Fiquei parado na frente do tambor de água, olhando o corredor vazio, a Bia chegou logo depois de mim, colocando-se ao meu lado: – Ela não está aí, né? Não respondi nada, apenas pulei o tambor, enfiando-me no espaço exíguo, entre a parede e o muro, tinha uma tábua de madeira laminada encostada no muro, geralmente, ela apoiava as costas na parede da casa e os pés no muro em frente, como o espaço era minúsculo, ela ficava com as pernas encolhidas, era onde ela escondia o rosto entre os joelhos e desejava que o mudo acabasse, como dizia a Amanda, a esquerda ficava o resto do corredor com o tambor na saída e a direita a tabua onde ela apoiava-se e riscava seu nome várias vezes, algo ali me surpreendeu, pois entre tantos nomes dela ali, havia o meu também, ela havia escrito meu nome várias vezes também, e algumas até junto ao seu, assim como casais de namorados fazem em arvores ou muros: Leonardo e Isabelle. Te Amo Leozinho, Leozinho meu amor, e coisa
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