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~31~ Anabella
Observo Camille dormir calmamente, sua respiração lenta faz seu peito subir e descer devagar, seu braço esquerdo tampa seus olhos, acredito que seja pela claridade que invadiu o quarto lá fora o sol brinca de aquecer tudo ao seu redor, eu não faço a mínima ideia de que horas são, mas acredito que seja quase onze pelo menos é o horário que eu costumo acordar. Tento fazer o máximo de silencio possível ao sair da cama, Camille tem um sono muito leve e não gostaria de acorda-la. Fomos dormir muito tarde creio que ela deve estar cansada, não só pela energia que gastamos ao fazer amor por horas, mas pela viagem também que foi cansativa e em nenhum momento ela me deixou pegar no volante para revezarmos. Parada de fren
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~32~ Camille
Quando eu acordei ouvi o barulho do chuveiro ligado e Bella já não estava mais na cama, fiquei com preguiça de levantar e esperei que ela voltasse. Não tenho o costume de acordar tarde nem mesmo quando vou dormir de madrugada. Senti uma presença no quarto, do banheiro não se ouvia mais nada certamente Bella estava me olhando, então perguntei o que era e ela falou das minhas costas que estavam vermelhas. Se não tivesse aí sim seria motivo pra surpresa, o fato de ter conseguido passar confiança para ela fazendo com que se entregasse me deixou muito feliz. Depois que sai do banho sua pergunta me chamou atenção em relação ao filho que perdeu, não falamos disso em nenhum momento. Falei que independente da sua escolha estaria ao seu lado, então sua pergunta sobre a minha vontade de ser mãe fez minha mente viajar para longe me r
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~33~
— Para, para. - Bella pedia enquanto se debatia na cama. — Menina acorda, Anabella. - Camille sacudiu a jovem fazendo a despertar e se recolher na cama por ainda não assimilar onde estava. — Shi, sou eu Camille. Está tudo bem, foi só um sonho ruim. - disse se aproximando devagar e puxando Bella para um abraço. — Você está segura. - Tentou confortar, enquanto a jovem respirava ofegante em seu peito. — Ele não sai da minha mente, ele não me abandona. - Falou com a voz tremula dando indicio de choro. — Ele quem? - Camille perguntou, mas não se ouviu respostas. Se ajeitou na cama com Bella ainda no seu abraço e ficou acariciando o rost
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~34~
Bella terminou de fechar o restaurante quando seu celular tocou, na esperança de ser Camille atendeu sem nem olhar o visor direito. — Amiga, hoje você vai dormir aqui ou não? - A jovem relaxou o corpo ao perceber que era Mônica. — É você ... Estou fechando agora em 30 minutos estou aí. - disse e desligou a ligação. Do lado de fora Fernando seu funcionário a abordou assustando-a — Eu ainda não consigo acreditar que você virou minha chefe cachinhos. - Indagou próximo a jovem. Ler mais
~35~ Camille
8 meses depois **-**-**-**-** Hoje, especialmente hoje me sinto ansiosa, nervosa e feliz, quero ser otimista então não irei mencionar um pouco do medo que as vezes me deixa inquieta. Talvez Bella tenha razão sou uma romântica disfarçada, mas que não consegue disfarçar nada. — Camille sai logo desse banho, vamos acabar chegando na hora da janta. - Ouço sua voz ao longe repreendendo-me por demorar. Saio do box pegando a toalha passan
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~36~ Anabella
Estou me sentindo extremamente feliz, não imaginava que Camille iria querer oficializar no papel nosso relacionamento. Achei que o fato de estarmos morando juntas era o suficiente para ela, mas pelo visto não.Agora voltando pra casa observo essa mulher maravilhosa ao meu lado dirigindo com um meio sorriso em seus lábios e focada no trânsito. Viro meu rosto para o lado da janela afim de ver a paisagem, mas com a noite nada pode ser apreciado além das estrelas que está no céu.Olho para elas e uma que se destaca em todas chama a minha atenção, observo seu brilho e fico a pensar na minha vida em como tudo mudou em um ano, o falecido do meu ex que foi um choque para mim quando soube de sua morte, ele quase me matou, mas quem morreu foi ele.
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~37~
A semana correu na mesma rotina para Camille e Anabella, ambas ocupadas em suas tarefas trabalhosas. Sendo hoje sexta-feira Barcellar decidiu sair mais cedo do trabalho e fazer uma surpresa para a jovem buscando-a no serviço e juntas passear na praia como sempre faziam quando tinham tempo. Camille dirigia pensativa até o restaurante pensava que Bella estava mesmo decidida para visitar o pai amanhã, mas temia no que esse encontro poderia causar na estudante. Tinha medo que isso fizesse suas cicatrizes sangrarem novamente já que estavam em processo de cura. Apoiou a decisão, mas estava retraída. No relógio marcava dez e meia o horário que o estabelecimento começava a esvaziar, Camille estacionou o carro e foi para a calçada entr
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~38~
— Mãe cheguei com uma visita surpresa. - Laura gritou assim que abriu o portão. — Trouxe minha farinha? Quem é essa gente Laura? - Isaura questionou. — É Belinha mãe, filha do seu Osvaldo, sua memória tá ruim mesmo hein, essa moça aqui é noiva dela. Vou lá buscar a farinha quando vi o carro parando em frente à casa dele, fiquei olhando já que o homem não recebe ninguém. - Laura disse e saiu. — Anabella, quanto tempo minha filha, vem cá me dá um abraço - Isaura pediu tirando o avental do corpo. — Muito tempo, saudades da senhora. - A jov
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~39~ Anabella
Sinto uma mão alisar meu braço, meus olhos estavam pesados demais para conseguir abri-los, minha cabeça lateja tanto de dor quanto de informação com tudo o que aconteceu. Se eu bem conheço essa família me deram calmante, mas eu nunca gostei do efeito desse medicamento por deixar meu corpo molengo. Por outro lado, me fez bem eu estava muito fora de mim.  Me viro para Camille ficando de frente pra ela, abro meus olhos para vê-la e os seus me encaram preocupados.  — Que horas são? - Pergunto baixo, vejo minha noiva levar o braço perto do rosto e olhar seu relógio de pulso para me responder.  — Cinco e vinte. - respondeu baixo.  Ler mais
~40~ Camille
Sinal vermelho, poucas pessoas na rua, ônibus lotado, não importa se o dia ainda está amanhecendo, o Rio de Janeiro já está acordado há muito tempo e junto seu ar tórrido. Sair de casa antes das seis nunca foi tão difícil desde que Bella mora comigo, me despedir é a parte que menos gosto mesmo sabendo que no fim do dia ao chegar nos veríamos. Uma ligação chama minha atenção, fazendo meu foco voltar para o trânsito. — Oi Mônica, Bom dia. — Falo atendendo via bluetooth. — Bom dia tia. — Deseja e sinto uma hesitação em sua voz. — Você tem um tempo para conversarmos? Ler mais