Todos os capítulos do Amarrada em meu alfa. Ilha do Corvo.: Capítulo 111 - Capítulo 120
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Capítulo 110
O cheiro do cozido estava preenchendo toda a casa Geller. Ela estava na cozinha, desde que Asher e Henrique haviam viajado para uma missão da alcateia. Ela voltou sua atenção para a comida. Havia batatas e carne de coelho sendo cozinhada no caldo, a fêmea mexeu mais algumas vezes o caldo e o aroma inebriante a atingiu no rosto. Seu próprio estomago roncou. — Você cozinha muito bem, mas desperdiça muitos ingredientes as vezes. — pronunciou Lucia, e começou a catar no balcão de madeira os pedaços de legumes e até algumas cascas que Alice deixará para trás. Ela reuniu tudo em um pote, e acrescentou — Tudo isso aqui pode ser usado para uma sopa ou para fazer sabão. Alice assentiu, a fêmea era muito experiente na cozinha. E ela ficava feliz que mesmo com toda a sua experiencia havia lhe dado um espaço para ajudar. Se sentia ainda perdida, como se tivesse esquecido de coisas demais. Na hora do almoço, todos os lobos elogiaram o caldo de coelho com batatas, e Alice se sentiu útil.
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Capítulo 111
Apenas o barulho das fêmeas na cozinha já era o suficiente para enlouquecer qualquer um. A cozinha do castelo era grande, repleta de fogueiras e grandes panelas que as lobas manejavam com comidas. Alice conseguira trabalhar ali limpando o chão, e recebia um prato de comida todos os dias. Enquanto ela varria aquele chão imundo, uma das lobas passou por ela carregando um cesto de batatas. A loba puxou a vassoura de sua mão e estendeu o saco para ela: — Descasque essas batatas, rápido. — Ordenou ríspida. Ela a encarou, segurando o saco de batatas em suas mãos, e ponderou. Não podia recusar mesmo que sua vontade fosse bater naquela fêmea, e quando ouviu as palavras dela, uma sensação familiar terrível a acometeu. Como se já tivesse estado em situação semelhante àquela no passado. Ela ergueu o olhar para a loba e viu o desprezo em seus olhos, apenas porque era alguns postos mais alta que ela naquela cozinha. A fêmea começou a bater um dos pés no chão, impaciente, ela abriu
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Capítulo 112
Ela suspirou, sem conseguir dormir mais. A fêmea se levantou de sua cama, e caminhou até a janela do quarto. Seus passos eram suaves sobre o chão de pedra, e a camisola de seda que vestia arrastava no chão. Samanta mordeu o lábio inferior, e puxou o trinco da janela. Ela olhou para o horizonte da propriedade Villin. Arvores gigantescas se estendiam até o Leste, e o céu estava alaranjado, com nuvens espessas. Ela pensou sobre os dias da lua cheia, e como isso estava acabando... Seu casamento com Axel estava marcado para acontecer depois da lua cheia, e ela ainda se sentia completamente enjoada e traída. Ela sentiu seu rosto ficar úmido, e passou uma mão em sua bochecha. Estava chorando novamente, de modo patético. Seu pai é claro, havia concordado com a mudança, mesmo ela enviando diversas cartas pedindo para esperar mais. Como era ruim ser uma fêmea, onde sua opinião de nada valia. Nem mesmo quando se tratava de seu futuro, sua palavra não possuía nenhum peso.
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Capítulo 113
Naquela tarde, há alguns quilômetros do Forte Coltrane. Bosque Balt. James estava sentado em uma rocha, enquanto observava o sol prestes a se por. Ele sabia que atrás dele, estavam John e Henry, ambos o observando, em silencio. Eles estavam assim desde que ele discutira com Henry. James não sabia o que odiava mais, o silencio deles ou quando falavam. O lobo fechou os olhos, e se lembrou do momento que John o arrastou para o bosque, o tirando do vilarejo Sarvin. Ele sentia-se como se seu sangue estivesse se tornando como água. Suas pernas tremiam, e seu coração era como um martelar sem fim, batendo com tanta força que doía. As palavras da Xamã sobre o futuro de Alice se repetiam em sua mente. E cada vez mais alta. Ele sentiu as mãos de John sobre ele, enquanto ele apertava sua cabeça sobre seus joelhos. Logo ele erguido do chão, havia tantas lágrimas em seus olhos que sua visão estava turva, e ele começou a ouvir um som. Era um choro incessante, e alto demais. El
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Capítulo 114
As duas fêmeas conseguem esconder o corpo do entre algumas caixas na adega. Quando finalmente levam as jarras de vinho para os guardas e vigias, Alice se encarrega de levar um vinho para o carcereiro. — E se ele desconfiar de suas intenções? Por que não a deixa para trás? Seu objetivo é queimar esse lugar, não é? — perguntou Natalie Cliv. Elas continuaram caminhando devagar pelos corredores. — Resgatar a xamã também é meu objetivo... — sussurrou Alice. — Eu sei, mas é mais importante do que tornar esse lugar cinzas? Resgatar a xamã é arriscado, o carcereiro não é bobo... A fêmea se colocou a sua frente, de modo que Alice teve que encará-la. Ela possuía uma forte determinação em seu olhar, e Alice reconheceu em sua expressão que ela havia vivido uma vida dura. Contudo, não voltaria atrás apenas porque ela achava arriscado. — Não precisa me esperar, quando os vigias dormirem você pode abrir o portão e fugir. Alice se virou para ir embora, mas Natalie a segurou pelo bra
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Capítulo 115
Tudo ficou de repente silencioso. Ele corria em sua forma de lobo, seus sentidos mais apurados incluindo seu faro, ele estava atrás de sua presa. Captando cada movimento seu, ouvindo o bater de seu coração a quilômetros de distância, ele sentia o cheiro de seu corpo. E o quão desesperado o coração do cervo batia, o animal devia saber que não teria escapatória. James rasgava a floresta correndo atrás de sua presa, John e Henry estavam ao seu lado, e ambos acreditavam que pegariam o cervo, James sabia que ele faria isso. O lobo branco cortou o ar, o ultrapassando por alguns minutos, até que James conseguiu se emparelhar com ela. Os olhos azuis de John eram uma luz intensa na escuridão da floresta. De repente, ambos sentiram o cheiro de fumaça e ouviram gritos ao longe. A presa se foi, e James e os seus companheiros se entreolharam, tentando entender o que significava aquilo. Foi quando James sentiu, misturado com o cheiro de fumaça, um aroma familiar. O aroma que tant
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Capítulo 116
Samanta não suportou mais olhar nos olhos de Axel, e baixou seu olhar para seus próprios pés. Alguns segundos depois, ela sentiu o toque suave dos dedos dele em seu queixo, e lentamente erguendo o seu rosto, de modo que ela teve que encará-lo. — Não baixe seu olhar para mim. — Murmurou o lobo. Ela se sentiu uma tola, por não conseguir conter suas próprias lágrimas, estava sem o controle de suas próprias emoções. Chorando como uma menina. Samanta levantou uma das mãos com a intenção de limpá-las, quando paralisou. Axel se inclinou, e simplesmente beijou-a na bochecha. Então, como se um beijo não fosse o suficiente para deixá-la mortificada, e ele a beijou do outro lado. Ela ficou paralisada, enquanto sentia o calor dos lábios dele em sua pele, sendo misturado com suas lágrimas. Quando ele se afastou, ela estava com seus olhos inundados de lágrimas. — Não vim aqui para fazê-la chorar, Sam. — murmurou Axel, e agora ele segurava seu rosto em concha. Ela se sentiu comple
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Capítulo 117
Ela respirou fundo, e continuou caminhando em direção ao macho a sua frente. Ela estava de braços dados com seu primo, e o toque dele a causava asco, mas infelizmente, ela não poderia se desvencilhar dele como queria. Cada passo até aquele altar foi torturante para ela, quando finalmente chegou em seu futuro companheiro, o toque das mãos dele a puxando para longe de Julien funcionaram como um bálsamo. Ela não fazia ideia do porquê. Ela ergueu seu olhar para Axel Villin, e viu na expressão dele que de alguma maneira, as coisas ficariam bem. Ao menos naquele momento, quando havia tantas pessoas ao redor e ela podia sentir o olhar de todas elas em si, ela acreditou naquilo. Manteve aquele fio de esperança aceso em seu coração, para aguentar a cerimônia. Ela manteve seu olhar fixo em Axel todo o tempo que o macho ancião que conduzia o casamento falava, vendo neles um pequeno refúgio. Quando chegou o momento dela se ajoelhar diante dele, simbolizando sua submissão, ela baixo
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Capítulo 118
Não podia ter filhos? Aquilo não podia ser verdade. Samanta olhou para o rosto de Vlad, e viu nos olhos dele que ele estava sentindo prazer em falar aquele absurdo. — Você está mentindo. — disse a loba. Vlad sorriu de modo maligno, e diminuiu a distância entre os dois. Samanta não recuou dessa vez, e o encarou nos olhos. Uma sensação terrível ameaçava se apoderar dela, a fêmea odiou como seu coração batia forte e como isso poderia ser interpretado por aquele macho desprezível. Ela sabia que aquilo não era pela aproximação dele, e sim pelo terror que a invadia ao pensar no que ele dissera. Não poderia ser verdade. — É verdade. Por que pensa que ele tem mais de uma companheira? — Muitos machos de clãs nobres têm mais de uma companheira. — Rebateu Samanta. Vlad riu com escárnio, e retrucou: — E porque depois de tantos anos casado com tantas fêmeas ele não tem nenhum filho? Mesmo ele sendo o mais velho? Ela não possuía tal resposta. E havia sentido no que aquele lo
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Capítulo 119
O macho ergueu lentamente o olhar. E Samanta odiou como seu olhar era de vergonha. Ele não tinha nada do que se envergonhar, e ela queria dizer aquilo a ele. Mas em contrapartida, não sabia o que pensar sobre ele ter dito que ela era a escolhida, quando sabia que de sua condição. — Agora você sabe. Eu sou defeituoso. Samanta se diminuiu a distância entre eles, e respondeu: — Não. Vlad é defeituoso. Mas não minta mais para mim. Axel assentiu, e novamente baixou seu olhar: — Olhe para mim, Axel. Sempre olhe nos meus olhos, lembra? Axel não apenas olhou, mas diminuiu mais ainda a distância entre eles, parando a centímetros dela. Seus rostos muito próximos, ela podia sentir seu hálito quente em seu rosto. — Sabe o que significa casar comigo, não sabe? Eu não posso... Mesmo que você não pense nisso agora, um dia... Samanta colocou um dedo em seus lábios, o silenciando. — Você me disse que não pediria nada de mim. Considere o mesmo de você. Não te pedirei nada, Axel.
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