Início / Romántica / Profundamente Intenso VOL 2 / Capítulo 21 - Capítulo 30
Todos os capítulos do Profundamente Intenso VOL 2 : Capítulo 21 - Capítulo 30
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Alana olhava para Simon sem saber o que dizer. Estava com raiva dele. Raiva por ele ter se metido, se envolvido em algo que não lhe era respeito. Mas ele também era seu amigo, não queria magoá-lo. Encruzilhada cruel! Fitou Lisandra, numa esperança muda de que ela lhe dissesse o que fazer, como agir. Mas, o que a amiga disse só lhe serviu para fazer o estômago se embrulhar mais em culpa e remorso. — Está explicado por que o Ian bateu no seu melhor amigo, Alana. — disse a loira com melancolia; pois ainda podia pressentir muitos problemas vindos disso. — É por que ele viu aquilo que todos vêem, e que você fingi não ver. Viu que seu melhor amigo está apaixonado por você! Cassandra baixou os olhos, Vincent rolou os dele; Alana manteve os olhos em Lisandra e vice-versa, enquanto Simon mantinha os olhos nas costas de
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— E? — o Bennie retorquiu, arrogante. Ian piscou desentendido, e o outro lhe deu um empurrão no ombro, como que o mandando recuar. O que, obviamente, não aconteceu. — De repente você se importa com a Cassandra? Ah, qual é Ian. Você não é amigo de ninguém além de nós. — Amigo da Cassandra? — o loiro repetiu, parecendo considerar a idéia. — É, pode se dizer que sim, afinal eu admiro a capacidade que ela tem de suportar você. Acredite, não é para qualquer um! — sorriu desdenhoso. — Ora, seu... E é muito fácil agüentar você, não é?... Essa garota, Alana, está apenas uma semana com você e deixou bem claro hoje que você não é uma figura muito fácil também. Logo ela te dá um chute! Ian cer
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...Por que eu te amo. Foi o que pensou, mas não disse em voz. Já fora suficientemente ruim dizer que o amava e nada ouvir em troca – o que só acentuava ainda mais sua insegurança. Não iria fazê-lo de novo precocemente. Alana estava envergonhada. Estava ali, expondo a ele um de seus medos, e o modo com o qual Ian a olhava naquele segundo, como se estivesse lendo cada pensamento seu, só a envergonhava ainda mais. Baixou os olhos para as mãos arranhando levemente os joelhos por cima do moletom, querendo que aquela tortura silenciosa dele acabasse logo. A brisa gélida passava por eles, balançando levemente os fios longos e negros do cabelo dela. Quando ouviu um suspiro pesado, Alana tornou os olhos para cima, os seus chocando-se com aquele azul límpido. Olhar para os olhos de Ian a noite, era como ver um céu azul de dia claro numa noite negra. <
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Quando os leves raios solares atravessaram a janela, indo diretamente contra seu rosto Alana soltou um muxoxo contrariado à claridade repentina. Os olhos fechados foram cerrados com ainda mais força em contragosto à luz clara. Ela tentou mover-se, mas um agarre mais apertado se formou em volta de seu corpo a impedindo de virar para o outro lado e ainda sem abrir os olhos, Alana soltou uma leve e baixa risada. Lentamente foi abrindo os olhos, ainda piscando diversas vezes até se acostumar com a luz fraca do sol que transpassava a janela aberta mostrando um dia de céu poluído mais claro. Mas não foi para o céu lá fora que Alana sorriu, mas sim para a visão que tinha a sua frente. Com o rosto próximo ao seu, Ian dormia. E diante daquela visão seria impossível não sorrir da maneira boba como estava fazendo. Ele parecia tão... sereno. Observav
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Fechou os olhos então, deliciando-se em silêncio apenas com o som das últimas notas que Ian tocava naquela melodia lenta e triste. Tornou a encará-lo, e soube enquanto ele dedilhava as últimas notas, com o sol beijando-lhe a face e a ponta dos fios do cabelo arrepiado, que ele pensava na irmã. Uma dor preencheu o peito de Alana naquele instante. Ian sofria. Em silêncio. Mas sofria, e muito, pelo estado em nada alterado que a irmã se encontrava. Mas a dor e lamento de Alana foram disfarçados com um sorriso quando o som da última nota chegou-lhe aos ouvidos, quando Ian finalizou a música e lançou o olhar sobre ela. — Ual. — balbuciou ainda de maneira desconexa, entorpecida demais com o misto de sentimentos que a cercavam. — É linda. — Concordo. — Ian disse prontamente a fitando com uma intensidade que Alan
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— Ela é uma das nossas estagiárias, Ian. Das boas! — começou Frederick, suspirando resignado. Ele afrouxou o nó da gravata, voltando a encher o copo com outra dose do whisky caro. — Tenho recebido muitos elogios para com esta garota na empresa e acho que um dia, eventualmente, ela pode ser uma das grandes lá dentro. Isso se não desistir do estágio como todas as outras com as quais você dormiu, depois de lhes partir o coração! — dramatizou. Foi Ian a suspirar dessa vez, enquanto caminhava até a janela próxima ao piano ao pé que seu pai caminhava até sua mesa, esparramando-se na cadeira atrás dessa como se fosse a cadeira presidencial que ocupava na empresa. — Quantas vezes eu vou ter que pedir a você que não se envolva com as estagiárias e funcionárias da empresa, Ian?— Frederic
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David suspirou levemente enquanto seus ombros subiam e desciam de maneira lenta, antes de voltar seus olhos para os de Lisandra. A Sheroman lhe sorriu, e era aquele sorriso que fazia seu peito aquecer. O sorriso de quem amava. Um sorriso que o mostrava, que o dava a mais certeza absoluta de que não estava sozinho. — Não estava pensando em nada. — ele disse, estreitando o próprio olhar com a estranheza da fala sincera. — Em nada? — Lisandra torceu os lábios, com um brilho desconfiado e divertido no olhar. David assentiu. — Em nada. — reforçou. — Estava apenas... Sei-lá. Deitado. Não tinha nenhum pensamento em especial... — Hum... — murmurou a Sheroman, não entendendo nada. Por fim, sorriu. Seu David era mesmo uma criatura confusa naturalmente, e ela adorava aquilo, adorava a confusão qu
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Fábio soltou um leve riso, assentindo em concordância a tudo o que o amigo dissera. Por fim, após beber mais um pouco de sua bebida, continuou a conversa com um sorriso perverso no canto dos lábios. — É, eu tenho de dizer meu amigo... Como pai, você criou um péssimo filho. Mas como homem... criou um grande Norton!... Ian não baixa a crista para ninguém, nem mesmo pra você... Será um grande homem, tenho de admitir. Por um instante Frederick encheu-se de orgulho do filho; definitivamente Ian seria um grande Norton, um incrível empresário. Mas então, ele se perguntou, a que preço. A que preço estava pagando para fazer do filho uma cópia sua aprimorada nos negócios?... Estava ganhando ao criar um gênio em negócios e arrogância, mas perdendo drasticamente em como criar um filho. F
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Alana silenciou-se. Não havia nada a dizer, nada poderia ser dito depois daquilo. Entendia a dor de Ian, ainda que sentisse que este escondia-lhe muitas coisas acerca do acidente de Yara. Mas também, depois daquelas palavras, compreendeu a dor de Frederick. Compreendia os motivos que levavam Ian a ser contra o desligamento dos aparelhos de Yara, tanto quanto compreendia os motivos que levavam o senhor Norton a ser de opinião oposta. Sem se dar conta, Alana estava se envolvendo numa situação que futuramente a deixaria entre a cruz e a espada. Um suspiro alto lhe interrompeu os pensamentos e a garota tornou o foque de seus olhos para o senhor Norton, que retornava a sua mesa, tomando seu tão bem ocupado assento presidencial. — Você pode ir agora querida, e me desculpe por tomar seu tempo além do necessário. — disse ele a Alana com um sorriso cortês. — N&atild
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Observava o entrelace de sua mão na dele com um singelo sorriso nos lábios. Bocejou. Não mentiam quando diziam que viagens como aquela eram cansativas, ainda que estivesse num luxuoso avião, bem iluminado e cheio de pessoas prontas a servir o que quisesse e quando quisesse. — ... Eu não quero saber. Vai ser do meu jeito, ou não vai ser de jeito nenhum. Estamos entendidos? Alana tirou os olhos de seus dedos enlaçados aos de Ian, subindo o olhar para a face do loiro ao seu lado. — Problemas? — indagou ela, quando Ian desligou o celular no qual vinha se mostrando numa conversa bem irritada com quem quer que fosse do outro lado da linha. O Norton largou o aparelho, fitando a garota ao seu lado com um sorriso torto no canto dos lábios. Subiu e desceu os ombros de maneira lenta, despreocupada. — Não,
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