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DEZ
Abla Dinis — Hum... A senhorita é realmente perversa! — Ele disse como se tivesse constatado agora. Não havia desgosto nos olhos dele, apenas surpresa.— Só com quem precisa, senhor! — Ele riu de ladino, antes de dar essa conversa por encerrada.— Se isso passar dos limites, eu quero o nome dele!— Feito! — Eu disse me afastando e respirando normalmente de novo.— O que temos para hoje? — O senhor dará uma palestra no espaço de formação de agentes Excellence. Já separei o conteúdo que será dado.— A senhorita leu o conteúdo?— Não senhor. Os arquivos diziam confidenciais, achei prudente não mexer. — Eu falei com um pouco de animação. Acho que até demais, pois ele reparou. — Algum problema? — Perguntei tentando disfarçar minha euforia, mas isso foi quase impossível.— Não entendi essa sua animação? — Arqueou a sobrancelha claramente intrigado. Tossi nervosamente, para camuflar meu entusiasmo.— Eu gosto dessas coisas, senhor! — Confessei olhando para ele. Meu Deus, tomara que ele
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ONZE
Abla Dinis — Se é tão esperta, por que não explica a cena de crime seguinte. — Ela disse destilando seu veneno, mas comigo não, meu amor, eu já sou imune a esse tipo de peçonha.— Com maior prazer! — Me aproximei e virei para a imagem projetada. — Posso, senhor Riddick? — Perguntei, me referindo à cena de crime no telão. Ele respondeu-me com um menear de cabeça. Voltei-me para os futuros agentes e perguntei. — Para vocês, o que é crime? — Todos estavam calados, ninguém fez menção de responder, então eu mesma escolhi. É, sou muito vingativa. — Você, agente 4, responda à pergunta. — Ela me olhou feio e ficou calada. — Vamos! Por acaso está surda? — Meu chefe falou, já impaciente. Não sei se comigo, ou se com ela. É, paciência não é seu nome.— Desculpa senhor! — A vadia disso toda doce.— Então agente 4? — Questionei irritada.— É um fato material… — Nem a deixei terminar. Já começou falando merda.— Está errado! — O senhor Riddick fala antes que eu diga algo.Olhei para o agente 10,
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DOZE
Abla Dinis— Obrigada! — Ouvi um pigarrear atrás de mim e olhei já sabendo quem é.— Senhorita Dinis, pode ir pegar as coisas para irmos embora. — Sua voz estava dura feito pedra.— Sim senhor! Por favor, me deem licença. — Pedi me afastando.— Toda! — Eu saí praticamente correndo. Ainda pude ouvir meu chefe falando alguma coisa com o rapaz. Eu só queria entender por que ele é assim. Deus do céu, para que tanta raiva? Tanta grosseria? Quando estava passando, eu vi aquela vadia da agente 4 jogando seu charme em cima dele. Eu saí o mais rápido que pude. Não quero presenciar nada desagradável. Fiquei no carro o esperando. Ele abriu a porta e entrou sem falar nada. Ele não falou e nem eu fiz questão de falar. Chegamos à empresa, e cada um foi para seu canto.— Como foi? — Mabel perguntou receosa.— Muito bom! Por quê?— Todos os assistentes do senhor Riddick, não vingaram. — Deu de ombros. — Digo isso, porque não gostavam quando iam para o campo com ele.— Eu gosto dessas coisas, eu nã
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TREZE
RiddickAbri oenvelope com toda calma que não tinha e comecei a ler.— Abla Dinis, 26 anos, solteira. — Franzo a testa, impressionado. Não parece, achei até que teria mais idade! Bem, saber que não há nenhum cara em sua vida, é uma informação muito bem-vinda. Continuei lendo, o conteúdo do envelope. — Não conheceu o pai, mãe falecida. Tinha uma irmã gêmea, porém, também falecida. — Parei um tanto impactado ao ler a data da morte de sua irmã. É o mesmo período que fui ao Brasil! Então deve ter sido isso que a deixou tão triste naquela época. Deixando as conjecturas de lado, continuo. — Serviu por sete anos ao Exército Brasileiro. Seu último cargo era de Tenente-coronel. Pediu dispensa quatro anos atrás. Motivos desconhecidos. — Estalei a língua. Puta merda! Isso explica muita coisa. Pelo que vi naquele dia da palestra, ela foi um tesão e tanto, e o que me deixa puto é que não foi apenas eu que vi. Clarkson, intrometido também estava bem atento a ela. Por que será que ela pediu dispen
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QUATORZE
Abla Dinis— Porra! — Exclamei furiosa comigo mesma. Detesto quando isso acontece. Hoje cheguei atrasada, tudo bem que foi a primeira vez. Só que eu nunca gostei de fazer essas coisas. Para mim o tempo é precioso. Nunca deixei ninguém me esperando, e nunca gostei que fizessem isso comigo. Por isso nunca fiz com ninguém. Olhei no relógio novamente, já passava das 08h00min., então significa que o meu querido chefe já chegou. Parece que tudo está dando errado. As meninas se atrasaram para se arrumar, eu não acordei na hora certa. A droga do despertador não funcionou. Eu sempre acordo antes, mas com os problemas que estão se apresentando, acabei não dormindo direito, e o resultado foi esse. Acordar no horário errado e isso embananou tudo.— Bom dia Bel! — Falei com ela, sorrindo triste.— Bom dia minha gata! Que carinha é essa? — Me interrogou, cismada com a minha tristeza.— Alguns problemas. Ele já chegou né? — Só perguntei para confirmar.— Já sim, e disse que quando chegasse era para
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QUINZE
Abla DinisMeu Deus, por que esse homem me atrai tanto? Quando penso no meu chefe, só vêm pensamentos de luxúria. Por causa dele, estou com vontade de fazer uma coisa que há muito tempo não faço. Me tocar! Isso mesmo, estou pensando seriamente em me masturbar pensando nele. Aproveito que as meninas estão na escola e tiro toda a minha roupa do corpo. Fico nua do jeitinho que vim ao mundo. Lembro-me do seu sorriso, daquela boca linda, e daquela voz de um homem literalmente selvagem. Passo minhas mãos pelos meus seios, que já estão duros com a minha excitação. Aperto os bicos, sensíveis ao toque, e um gemido rouco escapa de meus lábios. Passo minhas mãos pela minha barriga e vou descendo até meu sexo, que já estava pulsando em antecipação. Quando minhas mãos alcançam meu ponto sensível, gemo mais uma vez. Toco-me devagar, fazendo círculos imaginários. Cada toque é como brasa de fogo. Oh! Que delícia!Fecho meus olhos para a minha imaginação aflorar. Mas tomo um susto quando sinto um
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DEZESSEIS
Abla Dinis Eu não sei o que fazer. Ainda não recebi meu primeiro salário. Não tenho dinheiro para alugar outra casa. Peguei o táxi, pensativa. Estou realmente cansada. Eu não lembro o dia que alguém cuidou de mim. Sei que sou uma mulher durona, mas, até às duronas precisam de carinho e afeto. Em minha face acabou caindo uma lágrima solitária. Enxuguei disfarçadamente para o motorista do táxi não ver. Assim que cheguei frente à empresa, paguei a corrida e entrei. Sorri calorosamente para os seguranças e entrei no elevador privativo da presidência. Quando cheguei ao andar onde trabalho, fiquei surpresa em ver o senhor Riddick e o senhor JJ conversando perto da minha mesa. Hoje meu humor não está dos melhores, mesmo assim, faço o possível para não deixar transparecer meus problemas.— Bom dia senhores!— Bom dia senhorita Dinis! — Meu chefe falou sem desviar seus olhos da minha face. Eu fiquei vermelha, pois me lembrei da porra do sonho.— Bom dia princesa! — J falou sorrindo. Aquele s
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DEZESSETE
Riddick— Eu falei para você, não procurar gracinha com ela! Você está surdo, porra?— Calminho aí, John, eu não fiz nada demais. — O idiota ainda falar rindo da minha cara. Filho da puta! — Eu estou me segurando para não esmurrar essa sua cara. — Ele fez questão de ignorar o que acabei de falar.— Cara você viu como ela é ousada? — Minha feição ficou branda.— Percebi, ela é diferente! — Eu disse sem esconder a minha cara de idiota.— Como assim, você ainda nem provou da garota e já está apaixonado! — JJ falou sério. Quando eu ia responder, meu telefone tocou. Eu atendi, querendo mudar de assunto.— Riddick falando! — Depois que ouvir a outra pessoa, desliguei já me levantando.— Aonde vai, cara? — Meu amigo perguntou ainda sério.— Uma cena de crime, me pediram para dar uma olhada.— Beleza, eu irei com você!— Eu irei levar Abla, mas você pode vir junto. — Avisei sério.— Tá bom, mas, eu ainda não esqueci sobre a nossa conversa, afinal, você não respondeu a minha pergunta. —
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DEZOITO
Riddick— Mulher negra, aparentemente suicídio. — Olhei para Abla e ela também se encontra muito séria. Ela foi para onde havia uma mulher da perícia e pediu um par de luvas. Ela analisou toda a cena de crime, depois que fez isso, a chamei. Eu gosto do jeito que ela fala, me dá um tesão descomunal.— E então Abla, o que achou? — A chamei pelo primeiro nome que me olhou sorrindo. Acho que ela gostou, sei lá. É muito difícil ler essa mulher.— Ela não morreu afogada! — Ela proferiu séria, chamando a atenção do delegado.— Como não? Você a viu, está submersa na banheira.— Eu vi sim, delegado. — Ela nos chamou para perto do corpo e apontou para o pescoço.— Está vendo? Ela foi asfixiada primeiro, ou seja, alguém a enforcou com as mãos, e depois de morta, encheu a banheira e a colocou dentro para dizer que a pobre moça se matou.— Concorda com isso? — Delegado Murilo me perguntou, embasbacado. É meu caro, você ainda nem viu nada.— Ela está certa, e pelas marcas estamos procurando um home
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DEZENOVE
RiddickChegamos à empresa, Abla desceu primeiro, e J ficou para entrarmos juntos.— Cara, essa mulher é quente viu! — Dei meu pior olhar a ele, claro que tirei os óculos.— Eu já avisei J.— Calma meu irmão, jamais daria em cima da sua mulher, mesmo que ela não saiba disso ainda. —Nós dois gargalhamos pelo o que ele disse.— Acho que ela sente algo por mim. — Comentei pensativo.— Você ainda acha? A mulher não parava de lhe secar, meu camarada!— Sério? — Questionei um tanto incrédulo.— Claro né. Cara, tu és muito lerdo para essas coisas.— Vai se lenhar, idiota! — Ele saiu do carro gargalhando.— É muito engraçado o jeito que se descontrola, por ela. — Ele não fez questão de ficar para ouvir minha resposta, saiu na frente.Quando entro no rol da empresa, vejo uma cena bem peculiar em que a minha deliciosa Abla, está envolvida.— O que é que está acontecendo aqui? — Eu perguntei sério, demostrando o quanto estou puto.— O que é que está acontecendo aqui? — Eu perguntei novamente, já
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