Salustiano ficara "encucado" com a provocação do cearense, mas não chegava a outra conclusão que não o fato de Henry ou Edvaldo ter o seu "pivete". Ele precisava de uma maneira própria de levar o guri ao médico na madrugada, de fazer a feira com muitos legumes para a criança, de levá-lo ao circo e à matinê domingueira, de deixá-lo na escola em um veículo respeitável e, quem sabe, do guri já crescido ir sozinho à faculdade. De maneira quase consciente, Salustiano queria, assim como Queiroz tinha abdicado de sua maior paixão, dar-lhe algo que fosse tão importante quanto. Ele acreditava que deveria fazer o mesmo, pois sua maior paixão era, na verdade, seu filho e acreditava que sua atitude enciumada seria perfeitamente compreendida por Edvaldo. Edivaldo chegou cedo, Salustiano o havia chamado para uma volta na caminhonete F350. Seguiu pelo Engenho Velho onde ouviram um grito: — Ô, pau de fogo — Edvaldo admirado olhou para o pai. — Pau de fogo?
Ler mais