( Renata Pellegrini) Observo em silêncio, sentada no banco com os braços apoiados sobre a mesinha da cozinha, Filippo abrir e pegar dentro da geladeira alguns pães com queijo e presunto, uma caixa de suco no sabor laranja. Ele coloca os copos na mesa e os enche com o suco, me entrega um, depois vai até o balcão e deixa os pães no microondas por trinta segundos. — É muito bom deixar comida pronta na geladeira, apenas para esquentar depois — falo para mim mesma, sempre quis fazer isso, mas nunca tinha tempo, e pior, cuidar de todas as refeições diariamente, me deixava ainda mais sem tempo, então eu estava sempre em um paradoxo — Você quem fez esse pães? — questiono num tom mais alto, quebrando o silêncio. A noite passada eu não dormi nada bem, tive um pesadelo horrível com o homem que estava tentando me sequestrar. Esse homem tinha voltado à vida, mas não com a aparência de um ser vivo. Sua cabeça estava estourada, era como um zumbir, ele corria rápido atrás de mim, e conseguiu me peg
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