Abro os olhos lentamente, sentindo as pálpebras pesando. Deitada de costas, vejo resquícios do que aconteceu na noite anterior passando pela minha cabeça, vagamente. Ao lembrar-me que vomitei em cima do Antonio penso em ficar reclusa dentro do meu apartamento para sempre. Provavelmente ele me xingará e humilhará quando estivermos cara a cara, não perderá essa oportunidade de certeza. Passo os dedos pelas têmporas sentindo uma leve enxaqueca, a minha boca está com um gosto horrível. Ouço duas batidelas na porta antes desta ser aberta sem cerimónias, confusa, vejo a silhueta masculina mover-se dentro do quarto escuro, excepto por alguns raios de sol teimosos que adentravam pela fresta das persianas. Ele vai até a janela e abre-as, deixando que a luz invada completamente o quarto. Eu semicerro os olhos, tentando acostumar-me àquela toda claridade. Pelos vistos eu não estava na minha penthouse como supus minutos atrás, mas era de se esperar, a minh
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