Todos os capítulos do Quem não tem cão, caça com suco!: Capítulo 31 - Capítulo 33
33 chapters
Capítulo 30
— O combinado não era dividirmos a sobremesa? — Giovani encarava a amiga, que levava à boca mais uma colherada do waffle com sorvete de chocolate.— Estou frustrada. — Raspou o prato com a colher, quando, na verdade, desejava limpar a calda de chocolate com o próprio dedo.Daisy descontava sua insatisfação na comida desde o dia em que deixara o diretor parado no corredor do hospital. Além de seu amigo, a família já havia percebido que algo andava muito errado com ela. Suas visitas durante a madrugada à geladeira sempre deixavam rastros pela casa.— Nem deu para notar. — Retirou o prato da frente dela, ganhando um olhar de reprimenda. Não se importou; a situação parecia fora do controle. Não dava mais para aguentar aquela rabugice por muito mais tempo, pensou. Daisy era uma amiga maravilhosa, quando não estava imersa em uma piscina
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Capítulo 31
Saulo estava um bagaço. Na verdade, sendo sincero consigo mesmo, talvez esse nem fosse o termo correto. Uma palavra mais chula, quem sabe ofensiva para ouvidos alheios, poderia muito bem caracterizar suas emoções desde seu último encontro com Daisy.A pesquisadora o evitava; ele, por sua vez, fazia o mesmo com a mãe, depois de uma terrível discussão; o trabalho parecia brotar como erva-daninha; e, para ajudar, ainda existia a incerteza sobre ter se apoderado do dom.— Será que fiz tudo isso por nada? — ele se perguntou.Era óbvio que ele poderia usar o seu cargo como desculpa e chamar a pesquisadora até sua sala, e esse pensamento lhe veio à mente em diversos momentos. Entretanto, lá fundo, Saulo ainda possuía um pouco de racionalidade. Como diziam os mais velhos, se ele errasse uma vez, poderia justificar como “sou humano”, mas, uma segunda vez...<
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Epílogo
E eles viveram felizes para sempre.Fim. Fechou o diário, permitindo um suspiro de puro alívio e satisfação. Mais uma história concluída com sucesso. Ergueu os braços, tentando aliviar o peso sobre seus ombros. Um estalo em sua coluna a alertou do perigo em manter-se horas a fio presa em sua cadeira.— Essa foi difícil, hein? — Apoiou o corpo sobre o objeto que deveria ficar escondido. Costumava ter cuidado, mas o cansaço teimava em nublar seu raciocínio. — Desculpe, te assustei.Ofereceu uma caneca de café fumegante à pessoa que adorava cutucar o destino e que tinha como função escrever os tópicos da trama, mas o desenrolar dependia dos participantes.— Um pouco. Faz anos que essa família está na nossa mira. Esse casal já estava prometido há muito tempo. Ainda bem que agora
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