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Todos os capítulos do Endlessland: Rainha das Cinzas: Capítulo 71 - Capítulo 75
75 chapters
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 Não. Noah e eu nunca daremos certos, nunca ficaremos cem por cento confortáveis, mesmo que as coisas se resolvam de um modo consideravelmente bem. Ele é humano, mortal. E eu... Já cometi esse erro antes e insistir no erro acarretaria em consequências que eu me recuso a imaginar. Será tarde demais? Será que eu errara e sequer notei? Talvez, ou não me sentiria como me sinto nos momentos em que estou com ele. Não me sentiria tão culpada e com medo de estar com ele. Não! Ainda posso evitar isso!Passo tempo demais negando que possuo sentimentos pelo humano, que tampouco considero meus sentimentos pelo feérico. De formas distintas entre ambos, mas existentes. Com Noah é aconchegante, nostálgico e instigante; com Terence, desconhecido, provocante e ardente. A paz e a perturbação, uma de cada lado da balança. O errado
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Terence desenha pequenos círculos em meu braço, ao mesmo tempo em que beija suavemente meu ombro. A água da banheira cobre o suficiente de nossos corpos com a espuma branca e aromática de jasmim depois que transamos de novo, enquanto o chuveiro a enchia e nos molhava, levando ralo abaixo toda a sujeira da floresta e o suor dos lençóis bagunçados.— Freya nos matará pela demora. – Falo observando o movimento que a palma da minha mão faz contra a superfície da água. Nem dentro e nem fora apenas boiando entre o limite que romperá o tênue contado se a puxar dali ou a afundar.— Fomos atacados na cachoeira e havia fila para comprar a comida. – O feérico sugere a meia verdade em que estou pensando desde que decidimos levar a indescritíveis sensações para fora do quarto. Sua boca toca meu pescoço, provocante e morna, enviando cur
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O olho de relance e fixo a vista no trânsito relativa e estranhamente calmo para a quantidade de pessoas nas ruas. É quase dia das bruxas e todos se preocupam em entalhar aboboras, enfeitar as frentes das casas com esqueletos e teias de aranha e pendurar luzes em forma de morcegos. Ao pôr do sol no dia de Samhain, todas as crianças sairão fantasiadas para pedir doces e se entupir deles em menos de um dia. Victor costumava reclamar que seus amigos da pediatria ficavam infelizes e muito mais cansados com os plantões extras, apenas para diagnosticarem dores de barriga ou intoxicação alimentar. Sem falar nos dentistas, que com certeza ganham uma grana alta nas semanas seguintes. Sou injusta se negar ter consumido chocolates para um ano inteiro no meu primeiro halloween no mundo mortal. Victor não gostou de me ouvir reclamar por uma semana de dor no estômago. Por sorte, elas nunca voltaram. — Estava lembrando de uma pessoa. Alguém que não vejo faz séculos, literalmente. –
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— Pelos ancestrais! O que aconteceu com vocês dois? Freya no aborda assim que passamos pela porta do apartamento com sacolas cheias da melhor comida mexicana que se é possível encontrar em Nova Orleans. Ela pula do sofá em frente a lareira flamejante como um gato pula de um muro, rápida e graciosamente. Noah apenas ergue os olhos do livro que lê e o fecha segundos depois, ainda assimilando nossa presença de volta. — Fomos atacados na cachoeira. – Terence responde e apoiamos as sacolas sobre o aparador ao lado da porta. A bruxa parece tão furiosa pelo atraso que sequer se opõe a gordura que ensopa seu móvel. Sinto os olhos do feérico sobre mim e mantenho os meus na bagunça de ervas, cristais e livros sobre a mesa de jantar e a mesinha de centro e finjo certo interesse em tudo isso. — A fila do restaurante estava enorme. Ninguém quer cozinhas perto do seu dia especial, Freya. Merda. Fixo a atenção na mulher de longos cabelos marrons e lisos e
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  —Você fala demais fadinha petulante! Conheço pessoas que pagariam altas quantias pela sua língua feérica!  – Freya retruca torcendo o nariz para ele que sorri de canto sarcasticamente. Então será assim que a bruxa leva a vida? Comprando e vendendo itens – corporais ou não – para outros como ela. Estremeço com a ideia de como um mercado oculto de bruxas e feiticeiros pode se parecer e meu estômago reclama os tacos. Ninguém pode imaginar que essa linda morena é capaz fazer tais coisas, mas também, ninguém imagina que ela pode ser mais do que uma charlatã, iguais as outras na praça. Um belo e inteligente disfarce, Freya. — Adoraria assistir. – Noah murmura em meu ouvido e estremeço de novo, por não ter reparado que ele se movera para perto. Reviro os olhos. — Ignore-o. – Falo dando um passo à frente. Terence me lança um olhar divertido que finjo não notar. — Freya, porque nos mostrou o espelho? — Acredito que gostariam de sab
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