No horário do serviço, recebemos a notícia de que na próxima semana o Alfa Ruan se aposentaria, e seu filho mais velho Matt assumiria o seu lugar, meu coração acelerou, mas algo não se encaixava, Matt só pode assumir quando encontrar sua companheira, “merda” sussurrei pra mim mesma, já devem saber sobre nós, e o recado continua, ‘mas antes da sucessão ele apresentará sua futura luna a toda matilha’, meu coração se partiu em mil pedaços, ele vai apresentar sua futura luna, então o conselho já providenciou alguma coisa, se não, não teriam anunciado, lágrimas tentam cair, mas as seguro olhando para cima, me acalmo e decido falar com ele quando chegar em casa. Assim que entro sinto o cheiro dele, corro até o quarto e lá está ele, observando pela janela com as mãos no bolso, eu respiro fundo entrando no quarto e digo “já sabem sobre nós?” ele se vira e diz “não”, fico confusa e ele continua “Mas minha mãe, e o conselho...” ele pausa e meu coração tá quase saindo do peito “Me designaram uma
Ver todos animados com a sucessão de Matt me faz querer sair correndo, me controlo o máximo que posso, e faço meu serviço, nesse fim de semana ele irá apresentar sua noiva a todos e é obrigatório a presença de todos no grande salão para celebrar esse momento, eu queria fugir, mas, terei que ir, e presenciar tudo como se nada demais estivesse acontecendo. Respiro fundo enquanto subo as escadas do grande salão mais uma vez, agora para ver o meu companheiro apresentar outra como par dele, respiro várias vezes e meus pensamentos vão até Érica, se ela pelo menos estivesse aqui comigo, mas, ela está lá, na matilha do oeste, vivendo seu conto de fadas, fico feliz pela minha amiga, mas nesse momento precisava mesmo dela comigo, tenho certeza que ela me apoiaria, as luzes todas se ascendem e alguém anuncia a entrada de Matt e sua futura luna, fico chocada quando vejo quem é, não era pra menos que o conselho escolheria alguém do alto escalão da elite para ser noiva de Matt, Rivana, a filha do m
Respiro fundo não querendo olhar pro palito, me levanto devagar, sem querer olhar, e lentamente vou descendo meus olhos até o palito, e lá está, as temidas listrinhas bem escuras, quando verifico na caixa o que significa, meu medo se torna pavor, significa que estou esperando um filho, meu filho com Matt, meu coração para por alguns segundos, minha loba fica enlouquecida em minha mente, ela já havia notado algo diferente em nós, mas nem me informou, ela abana o rabo contente, e eu me desespero por fora, elevo as mãos ao cabelo e ando de um lado para o outro com a outra mão na boca, eu choro, choro muito, porque era uma vida que eu queria estar vivendo e compartilhando com o Matt, paro em frente ao espelho, e me pego encarando minha barriga, vendo se já dá pra peceber alguma coisa, passo a mão por cima, acariciando o pé da barriga, e sinto algo estremecer, meus olhos se arregalam de surpresa, é como se ele estivesse me confirmando que está ali, meu coração dispara e lágrimas saem descon
Decidimos que era melhor esconder o filhote de todos, até sairmos daqui, então, minha loba camufla nosso filhote, assim, ninguém ouvirá seu pequeno coraçãozinho bater. As semanas passam e a matilha está cada vez mais agitada com a aproximação dos eventos, decido que será a oportunidade perfeita para ir embora também. Ninguém prestará atenção ou perceberá a minha falta, afinal, sou só uma ômega insignificante, isso me beneficiaria nesse momento. As semanas passaram rapidamente e a barriga já começa a dar sinais de crescimento, já sinto o bebê mexer e isso significa que já devo estar bem mais adiantada na gestação do que imaginei, nem cogitei ir ao médico para saber mais, eles me encheriam de perguntas que não saberia como responder e isso me levaria direto ao conselho. Nessa semana será o tão aguardado casamento, e meu coração dói só de pensar em Matt com outra, mas a prioridade agora é o meu filhote e somente ele. Acordo bem mais cedo que de costume, ainda está escuro lá fora, ac
Levanto bem cedo, passo em uma lanchonete e tomo café antes de seguir viagem, nos próximos dias ficarei na floresta mesmo, isso vai me poupar tempo, de estar entrando e saindo da mata e evitando questionamentos também, a barriga já está evidente, e tenho muitos olhares sobre mim viajando sozinha, é melhor ficar pela floresta mesmo, o máximo de tempo que der. A noite paro próximo a uma clareira e com uma parede de rochas que vão evitar o vento gelado de apagar minha fogueira a noite, pego algumas madeiras e faço minha fogueira, como algo e me acomodo perto do fogo para dormir, de manhã cedo, apago as cinzas que ainda queimavam jogando terra em cima, e continuo. Já faz semanas pela mata, mas nem de longe estou perto de chegar, muito menos na metade, preciso aumentar meu ritmo, mas a barriga já está maior, me dificultando a caminhar mais rápido, sinto dores nos pés e as costas, uurghh nem se fala, me sento para descansar alguns minutos enquanto tomo minha água, o bebê mais uma vez se
Respiro fundo entre uma contração e outra, meu corpo todo treme, procuro na mochila um pequeno kit de primeiros socorros que coloquei, e algumas toalhas e deixo próximo a mim, me acomodo em algumas pedras e lá vem mais uma, me fazendo arfar e apertar minhas roupas, tiro a calça e a roupa íntima, e volto a ter contrações, respiro fundo e tento ao máximo não fazer barulho e chamar atenção de algum predador, agora não seria o momento apropriado para isso, estou vulnerável demais, seguro meus gritos presos na garganta, enquanto outra contração me atinge, em pouco tempo, não aguentando mais, sinto vontade de empurrar, e mesmo exausta, junto todas as minhas forças e empurro, e empurro até sentir a cabeça do bebê saindo, procuro fôlego e, de novo empurro, vejo admirada o pequeno corpinho do meu bebê escorregando para fora enquanto ele puxa seu primeiro sopro de ar. O cansaço e o alívio das dores me fazem querer fechar meus olhos, respiro fundo e acomodo minha cabeça na pedra enquanto me rec
Na manhã seguinte me levanto mais disposta, ter me alimentado e ter tido uma boa noite de sono realmente me ajudou, pego minhas coisas e retorno a minha caminhada. Já faz algumas semanas que estou na rota final para chegar a matilha, sinto o cheiro de lobos e sei que estou em terrotório novo, acho que devo estar nas fronteiras da matilha, meu pescoço se eriça, e fico em alerta total, felizmente Ethan dorme tranquilamente por dentro do casaco bem acomodado e quentinho. Minha loba me alerta para tomar cuidado, estamos em território da matilha já, caminho com cautela e mentalizo a chegada a matilha em poucas horas, finalmente minha jornada está quase acabando, espero ser recebida e aceita pela matilha. De repente meu pescoço se eriça de novo e sinto um sopro de ar, mas antes que possa me virar para ver, sou derrubada no chão e rosno tentando me defender mas, tenho várias ármas de prata apontadas para mim, deixo as bolsas cairem e levanto as mãos em rendição, lentamente sinto meu capuz
Mas antes, eles revistam minhas mochilas e seguimos por uma trilha até chegar a civilização, a cidade é enorme e mesmo estando no meio de vários patrulheiros, as pessoas não parecem ligar para mim, o homem que ainda não sei o nome, segue ao meu lado, e eu apenas seguro firme meu bebê, querendo sair dessa chuva. Finalmente chegamos, é um prédio grande, com bastante movimentação, vários andares, subimos as escadas e logo sou guiada até a ala hospitalar, ele aponta para que me sente e chama uma enfermeira para me avaliar, mas os movimentos bruscos da enfermeira me fazem rosnar, sem saber o que ela iria fazer, novamente colocando minhas mãos na frente de Ethan, ela estranha e se afasta, mas logo percebe que não estou sozinha. “Você está com um filhote?” sua voz doce e calma, me deixa mais tranquila e apenas aceno com a cabeça confirmando. Ela sorri docemente e diz, “Me chamo Mary, posso avaliar vocês?” eu respiro fundo e abro o zíper do casaco novamente, Mary olha para Ethan e faz aquel