Senhor, me diga, o que eu fiz pra merecer isso? Eu devo ter salgado a Santa Ceia, só pode! Ali, deitada no chão frio, eu percebi o quanto eu sou sortuda em ser azarada. Sem casa, sem dinheiro, entrando no negócio mais maluco da minha vida e agora no meio de um assalto que só Deus sabe como vai acabar. Tantos dias, tantos bancos, tantas horas e isso tinha que acontecer justamente conosco. Acho que qualquer pessoa duvida que possa acontecer tanta desgraça na vida de alguém. Bom, eu duvidava, então um conselho: nunca duvide. – Mas que inferno, hein. – Reclamei enquanto Sebastian pressionava minha cabeça contra o chão para que eu continuasse abaixada. – Fica quieta, Luiza! Quer morrer? – sussurrou. A funcionária ao nosso lado não parava de chorar. Isso seria aceitável se ela não fosse escandalosa. Acho que o banco todo podia ouvi-la. – Ô, querida, será que dá pra calar a boca? Tem gente aqui querendo viver. – falei. Ela i
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