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Todos os capítulos do A viagem da minha vida : Capítulo 11 - Capítulo 20
34 chapters
Capítulo onze
“E se quiser saber pra onde eu vou...Pra onde tenha sol, e pra lá que eu vou”.Jota Quest Depois de ter feito amor com Cristina, ela deitou sobre o meu peito. Fiquei fazendo cafuné em sua cabeça, até ela adormecer. Permaneci ali, pensando.Ela tinha total consciência de que nós iríamos embora, ou será que ela tinha a esperança de que eu fosse ficar?Algumas horas depois, ela acordou, e eu nem tinha dormido ainda.         — O que foi? — perguntou, me olhando com curiosidade.         — Nada, só pensando.         — Pensando no quê? — Agora lascou!         — Nada demais
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Capítulo doze
“Tinha em mim todos os sonhos do mundo”. Fernando Pessoa Assim que acordamos, tomamos um banho e saímos pela cidade. Eu queria conhecer todos os lugares e saber se tinha alguma balada boa no pedaço. Apesar de a cidade ser pequena, demorou para achar um lugar que parecesse bacana.Levantei uma sobrancelha e sorri. Acho que a cidade toda estava se acotovelando para entrar numa boate meio escura escondida. Algo dizia que ali estaria nossa diversão. Cutuquei Brian, que estava do meu lado, e apontei com a cabeça na direção do lugar.         — Acho que aqui vai ser legal. O que acham?         — Tá doido?         — Acho que vai ser legal também. — Carter já começou a andar e
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Capítulo treze
“Para hoje, distribua sorrisos. Com certeza alguém sorrirá de volta”. Desconhecido A noite até que foi boa, bastante animada. Acabou que os seguranças desistiram de pegar a gente. O pessoal tinha gostado mesmo. Os verdadeiros artistas chegaram, e estava tudo tranquilo. Os meninos... bem, estavam felizes com as meninas, ficaram se pegando. Só não gostei muito porque eu fiquei chupando o dedo, olhando para a cara de enjoada da Beatriz. Era uma cara de quem chupou limão. Eu estava detestando tudo aquilo. Eu não a entendia. Em um instante ela estava de boa; e agora, com essa cara. Mulheres... quem as entende?Mas eu um dia as decifraria, isso você poderia apostar.Ela se levantou e saiu. Fiquei ali, bebendo minha cerveja, e quando acabou, nem quis esperar o garçom, simplesmente fui até o balcão, pegar mais uma cerveja
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Capítulo quatorze
“Me faça um gesto, me queira perto”. O Tetro mágico O restante da noite foi agitado. Eu estava esperando o momento certo para cobrar minha aposta com a Beatriz. Podem me chamar de bobo, de ridículo, mas eu queria que fosse especial, tanto para ela quando para mim.Guilherme indicou a mim um lugar bacana para acampar, tinha um píer, com um farol, e segundo ele, noites como àquela eram lindas vistas dali. Agradeci para ele.Quando foi se aproximando uma da manhã, pedi para os meninos chamarem as meninas, porque iríamos acampar em outro lugar. Eles me olharam surpresos, mas pegaram nossas coisas, e fomos até o outro lado da praia.         — Nossa, que lindo isso. — Carter largou as mochilas para admirar a vista.         — John, voc
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Capítulo quinze
“Loucura é só um ponto de vista”.  Jonny Deep. — Mas, o que a gente vai fazer lá? — perguntou Beatriz.         — O que tem de especial lá? — Carla se virou para Carter ao perguntar.         — Tem uma ladeira. — Apressei-me em dizer         — Ah, grande coisa. Uma ladeira... Vão subir ela? — Bianca falou, gesticulando.         — Bem, minha querida, a gente não quer subir ela, e sim descer ela.         — De patins.         — E com uma coisa especial.         — Coisa especi
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Capítulo dezesseis
“Um cavaleiro mede seus valores por seus feitos”. Os cavaleiros da távola redonda. No dia seguinte, levantamos cedo, tomamos café juntos, curtimos uma piscina do hotel, e lá pelo meio-dia, fomos embora.No avião, aconteceu a mesma coisa da outra vez: Beatriz grudou em minha mão e não soltava por nada. Eu achei que isso fosse uma desculpa dela, mas quando olhei em seu rosto e vi que ela estava pálida, parei de achar graça e tentei confortá-la.         — Calma, relaxa, não precisa ter medo.         — É maior que eu, John. Eu não aguento. E se o avião... você sabe... — falando baixo — cai?         — Mas não vai.     
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Capítulo dezessete
“É que uma rosa não nasce no jardim de um coração que chora”. Palhaço Paranoide Aquela montanha me chamava. Decidi subir até lá. Queria sentir um pouco de paz, tirar essa angústia do meu peito, queria tirar da mente tudo aquilo que meu coração insistia em lembrar.Peguei a mochila e comecei minha escalada. Claro que não em disparada. Fiz isso no meu ritmo devagar, quase parando. Estava cansado, com falta de ar, minha cabeça girava, mas eu precisava chegar lá.A cada dia que passava, eu me sentia mais cansado, com mais dor, minha cabeça latejava, doía, meu coração chorava cada dia mais... Eu não queria morrer, eu queria viver!Peguei um galho de árvore, e me apoiando nele, cheguei até o topo... quer dizer, não ao topo, topo, mas cheguei
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Capítulo dezoito
“Seus feitos são seus monumentos”.Extraordinário JohnFicamos ali sentados por algum tempo. Ela chorou até adormecer encostada no meu ombro.Senti pena dela. Terminar assim no dia do casamento era difícil, ainda mais se seu noivo tivesse fugido com outra, e essa outra fosse sua mãe.Pensei mais uma vez na vida, em como ela fazia as coisas para talvez corrigir um caminho.Se não fosse minha doença, eu não estaria aqui. Se não fosse a tristeza de Beatriz, ela não estaria aqui, estaria casada com outro cara.Talvez fosse nosso destino nos encontrarmos nesse exato momento, um momento difícil e delicado para ambos. Será que se algo tivesse acontecido, algo do tipo eu ter ficado para me tratar, eu iria conhecer ela?Entre tudo o que eu sentia sobre esse maldito tumor, pela primeira
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Capítulo dezenove
“Hoje ninguém vai estragar meu dia”.Charlie Brown Jr. Andei por algum tempo. Tinha caído atrás do mosteiro, perto da montanha. Essa tinha sido até agora a coisa mais legal que eu tinha feito. Sentir o vento no meu rosto, ficar e ver o mundo, literalmente. Tinha feito bem a mim. Eu estava superanimado para o que viria a seguir.Quando afastei um galho de árvore, avistei os meninos na porta do mosteiro. Acenei para eles, que vieram até mim, me ajudando.         — Onde você estava? — Carter perguntou, ofegante, provavelmente por causa da corrida.         — Caí atrás do mosteiro, perto da montanha.         — Você está bem?      &n
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Capítulo vinte
“Se eu tivesse tomado um atalho numa rua qualquer,que tipo de pessoa eu seria?”O Teatro Mágico. A noite foi tranquila. Eu queria repor as energias. Minha cabeça doeu a noite toda, e eu... bem, eu pedia a Deus para esperar mais um pouco.Assim que amanheceu, decidi que já estava na hora de partir. Não queria ficar muito tempo em um lugar só, afinal, o tempo era curto, e eu não sabia quando ele poderia acabar.— Para onde vamos?— Vamos passear, depois decido, Beatriz.— Por que tudo tem que ser sempre um mistério?— Porque eu fiz uma promessa, e eu irei cumprir ela.— Qual?— Um dia eu te conto.Estávamos na frente do mosteiro, esperando o motorista. Eu só esperava que não fosse aquele doidinho que nos trouxera aqui, porque se fosse,
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