daquele banheiro. E não é como se eu não merecesse né...— Eu juro que não vou morder. Nem vou te infligir dor física. — digo com toda paciência que me é normal.Mas ela demora ainda vários minutos antes de finalmente se sentar no banquinho do bar, ao meu lado. O garçom se aproxima e pergunta o que queremos para beber. Peço um chá gelado e ela pede um gimlet.— Por que me pediu pra ficar? Nós não temos nada o que falar.— Claro que temos. — sorrio para o garçom quando ele trás as nossas bebidas — Existem alguns pontos que precisam ser esclarecidos.Ela bebe seu gimlet devagar, fazendo uma careta levemente após o gole.
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ADAEla se levanta, põe-se na minha frente e me sacode devagar pelos ombros. Pelo menos devagar o suficiente para fazer com que eu me desequilibre um pouco. Caramba, ela é fortinha hein.— Ada, do que você está falando?— Todos esses meses eu fiquei pensando no motivo de vocês dois terem terminado. Aparentemente vocês se amavam. Quando os vi aqui em Nova Iorque no Natal eu cheguei a considerar deixar o Nick em paz após saber que ele sequer tinha esperado o Ano Novo pra levar você para longe. Então quando vi o Nick comprar um anel e voltar voando pra Miami em fevereiro, imaginei que ele tivesse te pedido e por causa do seu aborto e da omissão dele, você tivesse recusado.Ela toma de uma vez a segunda bebida que eu lhe pedi e volta a se sentar. Mais calma dessa vez.— Como assim comprado um anel? E como diabos você sabe do meu aborto? Ele te contou?— Não, ele não contou. O Julian contou.— Desculpa, mas não consigo imaginar você com uma bomba dessas nas mãos e não soltá-la em cima de mi
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ADAEla abre a boca para responder, mas opta por mantê-la fechada. Não sei o que se passa na sua cabeça, mas obviamente é algo que ela não chegou a considerar antes. Por um instante, me pergunto que tipo de jogo eu estou armando aqui. Estou praticamente incentivando-a a esclarecer as coisas com o homem que eu amo. Mas a mínima chance que eu tiver de vê-lo ter um pouco de paz me serve de consolo, já que vejo em seus olhos a dor que ele carrega graças a esse término. Duvido que ele não se case comigo, com um filho a caminho, então não preciso me preocupar com uma futura reconciliação deles, apenas com um acerto de contas. Esclarecer as coisas com ela pode fazê-lo seguir em frente comigo. Ela me prestou esse favor uma vez ao me ligar para contar a minha versão das coisas, talvez eu possa devolver-lhe a gentileza.— Não entendo o motivo de você estar fazendo isso. Você o ama, ou não?— Claro que amo. Tanto que posso deixar que você tente esclarecer tudo com ele. Eu confio na nossa ligação
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