De repente, não mais que isso, Calíope ainda me sorrindo, quase flanando, levanta-se como um suspiro, num pé de pensamento, quase uma brisa, e pôs-se a caminho da saída, por entre toda a gente, até desvanecer em meio a esfumaçada e colorida atmosfera densa deixando muito mais do que só o aroma de seu perfume para trás. Ela realmente havia me inspirado. Não saberia explicar o que ela me inspirou, mas me fez pensar nisso tudo que disse sobre frases musicais, acordes como versos, a música como um poema, não como metáfora de um poema, mas literalmente um poema de frases simplesmente sonoras, sentimentos sem palavras, algo abstrato, só que arranjado na forma de hexâmetro dactílico. Tudo isso ficou ressoando na minha mente obsessivamente desde então; crescendo como uma vida dentro da minha cabeça e se espalhando pelo meu corpo todo. Mas faltava um
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