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Todos os capítulos do Poderoso Wallace: Capítulo 21 - Capítulo 30
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Na manhã seguinte, acordei na casa do Josh e logo que abri os olhos, me dei conta de que ele não estava mais na cama. Eu estava começando a achar que o Josh tinha esse costume de deixar a pessoa acordar sozinha. O sol estava tentando passar pela cortina marrom do quarto. Passei a mão no cabelo e dei aquelas famosas “piscadas” fortes de quando você acaba de acordar. Melhor ainda que eu estava usando uma roupa leve que ele me emprestou, um short e uma camiseta.Por incrível que pareça, na noite anterior não aconteceu nada. Nós apenas jantamos, assistimos a um filme juntos e conversamos bastante. Acho que eu não estava no clima para transar, o que era muito estranho... Eu nunca estava “fora do clima” para uma transa, não importa a situação e o momento. Qualquer problema poderia ser esquecido na cama. Mas por algum motivo nem senti vontad
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Coloquei pasta de amendoim numa fatia de pão e enchi um copo de suco de laranja. Enquanto comia, fiquei relembrando o dia anterior e foi então que me dei conta: A hora! Acabei de comer e beber correndo, então subi de volta para o quarto. Tratei logo de entrar no chuveiro da suíte e tomar um banho antes de sair. Durante o banho, sentindo aquela água morna cair, comecei a pensar na Lauren. Fiquei tentando imaginar o que aconteceria se ela contasse para a minha mãe o que ela me contou. Nem imagino como minha mãe reagiria!Acabei o banho e me vesti rápido. Peguei a chave em cima da cômoda e desci de novo para sair da casa. Assim que passei da porta, tranquei pelo lado de fora e coloquei a chave no bolso. A sensação que tive era de estar “em casa”, como se aquela fosse a minha casa. Mas eu não queria pensar nisso naquela hora, apenas corri para o meu carro e
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Dizem que você só começa a dar valor a uma coisa depois que a perde, e nos últimos dias tenho visto o quanto isso é verdade. Depois daquela visita que deixou minha mãe encabulada, ela começou a agir como era antes de se revelar. Voltou a ser a “Rainha Benevolente” e boa mãe. Mas pena que eu tinha quase certeza que isso era só mais uma ferramenta dela pra não ser descoberta e presa para pagar o preço. Ela estava totalmente com a corda no pescoço e tinha medo que essa corda apertasse.Levantei cedo para mais um encontro com a Lauren. Dessa vez eu não sabia bem o que esperar. Eu tinha medo de chegar lá e dar de cara com a polícia com um mandado de prisão para mim, e isso não era difícil de acontecer considerando a dor da perda que a Lauren estava enfrentando. O que me consolava era saber que eles não poderia
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O nervosismo foi aumentando e aquela sensação de pânico também. Comecei a ficar ainda mais agitado e tentando entender onde eu estava. O cheiro daquele lugar era como se tivesse ficado trancado por um tempo... Tinha cheiro de um porão trancado há tempo. O som daquela goteira ainda estava ali, mas agora eu ouvia também o som da minha própria respiração de pânico.Abri a boca e senti que não tinha nada me impedindo de falar também, então aproveitei isso. “Socorro! Alguém aí? HELP!!!”Como já era de se esperar... Nada! Eu já sabia que ninguém iria me ouvir gritando ali. Aliás, onde era ali? Mas mesmo sabendo que não tinha ninguém para me ajudar, resolvi chamar de novo. “Socor....”Minha voz foi interrompida por outra voz vindo de uma
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Depois de ser drogado, sequestrado e levemente torturado, somente um pouco de descanso para a mente era o que eu precisava. Eu ainda precisava pensar em uma maneira de sair daquele maldito cativeiro onde a Lauren me prendeu junto com meu pai. Certamente era necessário um plano bom, até porque estávamos sem comunicação com o lado de fora... E era difícil! Nós tínhamos que dar um jeito de trazer a Lauren para o nosso lado. Mas como?Meu pai chegou a me contar sobre como ele foi parar ali. A Lauren o chamou até o consultório dela na ameaça de entregar aquela história sobre ele ser o culpado para a polícia, caso ele se recusasse. Sob ameaça, ele foi e ela então usou a mesma técnica com ele. Foi assim que comecei a entender o porquê de não ter nenhuma recepcionista ali... Ela não queria testemunhas, certamente. Afinal, pa
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Fui até a parte de trás, apaguei a luz e peguei a cadeira esperando pela entrada do cara tatuado. Meu pai então falou de novo no ouvido dela: “Chame agora! E já sabe, sem gracinhas!”Eu não podia ver mais nada, o quarto estava em total escuridão. Acho que nessa hora meu pai tirou a mão da boca da Lauren, mas certamente ele deve ter apertado ainda mais o canivete contra o pescoço dela para evitar dela gritar por socorro. Ela não pode resistir e então gritou: “Ryan, venha aqui agora, por favor! Aqui no quarto!”Logo ouvimos aqueles passos duros andando pelo corredor do lado de fora. Meu pai deve ter apertado a boca da Lauren de novo, pois ela estava em silêncio. Aproveitei para levantar aquela cadeira numa altura suficiente para acertar a cabeça daquele armário ambulante. A cadeira era mais pesada do que eu pensei,
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Brooklyn tinha sempre aquela imagem interessante na entrada. Fomos cruzando o centro até o subúrbio, em uma daquelas áreas que lembram os filmes de gangster. Finalmente minha mãe seguiu até um lugar que parecia um galpão abandonado e velho, e então ela parou ali. Fiquei na esquina, um tanto longe do carro da minha mãe para ela não me ver.“Onde estamos?” Perguntou a Lauren.“Brooklyn. Seguimos minha mãe até aqui.”Vimos quando ela saiu do carro e entrou naquele galpão. A elegância dela era vista mesmo de longe, naquele vestido preto e salto. Assim que ela entrou no galpão, meu pai e eu olhamos um para o outro por alguns segundos, então sem dizer uma palavra, nós saímos do carro. Meu pai abriu a porta traseira e chamou a Lauren para fora.&ldq
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Minha mãe levantou e olhou para ela com espanto. “LAUREN?”Logo depois a voz da Rebecca também. “Lauren!!!”O ódio na cara da Lauren estava visível. “Quando o Newton falou sobre o sequestro, eles estavam certos. Eu os sequestrei porque a irmã da Rebecca SOU EU!!! E cometi o engano de achar que eles eram os culpados.”A Lauren perdeu o controle e deu um tapa com quanta força tinha na cara da minha mãe sentada, e com isso ela caiu para o lado. Eu já tinha levado um daqueles tapas e sei como era, mas aquele foi muito mais forte.Ela então agarrou o cabelo da minha mãe a puxou para cima, e nisso ela bateu do outro lado da cara. Minha mãe ainda tentou reagir, mas a força que a Lauren ganhou na raiva foi incrível. Ela sentou em cima da minha mãe continuou
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"Vai ficar tudo bem!" Disse ele em voz baixa e calma.Nem tive o que responder, apenas dei um meio sorriso de lado e voltei o rosto para a janela. Acho que olhar as ruas de volta para minha casa em Manhattan era mais interessante naquele momento, ou pelo menos o que mais me faria esvaziar a mente de todos aqueles pensamentos sobre eu ter matado minha própria mãe.O trajeto dentro do carro estava completamente silencioso. Com certeza as irmãs não falavam nada em respeito a mim e ao momento que eu estava passando. Pelo retrovisor central do carro eu podia ver o rosto de preocupação da Lauren ao volante, e até um tanto de pena visto que ela mantinha um olho na via e outro em mim pelo retrovisor.Preciso da minha cama!Fomos atravessando a ponte do Brooklyn de volta para Manhattan do outro lado, e aquele caminho parecia mais longo que o
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30
Com aqueles bons pensamentos e boas lembranças, senti que minha dor de cabeça estava começando a aliviar e o choro já havia parado, embora eu ainda estivesse soluçando um pouco. Tirei o travesseiro de cima da cabeça e então deitei a cabeça de volta sobre ele. Enxuguei os olhos e funguei o nariz até, então continuei puxando essas boas lembranças até que minha vista foi pesando e meus olhos fechando lentamente. Caí no sono.Um flashback da minha vida. Eu estava correndo ao redor da casa. Devia ter 5 anos. Minha mãe não me deixou ir até a parte de trás... Provavelmente estava com medo de que eu caísse na piscina. Fiquei correndo dentro da casa, que naquela época parecia maior do que realmente era, visto que eu via as coisas de baixo. Brinquedos espalhados pelo chão da sala e empregadas arrumando a bagunça
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