10. Capítulo
A brisa suave da noite de verão refrescou o meu rosto, fazendo um calafrio percorrer minha coluna. Eu ainda estava sozinha, apoiada no corrimão gelado da sacada, encarando com raiva a tela do meu celular, que novamente me dizia que a ligação não pode ser finalizada. Todos já haviam chorado por isso, começando a entrar em um constante nervosismo por não conseguirem mais contato com os seus parentes e amigos. Eu controlei bem a minha ansiedade até então, mas temia vê-la saindo de controle a qualquer instante. Finalmente desistir e coloquei o celular no bolso, recusando-me a ver as redes sociais repleta de mais repercussão dos casos, debates intermináveis sobre qual seria o destino das cidades e textos de lutos que só faziam meu coração doer mais. Quando olhei novamente para o cenário embaixo de mim, voltei a me atentar para os gemidos. Eles não haviam cessado nenhuma vez desde que eu estava ali, mas as vezes eu quase conseguiria distrair-me deles, quando havia algo para prende
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