# Ana Júlia "A gente deita pra dormirMas o sono não vemNão quer saber de nadaNão quer ver ninguémO tempo é inimigoCorre devagar..."Quando é amorMúsica do Alexandre PiresCresci ouvindo músicas brasileiras e essa particularmente era bastante especial pra mim, pois conseguia descrever exatamente como eu me sentia nesse momento. Estava deitada, de mal com os pensamentos que não me deixavam dormir. Enquanto eu encarava o teto, comecei a pensar na possibilidade de invadir o quarto dele, pular em seus braços e deixar ele fazer o que quiser de mim. Esse homem indecente que só pensava com a cabeça debaixo, dominava os meus pensamentos e o meu coração e não sabia mais o que fazer para esquecê-lo.A tentativa de dormir foi em vão, meu pensamento estava longe e a cama parecia querer me expulsar. Resolvi ir até a cozinha procurar alguma coisa pra comer, qualquer coisa que fosse capaz de acabar com essa fome descomunal que eu sentia desde que descobri que eu estava grávida. Falando nisso,
# Ana Júlia "Ou você...senta e lamenta Ou você...enfrenta e senta ."E quer saber? Que se dane o mundo! Vou sentar, vou dar tudo o que ele quiser e matar aquela vontade louca que me consumia.Meu corpo ansiava pela nossa união. Ele conseguia incendiar cada centímetro da minha pele sempre que ele passeava as suas mãos por toda a sua extensão, me levando à loucura. Enrolei meus dedos em seu cabelo, acariciando a sua nuca enquanto ele soltava gemidos de prazer, entre os beijos. Christopher apertou a minha cintura e me trouxe para mais perto, me fazendo sentir o tamanho do seu desejo por mim exposta pela sua ereção. — Chris, me leva pro quarto! — Falei quase sem fôlego. Ele me alçou no ar e me segurou em seu colo, sem interromper os beijos. Havia uma mistura de desejo e carinho, como se através daquele momento ele demonstrasse que não desejava mais ninguém além de mim. Ele estava tão cuidadoso que inevitavelmente senti algumas lágrimas brotarem dos meus olhos. — Ana eu não sei se
#Christopher Eu fui um completo idiota em desconfiar da mulher da minha vida. Sim, eu vou ser pai e os meus exames foram falsificados. Passei anos imaginando que eu nunca seria capaz de ter filhos e descobrir que a minha esposa estava gerando um fruto do nosso amor, me deixava imensamente feliz. Mas ao mesmo tempo em que a felicidade predominava os meus pensamentos, eu sabia que aquele traste do Eduard collins continuava disposto a acabar comigo e sei que ele pretende usar a minha Ana Júlia pra isso. Ele precisa acreditar que ela quer vingança, preciso descobrir o plano dele e o único jeito de fazer isso, é colocando um detetive na cola dele e permitindo que ele marque um encontro com a Ana. Meu maior medo é que ele lhe faça algum mal e agora que ela está grávida, minha preocupação dobrou de tamanho. Não sei ainda o que eu vou fazer quanto a isso, mas em relação à minha mulher, demonstrei o quanto eu fiquei feliz com a notícia e estou me esforçando para fazê-la feliz. É engraçado pen
# Ana Júlia Saí do hospital e fui fazer uma surpresa para o Christopher. Chegando lá, pedi para a sua secretária não me anunciar, pois gostaria de lhe fazer uma surpresa. Graças aos céus ela era uma senhora de uns 50 anos, de estatura mediana e acima do peso. Ela se chamava Chloe e foi tão simpática comigo que abriu uma exceção e liberou a minha passagem.Assim que abri a porta do escritório, quase desmaiei. Meu coração disparou dentro do meu peito quando vi aquela vaca da assistente social em cima do meu marido e pior: com os seios de fora. Minhas pernas bambearam, fiquei enojada e tentei me manter em pé. Eu não sei como, mas a raiva tomou conta do meu corpo e acabei perdendo noção das minhas ações. Puxei aquela sirigaita pelo cabelo e dei vários tapas em seu focinho de cadela, para que ela aprendesse a nunca mais dar em cima de homem casado. Ela saiu correndo de lá assustada, mas eu nem me importei, direcionei a minha atenção para o meu marido enquanto o via tentar se embaralhar n
# Ana Júlia Saí do restaurante com o Christopher e antes de entrarmos no carro, encontramos com o velho gagá do seu pai acompanhado pela periguete da Léah. Assim que nos viu, eles apressaram o passo em nossa direção e eu mal tive tempo de atravessar o estacionamento e me esconder no carro. Ele começou a me insultar me chamando de vagabunda e logo em seguida a piranha começou a cacarejar, me chamando de oportunista e interesseira também. Saí de perto deles deixando o Christopher naquele emaranhado de insultos e caminhei decidida a ignorar todas as ofensas. Eu mal tinha me distanciado quando de repente, um carro que estava parado no estacionamento acelerou e veio com tudo para cima de mim. Catarina, que também estava saindo do restaurante, correu em minha direção para tentar me salvar, mas não conseguiu. Acabei sendo jogada para o lado e caí de bunda no chão. Ela também quase foi atropelada e graças a Deus a Juliana não estava com ela, ou a desgraça seria maior. Até mesmo a minha bund
# Cristhopher Estou atormentadoEu estava muito atormentado e ao mesmo tempo precisava tomar uma decisão importante para proteger a Ana Júlia do Eduard. Eu tinha certeza de que tinha o dedo podre dele nesse atropelamento, então assim que saí do hospital, fui direto à delegacia prestar queixa do que me parecia ser uma tentativa de assassinato.Depois de quase duas horas depondo, voltei e encontrei minha esposa dormindo. Catarina estava no quarto segurando a mão dela e meu primo Bryan estava parado ao lado de sua cama, totalmente desconfortável. Parecia que eles tinham acabado de discutir e antes que eu pudesse lhe perguntar qualquer coisa, ele disfarçou dizendo que tinha ido visitar a Ana.— Ela está dormindo tranquilamente — Falou, sem tirar os olhos dela — Pedi que a enfermeira colocasse um sedativo no soro dela…ela vai ficar bem. Assenti, ainda desconfiado pelas expressões irritadas de ambos. Catarina abaixou o olhar para sua amiga, no momento que a encarei e depois voltei minha a
# Ana Júlia Não consigo entender Definitivamente eu não gostei do jeito que o Christopher falou comigo, suas palavras duras me atingiram tão rápido que não tive outra escolha que não fosse expulsá-lo do meu quarto. Não conseguia entender esse homem, uma hora ele era carinhoso e em outra, ele me dizia coisas ruins… parecia bipolar!Estava pensativa quando vi Catarina atravessando a porta do quarto mastigando um pedaço de bolo. — Bom dia amiga, está tudo bem com você?Pela a minha expressão, era visível que eu não estava nada bem, mas resolvi não preocupar a minha amiga, já que ela já estava com problemas demais por conta da gravidez inesperada.— Cat eu estou muito preocupada com os bebês, um deles está com os batimentos fracos, mas apesar desse medo eu estou bem — Respondi — E você? Já conseguiu falar com o Dr. Bryan?— Ah Aninha, eu não falei nada da gravidez e nunca vou falar porque ele é machista e pensa que sou uma prostituta, por conta do meu comportamento ousado. Ela se apro
# Christopher Ontem completou um mês que eu me afastei dela. Tomei essa decisão porque fiquei transtornado, me sentindo culpado pelo atropelamento e temo pela vida da minha esposa e dos meus filhos. Esse tempo longe dela está sendo um pesadelo e mesmo ligando todos os dias por meio de chamadas de vídeos, nada está sendo o suficiente para matar a saudade que sinto.Minha mãe conseguiu me convencer a voltar para Nova York e conversar com a Ana Júlia, sobre a possibilidade de fingir que estamos separados. Então resolvi voltar sem avisá-la e assim que cheguei no aeroporto, liguei para o meu motorista vir me buscar. A viagem tinha sido péssima, passamos por uma turbulência que me assustou e só consegui relaxar quando coloquei os meus pés no chão. Já era quase meia noite quando cheguei no hospital, ansioso para reencontrar a minha mulher. Mandei uma mensagem para a minha mãe e pedi para que ela descesse e me esperasse na recepção, pois gostaria de conversar com ela antes de entrar no quar