FelipeNos dias que se passaram após aquele incidente, as palavras de Ayla ainda ecoavam em minha mente, causando desagradáveis noites insones, nas quais questionava-me a respeito dos fatos que ocorriam em minha vida, as vozes, as crises, eram situações que me deixavam confuso quanto ao que podia ser fantasias da minha mente, e pior, sequer podiam ser explicados pela espiritualidade.Mas se eram coisas da minha cabeça, então porque sentia-me assim?Eu não queria contar sobre aquela situação aos meus pais, muito menos aos meus padrinhos, mas logo percebi que estava fora da minha capacidade de escolha, então, depois de alguma relutância, fui arrastado para a sala de estar onde todos esperavam sentados ao redor da mesinha ovalada. E novamente eu era o centro das atenções, mas não estava gostando nenhum pouco disso.– Parece que teremos que contar a verdade afinal... – ouvi minha mãe sussurrando com apreensão, sua voz estava entrecortada e parecia incerta do que estava me dizendo. – Eu nun
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