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Todos os capítulos do Hart - Livro III: Capítulo 21 - Capítulo 25
25 chapters
21. A Guerra Começa de Verdade
As chamas logo se apagaram. Não conseguia ver se foi algum tipo de defesa do castelo ou se havia sido Leone que estava brincando com a cara deles mais uma vez. Mas era bem provável que fosse as duas coisas. Tentei desesperadamente sair daquele lugar. Era muita crueldade me fazer assistir aquilo sabendo que eu estava de mãos atadas. Mas mesmo sabendo que já havia feito de tudo, continuei tentando achar uma forma de voltar para Monterra. Tentei novamente magia, tentei encontrar passagens e tive que resistir ao impulso de pular para cima do espelho. Nada funcionava. Eu estava condenada a ver a Capital sendo destruída e não poder fazer nada para ajudar. Neandro, Tales e Cosmo estavam fazendo a defesa, enquanto Lifa e Thalisa faziam a retaguarda. Vários soldados estavam espalhados em pontos estratégicos, atacando cada avanço que Leone e seu exército davam. Leone brincava no céu com seu cavalo alado feito de sombras. Mas ele não parecia estar se divertindo.
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22. O Jardim
A minha dor em ver o Rei Célio morto só não era maior que a dor que eu vi nos olhos de Neandro. Ele estava completamente arrasado. Mas arrasado do que eu poderia imaginar – se é que algum dia eu fosse imaginar algo tão cruel. A Rainha Alina estava viva, eu podia sentir. Reparei que ela não estava jogada como quando vi pelo espelho. Ela parecia ter sido posta de uma forma mais confortável. Provavelmente Neandro a deixou daquele jeito antes de correr em direção ao corpo do pai. Leone estava fazendo um trabalho manual. Depois de jogar coisas e pessoas ao vento apenas com o estalar de dedos achei que tivesse se esquecido. Ele pegava o trono que havia sido jogado para o outro lado da sala e colocava em seu lugar. Provavelmente ele queria sentir o prazer de fazer isso com as próprias mãos. Depois de colocar o trono no lugar, Leone seguiu em direção ao corpo do Rei Célio. Neandro tentou pará-lo, mas foi em vão. Leone esticou a mão e segurou Neandro pela cabeça, faze
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23. Fim do Mundo
Sem dúvida alguma aquela seria uma cena que guardaria para o resto da minha vida. Nunca imaginei que um momento tão triste pudesse ser também um momento tão belo. Rei Célio havia partido de forma honrosa. E agora eu sabia que não poderia deixar mais ninguém morrer em vão. Eu precisava acabar com Leone. E precisava fazer isso rápido. Não sei dizer por quanto tempo ficamos naquele jardim. A Rainha Alina ainda estava desacordada, mas parecia bem melhor deitada ao lado das flores e sobre a sombra de uma árvore. Talvez ela tenha sentido a essência do Rei Célio tomando conta do lugar. Neandro resolveu deixar a Rainha no jardim. Não estava tão certa de que seria seguro deixá-la daquele jeito, mas Neandro parecia confiar bastante no que estava decidindo. – Eu me sinto péssima. – disse – Deveria ter chegado a tempo. – Não foi sua culpa, Beatriz. – Neandro parecia bem mais calmo – Acredito que era para ser assim. Infelizmente. – Mas eu estava vendo tudo
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24. Acerto de Contas
Leone ergueu as mãos e vários buracos no chão apareceram ao lado das gaiolas. Com outro movimento ele foi levando as gaiolas para dentro dos buracos, que foi caindo lentamente. Os buracos se fecharam com um último gesto de Leone. – O que você fez com essas pessoas? – perguntei. – Por enquanto nada. – Leone agora andava pelo salão vazio – Eu estou apenas guardando para quando chegar a hora de me livrar de pesos indesejáveis. – Você é um monstro. – falei. – Sou apenas um mal compreendido. Tudo o que estou fazendo é para o bem de Monterra. – Talvez você não seja mesmo um monstro. – Amadeus falou com fúria – Só um louco mesmo. – De você eu não permito esses tipos de abuso! – Leone iniciou um gesto, mas se interrompeu – Acho melhor começarmos a nossa brincadeira. Leone desapareceu. – Cretino, covarde! – Alexis gritou – Está fugindo maldito? Volte e brigue feito homem! – Alexis... – tentei dizer algo. – Vejam!
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25. Renascimento
Fiquei durante algum tempo observando a cena. Aos poucos Leone parecia estar se dissolvendo, mas algo ainda o matinha inteiro. O cristal brilhava, bem forte, e quase não conseguia enxergar o que estava ao redor. – O que está esperando? – Leone gritou – Acabe logo comigo! – Você jamais iria mudar! – não sei por que disse isso. Talvez já tenha ouvido tanta coisa parecida em filmes que quis fazer igual. – Mudar? Sério? Beatriz, que decepção! – Leone tentou gargalhar, mas não conseguiu – Tenha mais respeito pela minha pessoa. Acabe logo com isso. Me destrua de uma vez! Faça o que sempre disse que iria fazer! Só então notei, ou melhor, senti que o que mantinha Leone era o meu poder. Eu o estava desintegrando e eu que estava segurando-o neste mundo ainda. De fato era hora de terminar o que tinha começado. – O que aconteceu? – Leone gritou – Está com medo? – Cale a boca, Leone! – respondi. O cristal que tinha aparecido em cima de Leon
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