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13 chapters
Capítulo 11
O Andreani foi crescendo. Ganhando novos espaços, era um jovem simpático, modesto. Estava namorando, sei namoro começou cedo, uma menina no Rio – aos dezesseis anos? – isso! Expliquei para a Vânia. Nós mantínhamos um contato mesmo incrível. O Andreani consultava também com ela, nas quartas-feiras, eu estava tranquila. Ela dizia, “ei fica tranquila está tudo bem”, ou “Dani, dá uma conversada com ele”. Então eu sabia, quando algo não ia bem. Acho que todos deveriam conhecer uma Vânia, faz sentindo fazer terapia e conversar com alguém que te entende. A Vânia dissera em seu depoimento, sobre as investigações do Gusmão, que ele estava muito contente, abriu o formulário dele, e ele parecia ótimo. Sonhador, tinha muitos planos, sem nenhuma inconstância. Ele a procurara pois era uma maneira para lidar comigo e entender meu jeito reservado de ser. Mas naquela altura de nossas vidas, na época do acidente, ele entendera o porque, quais os motivos e manteve-se me apoiando em tudo e continuou, c
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Capítulo 12
Minha camisa fumê sobre a penteadeira, meu quarto estava do jeito que deixei ao sair pela manhã. A casa tinha os traços marcantes de um aconchego. O silêncio do lugar foi interrompido pelo barulho da caminhoneta do vizinho. Eu não sei por qual motivo ele gostava de fazer barulho, mas aquilo doía meus tímpanos e ainda quebrava o adorável silêncio. Arrumei algumas e fui para a cozinha ler um pouco.  Estava ouvindo rádio, a rádio de meu amigo, ouvindo a voz comunitária, que naquela ocasião falavam de lugares na cidade que precisavam de reparos. Como voz do povo Viamonense, eu gostaria de saber a que nível aquela estação de rádio atingira naquele momento, pois o assunto era interessantíssimo. Os debates me distraiam. E distraiam dos últimos fatos que faziam-me pensante a todo instante. Mandei uma mensagem, pedi uma música. “Minha amiga Daniela, pede uma canção dos anos 80. Como se eu voltasse ao passado e me fizesse flutuar aos caminhos dos quais eu já passei e viesse junto com a m
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Capítulo 13
Eu mantinha um relacionamento com o Vitor, estava estabilizada financeiramente, tinha a minha casa, meu filho estava com planos de daqui alguns anos retornar ao sul. Tentar concursos públicos, após o mestrado. A relação com Lorena estava indo bem então porque eu haveria de interferir nisso, deixar como está. Os dois se davam bem, então não era eu quem iria dar palpites ao meu filho no que ele houvesse de fazer.A vida foi passando, os anos intermitentes, já não tinha nada que pudesse me fazer mudar de ideia, eu queria voltar a sentir a vida e o que ela causava, os bons momentos. A muito tempo eu não sentia a vida com frio na barriga, com alegria e entusiasmo. E emoção era o que eu queria. Como não acreditar nessas coisas,  os efeitos que elas nos causam? Os efeitos da paixão. Demorei um pouco sobre o Vitor, mas o que se passava em nosso relacionamento? Era uma espécie de vínculo que mantínhamos com total segurança, respeito e emoções. Ele queria chamar a minha atenção e eu p
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