duplo renascimento

Luciano Lopes, meu noivo, era piloto de balão de ar quente. Violeta Frota, seu primeiro amor, um dia apareceu insistindo numa aventura, subindo com ele até alturas que tocavam as nuvens. Foi quando o balão começou a perder hélio, transformando o passeio em perigo real. Nossas vidas ficaram por um fio, suspensas entre o céu e a queda. No instante mais crítico, Luciano agarrou o único paraquedas duplo e, sem pestanejar, saltou levando Violeta consigo. De olhos marejados, agarrei sua mão com força, implorando com uma voz embargada: — Estou esperando um filho seu. Por favor, me leve com você. Ele, porém, soltou minha mão com frieza e repreendeu com impaciência: — Que hora para ciúmes e para inventar história de gravidez! Violeta morre de medo de altura e não sabe pular de paraquedas como você. A gente se encontra lá embaixo. Ele se afastou de mim sem dó nem piedade e saltou abraçado Violeta. O que ele jamais imaginaria é que o único paraquedas que me restava tinha sido sabotado por ela, com um corte sutil nas cordas. E assim, carregando uma vida dentro de mim, saltei daquela altura assustadora, mergulhando num abismo sem fim.

Helena sempre foi fascinada por psicologia, mas nada a preparou para a intensidade do professor Miguel Schutz. Inteligente, carismático e dono de uma voz de arrepiar, ele se torna mais do que um simples professor– passa a ser o objeto de desejo que ela não consegue se desviar. Mesmo consciente dos limites impostos pela moral e pelo estado civil de Miguel, Helena se vê envolvida em um jogo perigoso de olhares proibidos, conversas carregadas de duplo sentido e uma tensão crescente que ameaça consumir os dois. Enquanto ele luta contra os próprios desejos e tenta manter a ética, ela está determinada a desafiar todas as regras para viver essa paixão. Quando o desejo se sobrepõe à ética, até onde eles estarão dispostos a ir?