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Ela respirou fundo, e continuou caminhando em direção ao macho a sua frente. Ela estava de braços dados com seu primo, e o toque dele a causava asco, mas infelizmente, ela não poderia se desvencilhar dele como queria. Cada passo até aquele altar foi torturante para ela, quando finalmente chegou em seu futuro companheiro, o toque das mãos dele a puxando para longe de Julien funcionaram como um bálsamo. Ela não fazia ideia do porquê. Ela ergueu seu olhar para Axel Villin, e viu na expressão dele que de alguma maneira, as coisas ficariam bem. Ao menos naquele momento, quando havia tantas pessoas ao redor e ela podia sentir o olhar de todas elas em si, ela acreditou naquilo. Manteve aquele fio de esperança aceso em seu coração, para aguentar a cerimônia. Ela manteve seu olhar fixo em Axel todo o tempo que o macho ancião que conduzia o casamento falava, vendo neles um pequeno refúgio. Quando chegou o momento dela se ajoelhar diante dele, simbolizando sua submissão, ela baixo
Não podia ter filhos? Aquilo não podia ser verdade. Samanta olhou para o rosto de Vlad, e viu nos olhos dele que ele estava sentindo prazer em falar aquele absurdo. — Você está mentindo. — disse a loba. Vlad sorriu de modo maligno, e diminuiu a distância entre os dois. Samanta não recuou dessa vez, e o encarou nos olhos. Uma sensação terrível ameaçava se apoderar dela, a fêmea odiou como seu coração batia forte e como isso poderia ser interpretado por aquele macho desprezível. Ela sabia que aquilo não era pela aproximação dele, e sim pelo terror que a invadia ao pensar no que ele dissera. Não poderia ser verdade. — É verdade. Por que pensa que ele tem mais de uma companheira? — Muitos machos de clãs nobres têm mais de uma companheira. — Rebateu Samanta. Vlad riu com escárnio, e retrucou: — E porque depois de tantos anos casado com tantas fêmeas ele não tem nenhum filho? Mesmo ele sendo o mais velho? Ela não possuía tal resposta. E havia sentido no que aquele lo
O macho ergueu lentamente o olhar. E Samanta odiou como seu olhar era de vergonha. Ele não tinha nada do que se envergonhar, e ela queria dizer aquilo a ele. Mas em contrapartida, não sabia o que pensar sobre ele ter dito que ela era a escolhida, quando sabia que de sua condição. — Agora você sabe. Eu sou defeituoso. Samanta se diminuiu a distância entre eles, e respondeu: — Não. Vlad é defeituoso. Mas não minta mais para mim. Axel assentiu, e novamente baixou seu olhar: — Olhe para mim, Axel. Sempre olhe nos meus olhos, lembra? Axel não apenas olhou, mas diminuiu mais ainda a distância entre eles, parando a centímetros dela. Seus rostos muito próximos, ela podia sentir seu hálito quente em seu rosto. — Sabe o que significa casar comigo, não sabe? Eu não posso... Mesmo que você não pense nisso agora, um dia... Samanta colocou um dedo em seus lábios, o silenciando. — Você me disse que não pediria nada de mim. Considere o mesmo de você. Não te pedirei nada, Axel.
O céu estava nublado, e ao longe eles avistaram a colina e no topo a casa Geller. Uma construção de pedra de dois andares isolada naquelas colinas. Os lobos estavam cansados da longa viagem, e Henrique pensou em Alice. Ela havia ficado bem com a ausência deles? Pensou eles. Eles perceberam que havia algo errado no momento em que pisaram na casa Geller. Asher viu a casa vazia. Isso significava que a maioria dos lobos e famílias que aqui estavam quando partiu haviam partido para as montanhas, para os refúgios da alcateia. Contudo, como tantas pessoas haviam sido levadas quando o único caminho seguro para as montanhas estava repleto de pequenos postos do clã Coltrane, que controlava toda a Garden. Por ordem do Alfa Turner. Estavam levando as pessoas por caminhos alternativos e perigosos a meses por causa disso... Os dois machos tiraram seus casacos, e se entreolharam. De repente, uma fêmea de cabelos curtos surgiu. Ela segurava uma pilha de roupas, quando paralisou ao vê-los para
Dimitri olhou para as jovens que piscavam os olhos para ele, estavam em um bordel luxuoso da cidade de Gaigo, e vieram saber das garotas de cabelos de fogo que estavam atraindo tanta atenção. Cada garota a sua frente sonhava em ser umas das mulheres da casa Lótus Carmesim, e Dimitri sabia a razão. Até o rei reconhecia o valor da casa. Quando Dimitri se virou, viu seu irmão acompanhado de suas garotas ruivas, com olhos pretos profundos. Jovens demais pensou, e sabia que mamãe gostaria disso. As garotas estavam fazendo grande sucesso naquele bordel, contudo, não seriam apresentadas ao público por meses no mínimo. Passariam por um rigoroso treinamento. — Vamos para casa, mamãe nos aguarda. — disse Térsio. Dimitri se despediu das garotas a sua frente, e pagou o dono do bordel. Os dois garotos Sidorov se encaminharam para a rua e subiram em seus cavalos. Sobre as ruas geladas e sujas de Mihan, eles cavalgaram até a principal casa de prazer de sua mãe. A casa possuía três andares, e
Ahmet Coltrane abriu as portas do salão do Alfa sem ser anunciado. Nate Turner estava sentado em sua grande cadeira luxuosa, acima de todos eles. O lobo caminhou a passos largos até próximo do Alfa e seu olhar estava em chamas. E mesmo assim, ele se ajoelhou diante do Alfa de Armeni. Sua espada estava ao seu lado, e Turner o mandou se levantar. — O que o traz aqui, Coltrane? — perguntou o Alfa. Ahmet respirou fundo, e respondeu: — O meu território está sendo invadido pelos rebeldes, Garden está sofrendo com eles. Meu forte em Balt foi incendiado! — Senhora do fogo. Eu ouvi falar. — disse o alfa com desdém. Nate encarou o macho, e quando ouviu a menção da fêmea justiceira, seus olhos pareceram que iriam saltar das órbitas. — Devia tê-la trazido a mim, e não matado ela. Você a tornou um mártir, Ahmet. E mártires sempre causam agitações, seu próprio povo está se voltando contra você. E se continuar assim, vamos perder as principais estradas de comercio com o leste e oeste. Garde
— É uma viagem de um dia. — sussurrou Axel para ela. Eles estavam do lado de fora da propriedade Villin. Estavam nos primeiros raios da manhã, e Axel era como um sol nascente diante dela. Sabia que sua viagem era necessária, afinal, sua irmã Madeline estava de volta e seu pai o havia incumbido a missão de negociar um casamento com o Clã Van Back. Madeline já estava na idade de casar-se, e seu pai queria garantir o melhor casamento possível. Todos os Villin estavam reunidos do lado de fora do castelo, seus primos e outros irmãos mais novos que ele. Mais acima deles, parado nos portões estava o líder do clã Villin, Marco. Ele observava atentamente Samanta e Axel. Samanta levantou o olhar para Axel, e viu como suas pupilas estavam dilatadas, como seu cenho estava franzido. Sua boca entreaberta como se quisesse dizer algo. Então seu olhar foi para seu irmão Vlad, que estava na mesma linha parado entre os outros Villin, todos com suas roupas de seda e joias caras. Vlad n
— Ele abandonou tudo por ela? — perguntou Henry para John. O herdeiro da ilha tirou os olhos do cozido que preparava e olhou para ele. — Eu já disse que sim. Henry voltou ao seu estado pensativo. Estavam em uma clareira acampados, não muito longe do casebre onde James estava cuidando da fêmea. Henry coçou o queixo novamente, e olhou para a fogueira. — Ainda não entendo isso. Pensei que James não gostasse de ninguém além dele mesmo. — refletiu Henry. John estava preparando um coelho que Henry havia caçado, enquanto o macho estava sentado a poucos metros apenas fazendo perguntas tolas. — James sempre a amou Henry, mas ele é bom em esconder isso. — John algo está se agitando aqui, e você sabe que é por causa dela. Ela é uma agitadora, se Leon estivesse aqui diria a mesma coisa. John parou de mexer o ensopado e se voltou para Henry. — Não temos certeza que foi ela, e antes de dizer é melhor ter certeza. — Não se faça de bobo, você sabe que ela é a “senhora do fogo”