Meu corpo flutuava sobre um campo repleto de rosas azuis; o aroma e a brisa eram incríveis. Não desejava sair dali, experimentava uma paz avassaladora, como se aquele fosse meu lugar. De repente, um ruído distante rompeu o cenário, passos apressados e uma voz chamando de longe.Meu corpo virou-se em todas as direções em busca do dono daquela voz, mas em vão. A ausência desencadeou uma angústia, substituindo a paz que permeava meu ser. Fiquei nesse estado até avistar o que parecia ser a forma de uma mão enorme e transparente, delicadamente segurando meu braço e me puxando para longe. Sentia-me leve, como uma boneca de pano guiada por mãos invisíveis, enquanto o campo, as rosas, a brisa e o perfume se distanciavam. Foi então que percebi que aquilo não era real, e eu estava retornando à minha realidade.Meus olhos estavam pesados; tentei abri-los, mas sem sucesso.— Por que ela não acorda, Estela?Ouvi a voz alterada de Lucian ao meu lado; suas mãos seguravam uma das minhas com firmeza, e
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