O vento soprava intenso em seu rosto, enquanto ele cavalgava sobre o cavalo branco. Estava retornando para o castelo Turner. Nate ainda se lembrava da destruição nas plantações que visitou, e como aquilo ainda não se encaixava em sua mente. Harrison desejava causar uma instabilidade com a falta de comida? Era isso. Queria dificultar sua relação com os clãs... Mas para que? Possivelmente atacar. Ele sentiu as primeiras gotas de chuva sobre o seu rosto, e pensou em James. Era para seu herdeiro estar ao seu lado, lutando contra um inimigo. Ao invés disso, estava perdido atrás de uma fêmea. Ele viu o oceano não muito distante, e sentiu algo se instalar em seu coração. De repente foi como se o ar fosse puxado de seus pulmões, e tudo ao seu se tornou um caos. Ele se viu encurralado, e tudo pelo o que seus ancestrais lutaram na grande guerra da conquista sendo derramado como a chuva. Nate colocou uma das mãos em seu coração, e não conseguiu mais se apoiar em seu cavalo, seu

Já anoitecia quando ambos chegaram no vilarejo. A chuva caía forte, quando caminharam pelas ruas lamacentas do vilarejo Sarvin. As pessoas com suas feições cansadas e correndo carregando seus pertences passaram por eles. Dimitri avaliou o vilarejo, pareciam ter boas tabernas. Quando um lobo passou por eles, César o parou para perguntar onde ficava a taberna mais próxima. O lobo no mesmo instante olhou para o ouro em seus brincos e pulseiras. — Como é o vinho de lá? O lobo olhou para Dimitri, vendo como suas roupas eram inferiores as de César, e com certeza notou sua cara de maltrapilho. No mesmo instante, a postura do lobo mudou, antes ele ficara surpreso com a aproximação tão repentina de Windsor. Agora que ele via o ouro reluzindo, mesmo carregando um saco de batatas em suas costas, ele sorriu sobre a chuva para César, e respondeu de modo amigável. — O vinho é excelente, posso levá-los até lá. Eu estava querendo beber algo antes de voltar para casa. César na mesma hora s

Axel olhou para a fêmea dormindo na cama. A chuva caía forte lá fora, enquanto ele atiçava bem a lareira, tentando manter a cabana quente e confortável para ela. Samanta já dormia por algumas horas, e desde que ele voltara a algumas noites atrás, Axel apenas conseguira se desculpar por partir. Não houve nenhuma explicação decente de sua parte, e ele se odiava por isso... Como poderia lhe dizer que ele se culpava? Ela não precisava de seus dramas internos, ela não precisa nem se sentir mal por ele, quando tudo que ele desejava era poder tirar toda a sua dor... Ele engoliu em seco, quando ela se moveu na cama, e simplesmente abriu os olhos. Axel desviou o olhar para o fogo, se sentindo um tolo. O que ela pensaria por ele a estar observando dormindo? Depois de tudo que ela passara? Ela o veria como a um pervertido, e isso com certeza o mataria por dentro. Por sua visão periférica, ele a viu se levantar lentamente na cama, se recostando na parede. Axel teve a impressão d

A chuva caia forte, os molhando até os ossos. O terreno estava ficando escorregadio, e ela já podia ver que o inverno logo se despediria. Ela sente a lama sobre seus sapatos, e o tecido grudado em sua pele, enquanto ela caminha pelo bosque ao lado de Axel. Vlad está a alguns metros à frente dos dois. Naquele momento, o macho olha de soslaio para trás, como se quisesse ter certeza de que a dupla o seguia. Ela fita suas costas largas, e começa a se perguntar o que irá acontecer quando chegar na propriedade do clã Villin. Samanta começa a passar várias possibilidades em sua mente, enquanto caminha pelo bosque. Vlad iria querer se casar com ela mesmo ela não sendo pura? Ele não parecia o tipo de macho que aceitava isso, na verdade, ele parecia desprezível. E sendo assim, seu orgulho não aceitaria, certo? Em seu coração, ela estava contando com isso. Conforme avançam, o terreno se torna mais pegajoso e lamacento. A noite estava escura, e com toda aquela chuva não era

Ele ouvia as vozes das pessoas em volta, e o vento cortante em seu rosto. Provavelmente estavam em um dia de feira, já que as chuvas haviam passado. O macho pisou no chão lamacento, ao mesmo tempo que uma criança passou por ele segurando um cartaz com o nome Xamã Imelda. A criança gritava segurando o cartaz sujo, convidando as pessoas para a tenda escura a poucos metros dali. James puxou o casaco mais sobre os ombros, e continuou caminhando com John ao seu lado. — Acredita que ela pode ter passado por aqui? — perguntou John, olhando para os lados. James suspirou, a verdade era que já tinham ido ao vilarejo onde ele presenciara toda a confusão com os lobos, e que ele tinha certeza de que Alice havia passado. Ele contara a John como havia sentido o cheiro dela na floresta perto da estrada ali, mas que não havia ninguém na caverna. — Talvez devêssemos retornar ao vilarejo onde você diz que ela passou... — sugeriu Chase. James se voltou para ele, e respondeu: — Não. Ela