Erika entrou no seu apartamento e, assim que fechou a porta, encostou as costas a ela. Desviou-se até ficar no chão, a olhar para a mala que tinha à frente dos olhos. Não conseguia impedir que novas lágrimas silenciosas lhe escorressem dos olhos.Não demorou muito para que ela respirasse fundo e limpasse as bochechas. Chorar não resolvia nenhum dos problemas, nem sequer os minimizava.Ouviu o telemóvel vibrar na sua mala e por um momento foi agarrá-lo rapidamente, como sempre fazia quando era Zacarias, mas não. Ela lembrava-se, pois não sabia a que horas, do que tinha acontecido no hotel. O seu pulso latejante era uma lembrança constante da sua loucura.Pressionando os lábios, pegou no telefone e olhou para o número no ecrã. De tanto o ver, ela já o sabia de cor, embora não o quisesse. Ele nem sequer o tinha registado, mas, desta vez, não podia ignorá-lo.Ele pegou no telefone mas não falou. A voz masculina foi ouvida do outro lado.-Olá, querido- ela parecia muito feliz, -ainda bem q
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